the bubble gum

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Deus, o senhor me perdoe por te pertubar logo cedo mas hum eu realmente preciso de uma ajudinha agora,
Olha eu prometo que se me ajudar nunca mais irei atravessar a rua sem olhar para os lados, não é muita coisa eu sei,
mas por favor faça com que aquele chiclete de jujubas suma da bunda da minha chefe.

Vamos recapitular, lá estava eu Andrea Sachs ou Andy para os mais íntimos, tudo estava bem o céu estava azul e brilhando, os pássaros cantavam e a harmonia reinava mas dá porta para fora do prédio,
Dentro já é outra história, se você se concentrasse seria capaz de ouvir as lamúrias de funcionários, ressoando ao vento como almas atormentadas no submundo,  clamando por salvação
Estou sendo dramática ? Provavelmente.

Vamos dizer que era mais um dia de mais uma semana trabalhando para a grande Miranda Priestly, o que é praticamente a mesma coisa da descrição que fiz mais acima, esse é o sonho no qual milhões de garotas desejariam, certo ?
Errado.

Não me entendam mal eu não estou cuspindo no prato em que estou comendo não não longe disso, mas vamos dizer que nunca gostei de pratos rasos, porque trabalhar para Miranda é isso, é tentar comer sopa em um prato raso e com aqueles palitinhos japoneses, deu pra entender a metáfora ? Eu não sei, espero que sim.

Mas voltando, minha chefe vulgo reencarnação do mal na terra, Diabo em Prada,  a grande dama dragão, ou seja lá qual dos apelidos carinhosos você escolher, está com uma pequena goma de mascar na sua roupa mais específicamente na bunda.

área essa que já me distraiu muitas vezes me fazendo criar pensamentos que um funcionário não deveria ter por seu superior, o bendito chiclete que estava em minha boca a alguns momentos atrás agora está bem aconchegado na bunda da minha chefe.

Como chegamos a isso ?
Se não me falha a memória enquanto Roy me dava uma carona me levando por toda a cidade de New York para cumprir as demandas quase impossíveis da platinada, em algum  momento de tédio decido fazer bolhas de chiclete com a boca.

ora essa,  se crianças de seis anos fazem isso não tem como eu não conseguir fazer,
Emily iria se arrepender de caçoar da minha deficiência em não conseguir fazer bolhas de chiclete.
Meu plano era simples fazer uma enorme bolha de chiclete e tirar uma foto para registrar meus incríveis feitos

para que funcionasse eu iria precisar de uma grande quantidade de chiclete afinal quanto mais melhor não é ?
Uma tarefa relativamente fácil,
na barra de mansagens do meu celular chegaram as palavra Da mulher que habita meus sonhos,
me avisando para permanecer no carro pois em 15 minutos ela iria a mais uma de suas infinitas reuniões e eu iria a acompanhar.
Eu sabia que esse tempo era mais do que o suficiente para cumprir meu objetivo.

Desembalando cinco daquelas gostosuras rosas Andy não tardou em colocar todos em sua boca, forçando sua mandíbula em movimentos repetitivos, depois de duas tentativas frustradas onde o doce grudento quase escapou de sua boca como se tivesse vida e lutasse por ela, Andy estava para desistir por não conseguir fazer uma simples esfera de goma,
Pelo canto de seus olhos Andy pode ver a figura de Miranda se aproximando.

-Mais que diabos de 15 minutos é esse ? Aonde que eu vou socar esse monte de chiclete, e se eu engolir ?
Não é uma boa ideia minha mãe dizia que se eu esgolisse poderia grudar no meu estômago e se ela estiver certa ?  o droga não tenho escolha.

Disse Andy após tentar jogar a pastilha doce pela janela a sua frente no caso a do ingênuo motorista que saia do carro para a abrir a porta para sua chefe e que estava alheio a tudo que acontecia na parte de trás, foi questão de segundos até Andrea perceber que errou em seu cálculo, imediatamente Andy se arrependeu pelas vezes que deixou de ir as aulas de matemática para jogar vídeo game na casa dos amigos.

One's MirandyOnde histórias criam vida. Descubra agora