Da Infância ao Sim.

09 - A ficha caiu.

Da Infância ao Sim - Livro 01 - Trilogia - "O mágico poder do amor"

Na estrada Renê freia bruscamente se debruça no volante sem entender oque acabou de acontecer, a vida dele virou de cabeça pra baixo em poucos meses.

"Como Maria Rita é necessária na minha vida. Porque não percebi isso antes?"

"Porque não percebi antes que este sentimento tão forte não tem nada de fraternal?"

- "Amo Maria Rita como mulher e não como irmã".

"Porque não dei a importância devida a este amor?"

- BURRO, BURRO. - Explode e soca o volante.

- Seu idiotaaaaaaaa, porque você não foi atrás dela? Porque você não se declarou? – Grita, ainda socando o volante

- Porque você não percebeu antes que este amor não era amor de amigos e muito menos de irmão? Porque você não disse nada a ela? Porque Renê?

- Porque você ficou com medo, medo de ser rejeitado, posto de lado, medo de ser menosprezado.

- COVARDE.- Explode. -Renê Roberto, você é um tremendo de um COVARDE. - Soca o volante mais uma vez.

- Por causa da sua covardia a mulher da sua vida nestas horas está nos braços do seu melhor amigo. COVARRRDE. E o que é pior, é que ela não está apaixonada por ele e nem por você, ela está com ele pra tentar esquecer um outro cara casado que você não tem ideia de quem seja. Renê como você deixou isso acontecer? Como você não percebeu nada? Você permitiu que ela se apaixonasse por outro cara, porque se você não tivesse sido tão covarde e tivesse se declarado e pedido ela em namoro, hoje ela era todinha sua seu BURROOOOOO. Renê Roberto, você é um BURRO.

Deu partida na caminhonete e seguiu para casa.

Chegando em casa entrou correndo, passando pela sala onde estavam seus pais.

- Renê.

Sua mãe o chama, mas ele não responde, sobe correndo as escadas e bate à porta de seu quarto fica andando e um lado para o outro com as mãos na cintura.

- Renê, filho, abra, vamos conversar. Oque aconteceu filho? Fala comigo. - Insiste sua mãe.

- Vai embora mãe. Não quero conversa.

- Filho, por favor.

- Não mamãe, quero ficar sozinho, por favor, vai embora. - Disse nervoso.

Sua respiração estava tão rápida e forte que sua mãe conseguia ouvir do lado de fora do quarto.

- Tudo bem meu filho, se precisar a mãe está lá embaixo.

Mariza desce as escadas preocupada e sem respostas, vai até a cozinha e prepara um chá e leva para Renê.

- Filho, fiz um chá de camomila daquele que você gosta, vou deixar aqui na porta.

- Está bem mãe, obrigado. - Responde de dentro do quarto.

Marisa se senta ao lado de Dirceu no sofá da sala.

- O que ele tem?

- Não sei, ele não quis me falar nada, não quis conversar comigo, nunca vi meu filho deste jeito, Renê sempre foi tão centrado, compenetrado, nunca vi ele tão nervoso. Oque será que aconteceu Dirceu? Porque nosso Renê está tão nervoso?

- Deixa meu amor, deve ser mulher, homem quando fica assim é porque tem mulher na parada, vai por mim, amanhã ele vai amanhecer bem, não se preocupe. - Disse deitando a cabeça da esposa em seu ombro.