Hotel Copacabana Palace

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Arizona pov's:

Meu nome sempre atrai a curiosidade das pessoas por ser diferente. Todas as pessoas que venho a conhecer me perguntam o porquê desse nome ARIZONA e o que ele representa ou significa.

Eu recebi este nome por causa de um navio de batalha americano chamado "U.S.S. Arizona", meu avô paterno estava servindo no Arizona quando os japoneses bombardearam Pearl Harbor e ele salvou dezenove homens antes de se afogar.

Tudo o que meu pai fez durante sua curta vida foi, basicamente, honrar este sacrifício dele, primeiramente me nomeando de Arizona e, depois, me ensinando a ser um bom soldado durante uma tempestade e um soldado com princípios como era o meu avô seu pai. Fui criada para amar a minha família e proteger as coisas que amo.

Meu pai deu início a minha criação juntamente com minha mãe e depois, ela juntamente com minha vó deram continuidade aos ensinamentos dele.

Algumas pessoas acham bonito e diferente, outras nem tanto, muitas estranham e acham esquisito, mas eu, eu me orgulho por saber que por trás de um mero nome existe uma bela história de heroísmo e amor pelo próximo.

Já tive vários apelidos, como Nininha, Zona, e o mais usado atualmente, Ari. Prefiro esse último, pois é curtinho e causa um som forte quando pronunciado.

Minha professora de Biologia do ensino médio Nicole Herman, dizia que num futuro não muito distante, eu "Arizona Robbins" faria a revolução da medicina e por meus feitos, estamparia várias revistas médicas de conceito por ser uma extraordinária e renomada salvadora de pequenas vidas. E, que ela iria muito ouvir falar de "Arizona Robbins" e que com orgulho ela diria em resposta que eu já fui um dia sua aluna.

Se ela soubesse que larguei a faculdade, ficaria decepcionada, porque sempre fui a mais inteligente da turma do ensino médio e às vezes dava até aula de reforço em seu lugar, quando era preciso. Ela confiava em mim para aplicar a matéria. Bons tempos que passaram voando. Em um dia, você tem dezesseis anos e está sendo monitora e professora de Biologia, e no outro tem vinte e dois anos e já está reclamando da vida.

Já se passaram dois dias desde que Teddy fez meu cadastro na agência Want Sex. Esse nome a descreve bem.

Ela me passou minha senha para fazer login no site, no entanto não tive coragem de abri-lo ainda. E como ninguém me ligou, já estou começando a acreditar que nenhum homem quer sair comigo. De certa forma, isso é um alívio, porque não terei que ir me encontrar com um estranho, mas, por outro lado, estou aflita. A dívida do meu irmão com o agiota vencerá daqui a uma semana e a vida dele está correndo perigo, assim como a minha e a da nossa mãe.

- Se você tivesse feito login, teria visto que as apostas já passaram de três milhões e meio. Tanto homens quanto mulheres estão mesmo brigando para ver quem sai com você. Minha amiga me informa assim que entra na copa durante o meu intervalo.

- Três milhões e meio?! E... Mulheres?! Arregalo os olhos incrédula por ambas as notícias.

- Sim! Essa agência não tem rótulos, gêneros, nem preconceito, para ela o que importa é o dinheiro, sua boa fama e os inúmeros clientes satisfeitos. Teddy explica.

___ Então pode ser uma mulher em vez de um homem? Pergunto a encarando.

___ Sim! Ela responde.

___ Piorou minha situação! Se eu já não sabia como agir com um homem desconhecido, o que farei com uma mulher na cama? Não sei nada sobre sexo entre mulheres Teddy. Não sou preconceituosa, longe de mim inclusive tais pensamentos, mas agora literalmente estou surtando.

Vendida para a misteriosa CallOnde histórias criam vida. Descubra agora