Green Eyes

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I came here with a load

And it feels so much lighter

Now I've met you

And, honey, you should know

That I could never go on

Without you

Green eyes


A porta da mansão se fechou às costas de Deku e Dynamight, um ranger prolongado, então um baque repentino e eles mergulharam no completo breu. O som dos saltos da mulher se distanciando ecoava isolado no ambiente, sumindo repentinamente depois de um tempo, denunciando a amplitude do local.

Lá dentro não havia portas ou janelas à vista, nenhuma fresta de luz, como um cofre impermeável. O som de respirações era baixo e se mesclavam, impossibilitando a tentativa de Bakugou de contar quantos bastardos havia naquele lugar. Porra, são com certeza, bem mais que um! Katsuki sentiu os dedos de Deku roçando nos seus, a eletricidade do seu poder contido fazendo os dedos do loiro formigarem, e conteve a vontade de entrelaçar as mãos.

- Ora, ora, sejam bem-vindos! – A voz surgiu como um eco grave e repentino, rouca e com o tom de deboche que enfureceu Bakugou desde a primeira vez que ele a ouviu, meses antes. – Perdoem-me por deixá-los esperando, mas nem todos os convidados estavam presentes, não podíamos estragar a surpresa! Agora podemos começar a festa.

Um estalar de dedos e as luzes criaram vida. Izuku piscou, a luminosidade repentina queimando seus olhos enquanto ele tentava observar os arredores. Ele e Kacchan estavam a poucos passos da porta de entrada e a sua frente se estendia um salão enorme, sem móveis e com um piso de madeira antiga e lustroso. O teto era alto e as vigas que sustentavam o segundo andar eram espirais intrincadas, um estilo de construção típico do século passado. As escadas ficavam nas laterais do salão e davam para os corredores estreitos que compunham o segundo andar repleto de portas altas em intervalos precisos.

Ele poderia ficar admirando os detalhes e toda a beleza da obra por horas se não fosse a aglomeração de criminosos em cada metro quadrado.

Homens e mulheres portando todo tipo de armas e com toda a variedade de poderes pontilhavam as laterais da mansão, não apenas no térreo como lotando os corredores do segundo andar, todos os olhares assassinos e sorrisos perigosos voltados para o Wonder Duo. Esperando o mínimo sinal para atacarem, Izuku pensou, resignado. Alguns Izuku reconheceu dos jornais, alguns ele mesmo já havia capturado e quando ouviu o rosnado irritado de Katsuki percebeu que não era o único com conhecidos no recinto. Izuku sentiu o poder contido na ponta dos dedos, forçando, querendo se libertar. Ele respirou fundo entredentes, os olhos percorrendo o salão em busca de cabelos verdes idênticos aos seus, dos olhos vermelhos e inocentes que tanto ansiava por rever.

Ela não está aqui!

Os raios percorreram seu corpo mais livremente, a raiva agindo como um combustível, e ele cerrou os punhos com o queixo erguido na direção do homem que, agora, estava bastante visível. DNA se postava do outro lado do salão, sozinho a não ser pela mulher loira parada às suas costas com um sorriso sensual nos lábios. O homem nem parecia se importar com ela, os olhos claros fixos em Izuku, o corpo alto e magro parado como uma estátua com um sorriso frio nos lábios, os cabelos castanhos com mechas brancas presos na nuca. Um jaleco branco escondia qualquer coisa que usasse por baixo e os óculos redondos na ponta do nariz completavam a imagem de falsa seriedade e profissionalismo, nada além de um personagem em uma peça e DNA parecia levar a sério sua atuação. O sorriso se alargou quando ele percebeu o olhar irado de Izuku postados sobre si, seus próprios olhos claros brilhando com uma animação fanática.

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