Olhos castanhos | [#2]

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Carol pov's.

Descemos as escadas e Rafael abriu a porta com cuidado, pois meu pai havia dormido na sala assistindo TV, e se ele visse nós dois saindo, iria mandar voltarmos.
Chegamos a casa ao lado e eu e Rafael falamos.

- Olá! Bem vindos ao bairro - a frase foi dita ao mesmo tempo, em perfeita sincronia.

- Olá, muito obrigada. Prazer, Dayane, mas podem me chamar de Day. - diz a garota de olhos castanhos profundos, dando um sorriso sem mostrar os dentes.

- Eu sou Carol, e esse retardado do meu lado é o Rafael, meu irmão - digo sorrindo da mesma forma

- Retardada é você, idiota - fala Rafael, me dando um tapa no braço.

- Bom, queríamos saber se vocês precisam de ajuda com algo. - falo enquanto vejo seus pais empurrando algumas caixas.

- Ah não, tudo bem por enquanto. - diz ela meio sem graça. Talvez eles precisassem de ajuda?

- Tudo bem então, caso aconteça algo, só bater ali em casa. A minha sacada é a de cima, a que dá de cara pra casa de vocês. - digo olhando em seus olhos, e puta que pariu, que olhar.

- Tudo bem, o meu quarto da de frente para o teu, qualquer coisa eu pulo pra sua casa - disse dando uma risada com tom de brincadeira.

- De qualquer forma, já vamos, vemos que estamos te ocupando e você tem que arrumar as coisas - disse meio sem graça ao olhar o tanto de caixas que ainda haviam no caminhão.

- Ah, tudo bem, nos vemos qualquer dia desses. - falou a morena enquanto abraçava rapidamente meu irmão e eu.

Voltamos para casa e eu estava extremamente feliz por saber que a garota de olhos castanhos que eu tanto tinha gostado, estava no quarto à frente do meu.
Dei um sorriso bobo sem perceber, quando Rafael diz.

- Olha ela. Não queria sair, mas quando saiu, se apaixonou. - dá um soco no meu braço, bem leve, como normalmente fazemos.

- Cala a boca Rafael, eu não tô apaixonada. - disse cortando o barato do meu irmão.

- Maninha, você não me engana, aposto que daqui um mês vocês já vão estar namorando - diz ele se dirigindo para a cozinha, e eu vou atrás para continuar a conversar.

- Rafa, tu sabe como a mamãe esta comigo depois daquele dia. Não vou me relacionar com ninguém até eu e mamãe me resolvermos. Não quero colocar ninguém nessa situação. - digo lavando as mãos para fazer um sanduíche e levar para o meu quarto.

- Logo vocês vão se resolver e a Day vai virar sua namorada. - disse me olhando enquanto levantava e abaixava suas sobrancelhas.

- Vai sonhando. Não que eu não queria que isso aconteça, mas a gente mal se conhece. - digo pegando um prato e pondo 2 fatias de pão nele - pega o ketchup aí pra mim. - peço e ele me entrega

- Me escuta que seu irmão sabe mais. - diz ele.
Apenas reviro os olhos, mantendo meu foco no que estava fazendo.

Termino meu sanduíche e subo para meu quarto com ele em uma mão e um copo de refrigerante na outra.
Abro a porta com cuidado para não derramar o refri e coloco ele no porta copos da minha mesa, junto com o sanduíche. Sento em minha cadeira e coloco uma música baixa.
Depois de alguns minutos, escuto um barulho na minha sacada, era uma pedrinha. Vejo Day, acenando pra mim de sua sacada.

- Oi Day, desculpe, estava ouvindo música - me justifico por não ter a respondido de primeira, mesmo tendo escutado.

- Imagina. Ia te perguntar se vc pode sair essa noite, pra, sei lá, me levar pra conhecer alguns lugares da cidade. - diz ela colocando as mãos no bolso. - Se vc quiser, claro.

- Ah não, não tem problema, vamos sim. Que horas mais ou menos? - digo enquanto olho o horário em meu celular.

- Acho que umas 18? Tudo bem por você? - diz ela, mechendo em seu cabelo.

- Claro. Combinado então, eu te espero ali fora. - o relógio marcava as 16:30, eu tinha um tempo pra me arrumar.

Desliguei minha musica, peguei meu celular,  e fui para o banheiro do meu quarto. Tomei um banho e me troquei. As 17:50, eu estava pronta, com o meu mom jeans claro, uma blusa branca com uma estampa de duas bocas, provavelmente duas mulheres e um casaco bege em mãos. Guardei meu celular no bolso e desci pegando a chave para sair.
Meus pais provavelmente estavam no quarto e meus irmãos haviam saído, talvez tinham ido em uma balada.
Sentei na calçada e esperei a chegada da mesma.

Opa! Como estão??
Essa parte foi maior do que eu esperava em. Obrigada por ler.
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(Críticas construtivas são sempre bem vindas)
Beijinhos =)

Garota do fim do mundo - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora