Arizona pov's:Finalmente, para a minha sorte, toda a chuva que assolou a cidade nos últimos quatro dias, passou, e o sol resolveu dar o ar da graça.
Poderei, por fim, dar uma pausa em toda a loucura que me acometeu nesse fim de semana e trazer para mim um pouco de sanidade. Algo que não consigo ter quando estou nos braços fortes de Call.
Meus sentimentos por ela são arrebatadores e minha ingenuidade me faz ser submissa nessa relação em que estou apta a quebrar a cara quando ela desistir de nós. Eu deveria parar tudo isso, pois sei que não passo de uma diversão em sua cama e que, talvez, ela não esteja somente comigo, mas também com toda a cidade. Sua beleza é capaz de causar euforia em qualquer mulher sã.
Assim que adentro a sala de aula na qual fui inserida para fazer parte durante esses três meses, meu mentor o Dr. Comarc me pergunta se melhorei do resfriado, sem jeito, apenas aceno em positivo. Em seguida, sento-me para prestar atenção nos resumos dos TCCs dos meus colegas. Eu fiquei por último.
Uma hora e quinze minutos depois, chega a minha vez. Apresento o esboço da minha tese, cujo o tema é "O impacto do vegetarianismo na infância e adolescência". Assunto em evidência atualmente em todo o mundo. Debatemos por longos trinta minutos até o Dr. dar por encerrada a aula.
Quando saio da sala, vou para a biblioteca colocar em dia os assuntos perdidos na sexta feira. Tento não pensar em Call, nem na maneira como tudo conspira contra nós, só que, em um determinado momento, me vem à mente o seguinte questionamento: o que seu pai pode ter falado a meu respeito? A maneira como seu olhar julgador pairou sobre mim, incomodou-me muito.
No entanto, as palavras sinceras proferidas pela sua filha me deixaram mais aliviada. Ela não me vê como suas empregadas, que me julgaram como uma garota de programa. Pude ver sinceridade nas órbitas escuras dos seus olhos sedutores e sensuais. Só espero não me decepcionar.
A dificuldade em não acabar confundindo meus pensamentos, é meu maior dilema.
*****
Agora à noite estou em meu quarto vestida com um pijama de bolinhas do qual me orgulho de ter, fazendo uma chamada de vídeo com Teddy. Ela está entusiasmada com tudo que lhe contei dos últimos dias.
- Uau, Ari! Sua vida está mais agitada do que a minha.
- Você e meu irmão ainda estão brigados? Pergunto a ela. Eles discutiram há dois dias e, desde então, nenhum deles deu o braço a torcer.
- O que você acha? Seu irmão é muito turrão. Mas não me importo. Quero saber mais sobre sua Call misteriosa. Amiga, você precisa pesquisar mais sobre a vida dela.
- E onde vou descobrir sobre a vida íntima dela Teddy? Não vou lhe stalkear.
- Ela pode ser até casada e você não sabe. Diz e eu paro por uns segundos para analisar a questão.
- Se ela fosse casada, usaria aliança. Digo dando uma garfada no meu miojo.
- Qual é o sobrenome dela? Pergunta-me.
- Eu não sei, amiga. Já tive vontade de lhe perguntar, mas tive receio dela me achar intrometida. Falo constatando que pouco sei sobre a mulher por quem estou apaixonada.
- Se eu colocar "Call" no Google, pode aparecer um milhão de possibilidades espalhadas ao redor do mundo, ou, nenhuma, visto que esse nome é incomum e está mais para um apelido do que um nome propriamente dito. Então, descubra o sobrenome da bonitona misteriosa! Aí eu passarei sua ficha rapidinho para você.
Rio do seu modo detetive. Teddy é muito louca, e quando quer saber algo, descobre com uma grande facilidade. Uma vez encontramos um cara em uma rede social somente com seu sobrenome escrito em seu crachá. Mas agora é diferente. Estamos falando de uma mulher poderosa e multibilionária.
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Vendida para a misteriosa Call
FanfictionA brasileira Arizona Robbins leiloa sua própria virgindade e a partir dessa primeira noite de relação sexual uma história de amor culturalmente proibida acontece. Callie é inter e Arizona inicia a história achando ser hetero, mas cai de amores pela...