Capitulo 2

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Em silencio um homem de cabelos pretos na altura dos ombros se encontrava de costas olhando pela grande janela de sua sala particular o por do sol dar lugar a noite lentamente, com melancolia observava os últimos raios de sol tocarem os restos de um jardim que agora estava morto, suas folhas secas e murchas, davam um ar ainda mais sombrio para o castelo, desde que a antiga rainha falecera, ninguém mais ousou cuidar do jardim e nem mesmo ele ou seu irmão se importaram em dar ordens aos empregados para que o fizessem, uma tentativa falha de apagar a dor causada pela sua ausência, já que o jardim de rosas vermelhas as suas preferidas, costumava ser um deleite para os olhos ve-la cuidar com tanto amor e carinho de suas flores.

Por varias vezes ele e o irmão se sentavam nas escadas e observavam atentamente ela cuidar do jardim por horas ou ate seu pai chegar e a distrair roubando lhe beijos.

Alex observou lentamente aquelas lembranças felizes de sua infância, serem tomadas por dor e sofrimento o que causou um buraco profundo, sombrio e negro em seu coração, o seu castelo constatou ele em pensamentos, nada mais era que o retrato do que sua vida se tornara. E ao contrario do que se podia imaginar ao invés de odiar passou a gostar dessa atmosfera.

Foi despertado de seus pensamentos por batidas na porta de madeira ecoando por todo o ambiente, logo em seguida a porta se abriu dando passagem ao um homem igualmente alto de cabelos pretos, que andou a passos largos em direção a mesa, puxou a cadeira e sentou se relaxadamente colocando os pés sobre a mesa e as cruzando.

- Quantas vezes vou ter que repetir para não colocar os pés em cima da minha mesa Arthur, alertou Alex entre dentes sem se virar para encarar o irmão mais novo que ria despreocupadamente da situação.

- Vejo que os bailes não melhoraram em nada seu mal humor, sorriu em sinal claro de deboche, - Você deveria estar mais relaxado iirmão, dado as suas atividades, o provocou.

- E desde quando os bailes tem a ver com, interrompeu a fala ao se virar e constatar que o irmão continuava com os pés sobre a sua mesa, - Tire. As. Agora., falou pausadamente, os olhos pretos ameaçadoramente encaravam os verdes, o que o fez encolher na cadeira e retirar rapidamente os pés da mesa.

- Me desculpe, tratou de se desculpar apressadamente, ele melhor do que ninguém sabia que não era bom despertar a sua fúria.

Alex se encaminhou ate a sua mesa sentando se a frente do irmão

- Agora me diga o que quer? questionou ele apoiando os cotovelos sobre a mesa elevando suas mãos cruzadas na linha de sua boca e encarando o irmão impiedosamente sobre elas.

A LENDA DO LOBO BRANCOWhere stories live. Discover now