Capítulo 21 - Noite de diversão

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Ao sairmos da pousada começamos a descer o morro que dava acesso a rua principal, o ar gelado devido a brisa marinha atinge meu rosto bagunçando os meus cabelos e me fazendo arrepiar, mas a sensação era libertadora; me perguntei como uma pessoa poderia viver sem a sensação obtida por aquele ato natural tão simples, com a sensação e o pensamento em mente paro e me viro em direção ao mar admirando sua extensão, um mar cheio de segredos, um mar que dividia eu e minha nova família, um mar que iremos desbravar juntos em uma grande aventura.

Fecho os olhos e inspiro profundamente deixando o ar gelado invadir meus pulmões, apreciando as imagens formadas pela minha imaginação da nossa aventura ainda não vivenciada, expiro o ar, agora quente, e revigorada abro os meus olhos me virando para a estrada para continuar a descer, me deparo com Perona encostada em uma casa apenas me esperando em silêncio, ela já me conhecia tão bem, não poderia imaginar que aquela menina irritante que encontrei a meses atrás poderia ser minha melhor amiga.

Quando passo ao seu lado ela apenas se vira e me acompanha morro abaixo, mesmo antes de chegarmos já podia ouvir as risadas, as cantorias e sentir o cheiro da variedade de comidas, algumas que eu nunca havia sentido o odor, outras já bem conhecidas por meu olfato. Mais alguns passos e já estávamos em meio a multidão, meus olhos são agraciados pelas infinitas cores ao meu redor, pessoas com vestimentas multicoloridas, deslumbrantes, estas dançavam em rodas, graciosamente, os músicos tocavam animados cantigas que eu nunca havia ouvido antes, as crianças corriam para todos os lados sorrindo, comerciantes gritava anunciando suas mercadorias, a alegria emanada por aquele povo era contagiante e por um momento queria apenas segui-los, apenas queria me divertir com Perona que não conseguia mais aguentar esconder o entusiasmo.

Sem conseguir me segurar mais, por um momento, deixo tudo de lado principalmente o pedido de Mihawk de sermos discretas, eu sei que poderia dar sérios problemas, mas acho que depois de tudo merecemos nos divertir em um ambiente tão agradável e caso algo acontecesse dávamos um jeito inventando uma desculpa para ele.

Como se o destino desejasse isso uma mulher puxa a mim e a Perona para roda de dança, ela me olha meio sem jeito, mas logo já estávamos conseguindo ajustar ao ritmo. Dançamos por muito tempo, uma dança cheia de rodopios, troca de pares, palmas e gritos, meus pés já estavam me matando, mas estava sendo uma das melhores experiências da minha vida e vendo o sorriso no rosto de Perona pude concluir que ela pensava a mesma coisa.

(música que estavam dançando)

Muitos pulos e gritos depois nos afastamos da roda recuperando o fôlego e indo ao banco mais próximo para sentar.

-Aquilo foi fantástico. _ Perona diz se jogado no banco ao meu lado _. Não me divertia assim a décadas.

-Não sabia que você era tão velha assim.

-Haru Haru Haru. _ ela ri _. Sou só 4 anos mais velha que você engraçadinha _.

-Mas tem o espírito de uma velha. _ digo a provocando _.

Olhamos uma para outra e começamos a rir.

-Acho que preciso de uma garrafa de saquê. _ digo sentindo a garganta seca _.

-Não me diga. _ diz se levantando da cadeira _. Vamos, a primeira rodada eu pago.

-Assim eu me apaixono. _ digo de forma brincalhona _.

Ela dá uma risada e nos levantamos indo em direção ao bar mais próximo em busca da minha almejada garrafa de saquê. Alguns minutos depois encontramos um pequeno bar a alguns metros de onde estávamos e quando abrimos a porta sou surpreendida pela cantoria de uma música muito conhecida por piratas, Bink's Sake. Quando era pequena ouvia Rayleigh a cantar por todo lado, principalmente quando estava concentrado em um trabalho e  com o tempo ela foi entrando na minha cabeça até não conseguir parar de cantarolar.

-Eu amo essa música! _ digo a Perona que havia ido buscar as garrafas quando viu que fiquei paralisada ouvindo a melodia _.

-Já a ouvi algumas vezes na minha antiga casa. Os piratas que estavam presos lá sem suas sombras costumavam cantar durante a noite. _ diz me entregando o recipiente _.

Tiro a rolha com os dentes e então a levanto em direção a Perona, ela faz o mesmo e então brindamos a nossa noite de farra e diversão, a pego pela mão e vamos em direção aos outros no bar e nos juntamos aos que cantavam.

(versão em português)

(Recomendo muito esse canal do YouTube, as traduções deles das músicas de anime são perfeitas. Fica a indicação caso alguém se interesse).

...

Muitas horas depois de muita cantoria e bebida, saímos do bar "levemente" alteradas e quando estávamos indo em direção a nossa pousada uma figura coberta por uma capa passa correndo por nós trombando em mim fazendo com que minha garrafa de saquê caísse no chão se espatifando, cacos de vidro vão para todo lado e o líquido restante se espalha pelo chão. Recuperando o equilíbrio viro em direção a pessoa para xingá-la e nos poucos segundos que ela olhou para trás pude ver um pouco de suas afeições como os cabelos brancos e os olhos vermelhos, mas o que mais me chamou a atenção foi o sentimento transmitido por seu olhar, o medo, logo pude deduzir, havia algo errado.

Naquele momento tentei aguçar todos os meus sentidos e então com um pouco de dificuldade ouvi um barulho de arraste, minha atenção foi para seus pés e me espantei ao ver que estavam acorrentados a algemas... algemas de Kairoseki (Pedra do Mar) que impedia usuários de akuma no mi usar seus poderes. Atrás dela vejo que estava vindo 5 guardas da marinha, rapidamente puxo Perona pelo braço cambaleando um pouco devido a embriaguez e nos escondemos em um pequeno beco. Eu havia vindo de um país onde escravos era algo natural nas ruas como a luz do dia, então eu podia reconhecer na hora quando via um.

 Eu havia vindo de um país onde escravos era algo natural nas ruas como a luz do dia, então eu podia reconhecer na hora quando via um

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