Ferrado

453 22 13
                                    



Michael

- Você é um estuprador safado! Prepare-se para ser feito de boneca na cadeia, desgraçado. - o agente West, falou assim que me colocou no banco de trás do carro com um sorriso de orelha em orelha.

- Primeiramente: - abri um sorriso máster o olhando torto como ele merece. - Não vai criando expectativas que não vão acontecer, iludido. - o desgraçado parou de rir na hora. - Segundamente: você está falando com o grande advogado Michael Siega, tenha mais respeito e muito cuidado com o que fala. - esses lixos se acham demais quando um homem está algemado. - Terceiramente: vá se foder. - falei observando a paisagem enquanto o carro seguia para a delegacia mais próxima. - E quartamente: daqui a pouco eu vou estar em casa, pois vocês só me prenderam por denúncia; então você acha, realmente que um homem poderoso como eu vou ficar um dia sequer naquelas grades imundas, acha? - ele me olhava com uma fúria em seus olhos, isso mesmo filha da puta.

- Eu só tenho uma coisa a dizer uma coisa riquinho mimado: espere e verá. Não se ache tanto, seu merda. - me lançou uma piscadela, aquilo me deixou tenso, mas não vou fraquejar.

Seguimos a viagem calados.

- Olá. Então você é aquele que todos falam? - droga! Mil vezes droga! Eu pensava que ia pegar o delegado Donovan uma antigo amigo meu, mas eu tinha que pegar o tubarão dos delegados, o delegado Jefferson. Loiro mais imbecil da história, por ser o mais justo dr todos. - Que coisa, Dr. Siega, você estuprando a própria sobrinha? Confesso que não acreditei no começo, pois você defendia crianças inocentes e tal. Isso me deixou surpreso. - eu estava calado de cabeça baixa, meus punhos cerrados na algema isso doeu pra caralho. A sorte dele é que estou com essas algemas.

- E vocês vão logo prendendo alguém como eu assim; sem provas? - foi o que eu consegui dizer. Não gaguejei, não sou e não vou ser fraco.

Ele me olhou friamente, como se quisesse atirar no meio da minha testa e logo abriu um sorriso cínico.

- Sem provas. - ele repetiu o que eu disse com um tom irônico. - Verdade, tem razão. Te trouxemos aqui apenas para te prender por diversão. Para bricarmos de pega, pega. - o sarcasmo pingava de seus lábios e isso já está me deixando puto de raiva, esse merda me paga. - Acho que você não sabe, então vou te mostrar. Mas vai demorar porque é muita coisa mesmo. - puxou uma cadeira e eu me sentei, mas antes pedi para tirarem as algemas.

- Ok, tudo bem. - ele assentiu para o agente West. - Mas se tentar qualquer coisa vai levar uma terceira surra, seu merda. - todos riram, eu me senti um lixo na hora, mas eles vão me pagar.

- Eu... Não vou. - falei num tom neutro.

- Olha só! Ele sabe falar sem arrogância e egocentrismo. Palmas pra ele. - o delegado Jefferson está muito animadinho, vai nessa mesmo que você vai se dar muito bem, seu otário.

- Podemos começar, ou não? - perguntei entediado, ele assentiu ligando o notebook e virou para mim.

E puta merda!

Isso não estava acontecendo...

Primeiro haviam fotos das cartas que eu fazia pra mim mesmo sobre a minha irmã. Segundo o vídeo de Caroline trocando de roupa, depois o de Madison bebê tomando banho. Meu corpo começou a tremer, minha respiração estava nervosa, fora a impotência que me tomava. Depois as legendas das fotos de minha Madison pequena, com o merda do Bryan e os pais dela. Um bolo horrível se formou na minha garganta, me impedindo de respirar.

Eu estava fodido. Muito mesmo.

Logo após, um dossiê cheio de informações sobre a morte da minha irmã com o lixo do seu marido, tinha tudo mesmo. Porra aquilo era o meu fim.

Você é minha!Onde histórias criam vida. Descubra agora