Arizona pov's:Naquela noite, não consegui pregar os olhos, pensando em todas as descobertas que tive em um único dia.
Eu estava cercada de pessoas superficiais. Acreditava que minha morena misteriosa de olhos escuros não tinha seu lado tenebroso e que uma bela senhorita ruiva de olhos verdes fosse gentil.
As aparências costumam enganar, pois um rostinho bonito não é sinônimo de honestidade.
Restam-me agora nove dias nesse país. Se eu seguisse meu coração, já teria ido embora, embarcado de volta ao Brasil, porém não fiz e nem farei isso sem antes de terminar todas as questões do programa educacional. Fiz por onde merecer essa experiência e não vou desperdiçá-la.
Eu teria cinco dias extras como um bônus para curtir e me divertir visitando pontos turísticos da cidade, porém não tenho mais ânimo.
Não ficarei mais nenhum minuto além do que for obrigatório e estarei de volta em meu país o quanto antes.
Naquele maldito dia, enquanto estava travando uma batalha contra meus sentimentos e minha raiva, pensei várias vezes em ir até sua mansão e lhe dizer umas boas verdades, no entanto me contive por um único motivo: não foi por temer seu poder, e sim porque sou uma pessoa educada que prefere resolver tudo com calma.
Seu número está bloqueado da minha agenda e seu contato excluído. Se não lhe sirvo para algo sério, não irei mais me submeter à situação de peguete número dois ou dez.
Todos me enganaram. Até Rosa, que se dizia minha amiga, não me revelou a verdade. Já era de se esperar que ela ficasse ao lado da menina que criou e sempre amou desde criança como filha, então não a condeno pela sua escolha.
Call sempre mente para todas ou fez isso apenas comigo?
Notei que o Andrew seu motorista me seguiu durante todos esses dias. Ignorei-o em todas as vezes que tentou se aproximar. Deve estar querendo me transmitir algum recado de sua chefe. Que ela se exploda! Eu não quero vê-la e não posso ser obrigada a isso.
Dei continuidade a minha rotina na faculdade.
Mesmo que seja a rainha da Dinamarca, não aceitarei suas ordens. Sentada sobre a neve, em baixo de uma árvore congelada, como meu lanche sem apetite algum.
É difícil guardar tudo para mim e não desabafar com alguém o que estou sentindo. Falei por alto com Teddy, mas ainda sinto um nó em minha garganta como se fosse uma ferida tomando meu ar. Essa é a sensação de estar com o coração partido?
Foi a primeira vez que me apaixonei e que me decepcionei. Sinto nojo de todas as vezes que a beijei com volúpia, porque ela beijava outras bocas e se saciava com outras mulheres além de mim.
Como minha garganta está seca, pego água no bebedouro e aproveito para deixar a minha garrafa cheia. Já me desidratei uma vez quando criança, e foi horrível. Depois, caminho de volta ao hotel pelo mesmo trajeto de praticamente todos os dias.
Logo percebo um veículo preto atrás de mim e paro na calçada. Seu vidro é abaixado, revelando o motorista. Não quero ser grossa com uma pessoa que não tem nada a ver com o que aconteceu entre mim e Call ou Calliope como é o seu verdadeiro nome.
- Boa tarde, senhorita! Andrew me cumprimenta.
- Boa tarde! Respondi apenas o necessário.
- A senhorita Call deseja vê-la. Por favor, entre no carro! Ele suplica.
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Vendida para a misteriosa Call
FanfictionA brasileira Arizona Robbins leiloa sua própria virgindade e a partir dessa primeira noite de relação sexual uma história de amor culturalmente proibida acontece. Callie é inter e Arizona inicia a história achando ser hetero, mas cai de amores pela...