Da Infância ao Sim.

22 - Costa Rica/Campo Grande

- Bom dia a todos. - Diz Renê ao entrar na cozinha.

- Bom dia. – Todos respondem.

- Conseguiu dormir bem? Você parece meio cansado. – Diz Helena ao rapaz.

- Dormi bem sim, Lena, obrigado - Disse colocando café em uma xícara e pegando um pedaço de bolo de fubá.

- Meninos já estou pronta, a hora que vocês quiserem já podemos ir.

- Tudo pronto Zé Neto?

- Sim, precisa de mais alguma coisa seu Gregório?

- Imagina meninos, vocês já ajudaram demais com a cerca e também nos trazendo nosso tesouro para nos visitar.

- Queremos conhecer Maria Rita qualquer dia desses, você a traz aqui para a gente conhecer Zé Neto?

- Oi?

- Maria Rita, ela é sua namorada, não é?

- Ah, sim... sim, claro dona Matilde, vamos combinar para qualquer dia desses a gente vir visitar vocês.

- Helena, você e Renê estão namorando também? – Pergunta Gregório.

- Papai!!! – Diz Helena sem jeito – é claro que não, de onde o senhor tirou esta ideia?

- Ah, sei lá minha filha, sua melhor amiga namora o melhor amigo dele, seria justo vocês dois também namorar, questão de raciocínio. – Diz o senhorzinho rindo debochado.

- Eu tentei seu Gregório, mas a filha do senhor não me dá bola não, ela é casada com os estudos dela. – Diz Renê fazendo cara de carente olhando para seu Gregório.

- RENÊ!!! – Brada Lena – É mentira dele papai, a gente nunca teve nada não, é brincadeira dele Renê na verdade é apaixonado por outra pessoa, uma certa amiga minha.

- Toma cuidado Lena, nessa velocidade aí você vai ficar pra titia. – Diz rindo debochado seu Gregório.

- Fica não seu Gregório, já estou mexendo os pauzinhos para arrumar um "par de carças" pra Lena também. – Disse Zé Neto olhando para Helena de canto de olho.

Helena olha para Zé Neto e percebe sua malícia...

- Vamos embora meninos, já percebi que vocês e meu pai vão tirar a manhã par arrumar "par de carças" pra mim e eu não estou disponível para "par de carças" nenhum viu Zé Neto, abaixa o fogo... Se é que você me entende.

- Oxi, a morena amanheceu virada hoje. – Disse Renê gargalhando – vocês vão sentados juntos no banco de traz, quero dar altas gargalhadas hoje com as alfinetadas que com certeza você vai receber de Lena hoje Zé Neto.

- Vou nada rapaz, hoje ela está atacada comigo, vou ficar bem quietinho no banco da frente. – Risos.

- Dona Matilde, muito obrigado por tudo e em especial por aquele franguinho caipira de ontem, estava uma delícia. – Diz Zé Neto abraçando e se despedindo de dona Matilde.

- Eu que agradeço vocês meus filhos.

- Seu Gregório e dona Matilde, quero agradecer por tudo o que vocês fizeram por nós aqui, mas minha gratidão maior, foi por colocar no mundo uma moça como a Helena, vocês não tem noção da filha que vocês tem, a conheço a poucos dias, mas já a amo como uma grande amiga, porque a qualidade que eu prezo no ser-humano é a lealdade, e a filha de vocês me provou ser muito leal as pessoas que ela ama, e eu sei que ela aprendeu com vocês a ser assim. O mundo agradece.

- Meu filho, quantas palavras lindas! Não tenho o que te dizer diante disso, muito obrigado.

- Oh meu filho. – Diz dona Matilde emocionada – não sei o que dizer, venha e me dê um abraço, vão em paz e que Deus abençoe vocês e voltem sempre.