Jimin P.O.V
Olhei para os lados sentindo ainda um pouco da brisa da última bala.
"Vamos Jimin! Você tem aula!" Ouso a voz da minha mãe ao fundo me fazendo finalmente cair na realidade.
Hoje é o meu primeiro dia de aula.
Tento me levantar de um jeito normal, porém o quarto parece a todo momento está se movendo, me fazendo rir de leve e me segurar em qualquer coisa que aparecesse na minha frente.
Vou engatinhando para o banheiro e logo consigo me levantar me trancando ali.
"Porra, essa merda não passou e eu ainda tenho que falar com o papai." Digo para mim mesmo logo batendo em meu rosto devagar. "Acorda."
Brigo comigo, em seguida começo a tirar minha roupa e vou para debaixo do chuveiro.
Em dias de escola minha cabeça começa a funcionar a mil, e mesmo assim tudo acontecia devagar, ainda mais quando a escola vinha com história de "tentar ajudar o máximo possível".
Por favor, né, era uma escola, a única coisa que serviam era nos trazer problemas psicológicos e vontade de matar um professor a cada dois segundos.
Eu não sou uma pessoa burra, muito pelo contrário, sempre fui alguém inteligente que os professores odiavam, aquela categoria de aluno que não deixavam eles falarem mentiras e que sabia muito bem que América era um continente e não a porra de um país.
Seremos sinceros, essas categorias de alunos como eu é os que fazem as aulas serem menos chatas, o tipo de aluno que todo mundo ou mata, ou rir.
"Jimin! Sua Vó esta aqui!" Minha mãe grita de modo animado me fazendo dar um grito de volta, porem de insatisfação.
Minha mãe já era insuportável sozinha, agora imaginem com uma cópia velha e mais antipática ainda dela, minha avó era o tipo de estadunidense "raiz", homofóbica, racista, machista e evangélica.
Coloquei minhas calças e em seguida um moletom, passei os dedos entre meus cabelos só para fingir que viu uma escova hoje. Voltei para o banheiro e escovei os dentes xingando baixo quando um pouco de pasta cai em minha roupa.
"Jimin, não inventa de se atrasar e não comer!" Meu pai dessa vez foi quem gritou entrando de uma vez no meu quarto. "Porque esse quarto está tão desarrumado? Morreu alguém aqui? Jesus!"
Sai do banheiro observando a figura tão conhecida do meu velho.
"Por isso tu não encontraste teu sapato, não se acha nada nesse lixão." Ele diz pegando algumas roupas sujas do chão e colocando em um cesto.
"Papaizinho querido, por favor e com muito amor no coração, sai do caralho do meu quarto." Tentei falar o mais calmo possível calçando meu sapato, dessa vez o par certo.
"Filhinho querido, por favor e com muito amor no coração, vê se arruma esse quarto se não quiser que seu celular seja confiscado por 1 mês, e não vou mandar você ir comer de novo para tomar os remédios." O homem saiu do quarto fechando a porta de modo calmo.
Com ele era sempre daquele jeito, não precisava gritar para resolver as coisas, mas tinha vezes que mamãe e eu passávamos dos limites, então ele tinha que intervir antes de alguma morte acontecer em plena casa.
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Bala que derrete na língua. - Jikook
Fiksi PenggemarJimin é um coreano-estadunidense com muitos problemas não só com drogas, como também psicológicas, porém, seu mundo vira de cabeça para baixo ao ter um novo vendedor de drogas na cidade. ⚠ESSA OBRA PODE CONTER GATILHOS⚠ Não aceito adaptações dessa h...