Da Infância ao Sim.

52 - Sempre foi você.

Zé Neto e Helena deixam Renê e Marry na porta do apartamento.

- Obrigado por tudo, sem vocês o caminho teria sido bem mais complicado e difícil – Renê agradece os amigos.

- Como já disse cowboy, eu faria tudo de novo – Helena diz abraçando Renê e depois abraça Maria Rita.

- Vocês sabem que eu amo vocês, estarei sempre a disposição para o que precisarem.

- Posso fazer um pedido pra vocês? – Marry pergunta.

- Claro! – responde Zé Neto.

- Quantas você quiser, hoje você pode tudo. – Diz Helena.

- Quero que sejam padrinhos de todos os nossos filhos, vocês aceitam?

Zé Neto engoli seco – Você disse todos?

- Sim, todos, não existem outras pessoas no mundo a quem confiarei nossos filhos.

Zé Neto pega na mão de Maria Rita, é a primeira aproximação dos dois após o dia da leitura do exame.

- Digo por mim, se vocês tiverem 20 filhos, serei padrinho deles com muito amor e orgulho. – Abraça a ex namorada e beija-lhe carinhosamente a testa.

- Conte comigo – Responde Helena visivelmente feliz e emocionada com o pedido da amiga – Serei a tia madrinha mais feliz desse mundo, não vejo a hora do meu primeiro afilhado nascer – diz empolgada - Agora cowboy, vamos deixar os pombinhos colocar o projeto dos nossos afilhados em ação, vamos embora, ainda temos que entregar a limusine.

Os quatro se despedem, Renê abre a porta do apartamento enquanto Zé Neto chama o elevador e da uma ultima olhada para Maria Rita, que olha para ele sorrindo e dando tchau, o elevador chega e Helena praticamente empurra Zé Neto para dentro.

- Se controla cowboy, não vai se derramar aqui hein.

- Eu estou feliz por eles Morena, mas confesso que as vezes gostaria de estar no lugar do Renê.

- É, eu sei como é, mas você precisa se concentrar e tratar de tirá-la da cabeça, não vá se enfiar na bebida porque eu não quero ter que buscar o padrinho dos meus afilhados nos bares em toda festa de aniversario.

- Pode deixar Morena, eu fiz uma promessa pra Renê que jamais faria algo do tipo, vou viajar passear um pouco, sair do nosso ambiente, quem sabe assim eu a esqueça mais rápido?

- Bom, que assim seja.

Renê pega Marry nos braços e entra com ela no apartamento.

- Você me ajuda com o vestido?

- Eu?

- Sim, você.

- Deixa eu ver – coloca a esposa cuidadosamente no chão – Vire-se de costas minha vida.

Marry começa a rir.

- Minha vida, impossível desatar tantos nós e abrir tantos botões – Diz incrédulo.

- Mas reza a lenda que o marido só pode consumar o casamento com a esposa depois que desatar todos os nós do vestido e abrir todos os botões.

- Você está brincando, não é? – Renê pergunta examinando o vestido de noiva da esposa. Marry continua rindo. – Claro que não.

- Quem te contou esta lenda...? Sem condições, não vou conseguir nunca, você vai morrer virgem – os dois ri.

- Foi meu pai, ele disse que precisa desatar todos os nós e abrir todos os botões.

- Seu pai? Ta brincando? Tenho certeza que quando ele tirou as roupas da minha mãe a primeira vez não foi tão difícil assim, por que quando chega na minha vez de tirar as roupas da filha dele, ele sai com essa tal lenda que eu nunca ouvi falar? – continua examinando os laços e botões do vestido.