04 • MUDANÇAS DE HUMOR

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Três dias se passaram e durante esse tempo, Kotaro e Ayari não se soltaram, porém, o ômega se sentia tão cansado que não conseguia mover um único músculo.

Era manhã quando o moreno quando o moreno de olhos azuis começou a trabalhar antes mesmo de chegar à empresa com o tablet que segurava na mão. O Saito procurava por berços e embora não tenha afeição por ômega, estava ciente de que ambos seriam pais e que ele, como alfa, terá que fazer a sua parte. Tirando o telefone do bolso, ele encontrou o número de sua irmã e mandou uma mensagem.

Kotaro:
Bom dia, pode me fazer um favor?

Srta. Saitō:
"Dependendo do que estiver ao meu alcance..."

Kotaro:
Preciso que aquele garoto faça alguns exames médicos, eu quero saber tudo sobre seu corpo.

Srta. Saitō:
"Por que você decidiu fazer isso?"

Kotaro: Estamos falando do pai do meu filho, acho esse menino muito anoréxico, desde que o conheci, o corpo dele não mudou nada.

Srta. Saitō: "Ok, eu farei isso e esse garoto tem um nome, aprenda a chamá-lo por ele."

Kotaro:
Tanto faz.

───────── ☽ ─────────

Deitado na cama, Ayari olhou para a janela, lembrando-se das noites que passara com o alfa, quando sentiu pela primeira vez seu lobo ômega implorando ao outro.

— Que loucura... - Suspirou pesadamente.

Ele levantou-se da cama e seguiu para a cozinha, para que pudesse comer, pois sentia fome. Em poucos minutos, enquanto preparava o macarrão, o cheiro da comida atingiu seu nariz e o fez salivar, não porque ele queria comer o macarrão, mas sim, por querer colocar para fora o que não havia comido. Correndo até o banheiro, quando adentrou, se agachou próximo ao vaso sanitário e começou a fazer ânsias. Sua boca se encheu de saliva e para não durar muito, ele introduziu dois dedos à boca e os levou ao centro da garganta, tentando vomitar.

— Merda! - Rosnou.

Ding, Dong...

A campainha tocou em todo o apartamento silencioso, obrigando o jovem a se levantar e dar descarga.

Ele rapidamente alcançou a pia, levou suas mãos para debaixo da torneira, fez uma concha com as mesmas e levou até a boca. Limpando-se rapidamente, ele deixou o cômodo e seguiu em passos largos até a porta, e quando já estava próximo, olhou através do olho mágico e notou que a albina esperando do lado de fora, respirou fundo, abriu a porta e a encarou.

— Bom dia! - Desejou ele a mulher parada em sua frente.

— Bom dia, meu irmão está? - Kimiko o encarou.

— Ele saiu a algumas horas, mas não me deu satisfação. – Dá de ombros. — Entre, Srta. Saito. - Ele cedeu espaço para a mais velha.

— O que aconteceu com você? - Perguntou a mesma ao passar para dentro e notar o rosto pálido.

— Nada demais, quer algo? Irei preparar um chá. - Os olhos do ômega desviaram da maior.

— Aceito! - Disse desconfiada. — Você passou mal não foi? - Perguntou a mesma fazendo com que o moreno parasse no meio do caminho. — Vamos ao médico, meu irmão exigiu alguns exames.

— Ok. - Essa foi a única coisa que o jovem respondeu. [...]

No meio de um banho de sangue, Kotaro respirou fundo ao perceber a quantidade e desperdício de metanfetamina misturado com dinheiro espalhado pelo chão.

ALPHA • Tetralogia LupinaOnde histórias criam vida. Descubra agora