Todo amor que eu te dei - EXTRA

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Hanna

Novamente ele está com ela, estávamos tão bem assistindo um filme. Michael tinha falado dela por conta do almoço que ela tinha ido na casa do antigo amor dela, mas até que tinha esquecido por um momento.

Ele até havia me beijado...

- Você está muito bonita hoje, Han... - Colocou uma mecha do meu cabelo pra trás. Fazia tempo que eu não recebia um elogio dele.

- São os seus olhos, Michael. Você que é perfeito. - Ele sorriu de lado. E me beijou, parecia um beijo de saudades, cru, e maravilhosamente gostoso.

Mas então ela chegou e estragou tudo novamente.

- Sai Hanna, senta aqui, amor. - Me empurrou, dando lugar a ela e isso me doeu como um inferno. Quis chorar, mas segurei o choro. Olhei para ele me lembrando do passado...

Quando eu o conheci jamais imaginaria que ele fosse dessa forma tão doentia. E ele sempre disfarçou muito bem. Ele gostava de mim, eu tenho certeza.

Eu era uma garota tímida, estudante de medicina, quando o conheci. Ele era um patrocinador da minha antiga faculdade. Eu já o conhecia por revista, mas foi a primeira vez que eu o vi pessoalmente. Que eu conheci o ser mais intenso e autoritário desse planeta.

Michael Siega, o meu grande e único amor.

Estava assistindo a sua palestra, todas as meninas babavam por ele e minha amiga da faculdade, Natalie não era diferente. Mas, eu pude sentir o seu olhar sobre mim e isso me deixou surpresa, pois eu jurava que ele iria gostar de Natalie, pois ela é loira dos olhos azuis, alta, corpo de modelo e sensual.

Não sei porquê ele estaria olhando para uma simples morena, desprovida de peito e bunda, nada bonita, cheia de olheiras e magra como eu. Mas, eu também comecei a encará-lo. Se é assim, não posso perder essa oportunidade.

A palestra acabou e vi várias meninas pedindo para tirar foto com o CEO das Unidades Siega. Fiquei olhando mais um pouco para ele, que dava atenção a aquele bando de mulher oferecida. Eu não iria ficar perdendo o meu tempo com apenas um milionário que só se importa com dinheiro e que com certeza não está nem aí pra mim.

Fui para o corredor da faculdade e depois achei um bebedouro, me abaixei e bebi aquela água super gelada.

- A água está boa, moça? - Aquela voz rouca. Senti minhas pernas virarem gelatina, meus olhos estavam saltados e a minha respiração já estavam ficando pesada.

Virei tensa, ele me olhava profundamente, seus olhos são super azuis esverdeados, ele sorria de lado dando um ar malicioso, mas sensual ao mesmo tempo. A barba ruiva por fazer o deixava mais jovem que o normal, pois já vi algumas fotos dele com um barbão enorme, parecia um urso. A sua boca é fina, meio pálida e bem escondida.

- Como? - Perguntei com a voz falha.

- A água está boa? - Repetiu a pergunta, sorriu largo e sedutor.

- Sim, ué. - Falei sorrindo, eu estava com uma expressão confusa.

- Que bom, sou Michael. - Se apresentou.

- Hanna. - Apertei a sua mão.

Hoje em dia o conhecendo acredito que ele me via como uma pessoa inocente e pura. Do jeito que ele sempre gostou. Pureza.

- Muito prazer, morena. - Sorriu malicioso.

(...)

Estávamos namorando há mais ou menos dois anos e eu já havia me formado. Michael é um homem sério, rígido, mas ótimo. Eu o amo e o aceito do jeito que ele é.

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