Irei direto ao ponto...

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Arizona pov's:

CONHECEM A VELHA expressão "borboletas no estômago"? Estou com a nítida impressão que já passei dessa fase, visto que as minhas parecem mais mariposas brigando umas com as outras.

Sinto um friozinho na barriga, até porque não tem como não sentir nada ao receber todo esse olhar intenso. A mulher, cujo nome desconheço, não desvia seus olhos de mim e, notadamente, analisa-me dos pés à cabeça.

Será que é desapontamento ao me ver? Certamente ela estava esperando um mulherão sexy usando um vestido vermelho ousado com meia-calça arrastão, em vez de alguém como eu, com maquiagem básica e roupa simplória.

Sinto seus olhos castanhos invadirem minha alma. O que não é algo agradável. O espaço entre nós me deixa um pouco aliviada, já que estamos a uma distância considerável.

Creio que deva estar me assemelhando a uma boba, por eu estar a olhando como se fosse uma bela pintura de algum museu. Na verdade, ela pode ser considerada a oitava maravilha do mundo moderno. Esse corpo violão nesse vestido justinho, é impossível não admirar. É possível ver suas curvas bem definidas, suas pernas torneadas, seu bumbum empinado e seus seios fartos, porém durinhos. Eu diria que essa mulher costuma malhar muito.

Uma mulher. Uma mulher! Uma mulher Arizona Robbins? É isso mesmo? Você está babando por uma mulher Arizona Robbins? Meu subconsciente ta gritando. Surtei de vez mesmo.

Balanço minha cabeça várias vezes para um lado e outro tentando voltar a si, mas meus olhos não cansam de olhá-la.

Pelo menos não é nenhum velho babão caindo aos pedaços e, com certeza, com essa boca carnuda bem desenhada que ela tem, seu hálito deve ser maravilhoso.

Seu perfume amadeirado chega até minhas narinas e eu o inspiro como se estivesse cheirando um delicioso vinho caríssimo. Ela, na certa, tem muito dinheiro, já que foi capaz de pagar quatro milhões, fora os gastos com o táxi e a estadia, para poder passar uma noite inteira comigo.

Quando me lembro que a noite está longe de acabar, meu corpo inteiro estremece. Será que devo falar alguma coisa? Estou tendo vertigens só de imaginar que a mulher vai se aproximar a qualquer instante e me tocar.

Acho que não consigo e que vou desistir agora mesmo. Não é por ela ser mulher, é pela situação em si.

- Eu não consigo. Desculpa! - falei com a voz por um fio, respirando fundo.

Já ela não desvia os olhos de mim.

- Não precisa depositar o dinheiro na minha conta. Estou indo embora, informei de uma só vez.

Praticamente vou correndo em direção a porta, de onde ela está próxima.

- Um momento, senhorita Angel!

Ao menos ela sabe o meu nome falso. Paro perto da saída, já com o cupom cartão para o táxi em mãos, pronta para abrir a porta e sair correndo da suíte.

Seus olhos tempestuosos carregam uma seriedade natural e, ao mesmo tempo, uma grande tranquilidade. Como consegue equilibrar as duas coisas? Como pode ser tão linda? Tem algo em seu olhar que me faz querer ficar. Estou vidrada em seu olhar castanho escuro.

- Antes de ir, tome ao menos um cálice de vinho comigo! Seu convite me pegou de surpresa. Por que ela iria querer tomar alguma bebida na minha companhia, sendo que eu disse que não iria querer mais permanecer nesse ambiente?

- Só uma bebida. Não será nada além disso, prometo. Ela ergue a mão direita em forma de juramento. Depois que finalizarmos, vou embora e você poderá ficar com o quarto até amanhã de manhã, já que a diária já foi paga e, foi reservada exclusivamente pensada em VOCÊ e para VOCÊ. Ela enfatiza a palavra você.

Vendida para a misteriosa CallOnde histórias criam vida. Descubra agora