13.

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Dante acordou com um feixe de luz cobrindo seus ollhos, que foram obrigados a acordar e se espremer pra se proteger da claridade.

Quando sua visão se normalizou, descobriu que não apenas seus olhos, mas seu corpo inteiro despido tomava um banho de sol. E sim, descoberto, porque toda a coberta tinha sido agarrada pelo homem ao seu lado durante a noite.

O que havia acontecido ontem a noite mesmo?

Por uns cinco segundos, sua mente ainda sonolenta demorava para atualiza-lo, mas claro, Dante se lembrava. Agora as roupas espalhadas ao seu redor e pela casa significavam sim alguma coisa. Os dois tinham feito sexo. E um sexo muito bom.

As roupas não eram a única coisa que lhe denunciava. As marcas roxas na pele e as dores no corpo se faziam mais do que presentes. Dante sentia uma dor no quadril, na lombar e nas pernas e tudo isso vinha de um só lugar que era a coluna, como se tivesse feito muito esforço. Realmente, tinha. Mal conseguia se mexer.

Se sentia anestesiado. Depois de se sentir tão cansado por causa da últimas semanas e das milhares de outras antes destas, passar a noite com Arthur foi como tirar um peso de dentro de Dante. Um alívio que o fez se sentir de bom humor.

Estava tão dormente que não tinha sentido o peso da perna e do braço, aliás, do corpo inteiro de Arthur sobre si. Ele estava completamente jogado em cima de Dante, abraçando-o na ponta da cama, quase o fazendo cair, enquanto o espaço enorme sobrando da cama era ocupado apenas pelo sol. Dante o empurrou uma vez, afastando o rapaz e podendo enfim respirar, mas minutos depois Arthur voltava, resmungando e o abraçando de novo. O loiro insistiu pelo menos umas três vezes, mas o moreno simplesmente parecia de mola. Enfim desistiu, decidindo ficar o observando até que ficasse com coragem de levantar.

Arthur dormia com os lábios levemente abertos, a cabeça deitada em seu peitoral. Dante o achou fofo dormindo, mas só esperava que não babasse em seu mamilo.

Já se passando vinte minutos desde que acordou, o professor viu sua posição desconfortável o suficiente para se afastar e se levantar da cama, se espreguiçando o máximo que podia, soltando o ar pela boca. Não sabia que era capaz de fazer as coisas que fez ontem, mas fez, e já era tarde para sentir vergonha.

Dante abriu a porta do quarto e saiu catando suas roupas pela casa até encontrar sua bolsa jogada na entrada, negando com a cabeça enquanto sorria. Tinha até esquecido de como ela tinha ido parar ali. A casa inteira tinha um cheiro, um ar de um pós-sexo que só Dante sabia como descrever. Era um momento único, e gostava de como era o amanhecer, de como sentia a textura do lençol, de como seu corpo reclamava das dores, gostava.

Na sua passada pela sala, antes de se dirigir ao banheiro para uma ducha, Dante pegou a jaqueta de Arthur.

Tomou um banho de água quente, reparando no azulejo escuro do box e pensando que nunca faria uma coisa daquelas na sua casa, pois não gostava de cor escura no banheiro. Isso também o fez lembrar de que mais tarde teria que comprar produtos de limpeza pra limpar o seu banheiro, já que não dava uma geral há um tempo. Mas afinal, que horas eram? Será que não tava tarde? Ou cedo demais? E se ainda estivesse dormindo e tudo não passou de um sonho erótico por pensar demais em Arthur?

Deu um beliscão no seu braço.

Nada aconteceu.

Terminado o banho, Dante saiu do banheiro usando a mesma cueca e a jaqueta que encontrou na sala. Não sabia que ela era tão pesada. Voltou ao quarto com um sorriso, esperando acordar Arthur com beijos...

- Sério, você precisa ser tão barulhento? - Arthur estava sentado na cama, coçando seus olhos com a mão, com a expressão emburrada. - Barulho pra lá, barulho pra cá. Percebeu que deixou a porta aberta? Deu pra ouvir tudo.

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