Rockabye

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So, rockabye, baby, rockabye

I'm gonna rock you

Rockabye, baby, don't you cry

Somebody's got you

Izuku acordou com o som de pratos e talheres ecoando alto apesar da porta fechada. Sorriu e balançou a cabeça em descrença. Três semanas e ele ainda não desistiu disso? Vou ficar mal-acostumado... Mas ele não conteve a satisfação que vibrou em seu corpo quando saiu do quarto sentindo o aroma delicioso de ovos e bacon, além de rolinho de ovo, arroz cozido, natto e tofu. Ele puxou as mangas já compridas do pijama até os dedos quando um vento frio entrou da janela aberta na sala e voltou os olhos para a cozinha separada da sala por uma simples bancada de mármore escuro que no momento estava abarrotada com os pratos deliciosos que fizeram Izuku salivar. Atrás da bancada estava o fogão e Kacchan com o torso bronzeado desnudo, a cabeça voltada para baixo em concentração. Izuku controlou a saliva, que já não parecia ser apenas devido à comida, e pigarreou alto para Kacchan notar sua presença. O loiro ergueu os olhos desinteressado, retirando os fones dos ouvidos com uma mão enquanto a outra ainda mexia no fogão com destreza apesar dos olhos vermelhos agora estarem focados em Izuku.

- Kacchan, já avisei para você não fazer o café da manhã sozinho todo dia! Isso não é justo...

Katsuki revirou os olhos e desligou o fogão com um bufo baixo.

- Eu acordo cedo pra caralho, Deku. Não dá pra esperar você deixar de ser preguiçoso e acordar pra fazer o café. Não sou obrigado a passar fome por sua causa, porra. Além de que sua comida deve ser uma droga. Então se senta logo aí e come essa merda sem reclamar.

Izuku conteve a risada já acostumado com o jeito estressado de Kacchan e deu de ombros. Quem sou eu pra reclamar dessa mordomia toda? Sentou-se logo na pequena mesa enquanto o loiro dispunha os pratos e se sentava do lado oposto. Izuku deu um longo gole em seu chá verde, gemendo em prazer quando o gosto explodiu em sua língua. Doce e forte, como eu gosto! Ele abriu os olhos e encolheu os ombros, as sobrancelhas franzidas, diante do olhar intenso e quase fascinado que Kacchan lançava em sua direção.

- Hum... o chá está maravilhoso, Kacchan! Arigato!

Katsuki piscou como se despertasse de um transe esquisito e logo sua expressão irritada voltou. Ele se serviu de rolinho de ovo e arroz e encheu a boca depois de murmurar qualquer coisa em voz baixa. Izuku ser serviu de bacon e ovos e encarou Kacchan com um sorriso alegre.

- Você fez até ovos com bacon! Não acredito!

- É, não precisa ficar todo emocionado nerd. – Katsuki rebateu com um dar de ombros indiferente, os lábios molhados do chá que ele bebera recentemente. - Foi a primeira coisa que encontrei na geladeira. Depois vi que você finalmente tinha voltado a ser japonês quando encontrei o arroz e os ingredientes pro natto. Achei que agora só comia essas merdas americanas, faz três semanas que só tem isso!

Izuku revirou os olhos engolindo o bacon e lambendo os lábios.

- Eu adoro as comidas japonesas, Kacchan, são as minhas preferidas! Mas alguns pratos americanos também me conquistaram. É complicado comer arroz no café da manhã no ocidente quando eles normalmente só fazem isso no almoço!

Katsuki ergueu uma sobrancelha no máximo de surpresa que Izuku já o vira demonstrar.

- Sério?

Animado ao ver o interesse de Kacchan, Izuku passou a narrar diversas diferenças entre os costumes americanos e japoneses que tinha percebido em sua estadia nos Estados Unidos e, para sua surpresa e alívio, Kacchan ouviu tudo sem reclamar enquanto comia metodicamente seu café da manhã erguendo ou baixando a sobrancelha em momentos específicos da história e até soltando o que parecia uma risada grunhida em algumas partes. Logo eles estavam falando dos vilões, Katsuki contando sobre os piores ou os mais idiotas que enfrentara desde que saíra da UA enquanto Izuku ria, contando como os vilões da América não eram tão diferentes assim.

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