Don't wanna close my eyes
I don't wanna fall asleep
'Cause I'd miss you, babe
And I don't wanna miss a thing
Fazia mais de um mês que Katsuki estava morando com Izuku e, apesar de terem atingido uma rotina confortável, os sentimentos confusos e nostálgicos do loiro ainda o deixava puto. Admitir que a paixão pelo esverdeado não tinha sido superada porra nenhuma não estava em seus planos.
Ainda.
Para Izuku a situação era semelhante, mas, diferente da negação de Katsuki, Midorya sabia que não dava mais para enganar a si mesmo. Não quando tinha o cara que lutou para esquecer durante anos dormindo no quarto ao lado. Aquilo era provação demais.
Tão perto e tão longe, que clichê!
Era fácil não lembrar do que sentiam e guardar tudo nos cantos mais escuros da mente quando se viam apenas poucas vezes ao mês, em saídas de amigos ou quando se esbarravam raramente pela agência. Mas tendo Kacchan andando sem camisa pela casa por, palavras dele, "aquele apartamento ser mais quente que o inferno", ou ver Deku saindo do banheiro com nada mais que uma toalha enrolada na cintura e a água pingando ao seu redor, não estava fazendo maravilhas pela sanidade de nenhum dos dois.
Aquilo parecia uma bomba relógio prestes a explodir.
E no meio de tudo estava Kana. Fazia apenas duas semanas que a bebê chegara à casa de Izuku, mas já tinha os dois homens na palma da pequena mão. Katsuki ainda lutava e se mantinha distante o máximo que conseguia, tentando manter sua postura de indiferença que ia por água abaixo quando a garotinha inclinava o rosto com os olhos brilhando e falava 'Kacchan" com a voz manhosa. Izuku já era um caso perdido e fazia tudo e mais um pouco só para ouvir a risada melodiosa da menina. Os dois homens tinham que repetir para si mesmos todo santo dia que aquilo tudo era temporário, que logo ela iria embora. Mesmo que pensar naquilo estivesse se tornando cada dia mais desconfortável.
Naquela manhã Katsuki acordou de péssimo humor e horas mais tarde do que estava acostumado. Tudo por culpa do maldito Deku. Em resumo, o merdinha resolveu abraçar Katsuki de surpresa, agradecendo por algo que o loiro nem ao menos conseguiu discernir, aquele sorriso maldito nos lábios junto com as sardas idiotas. Como caralhos ele poderia se concentrar em algo com aquele sorriso gigante que poderia cegar alguém de tão brilhante e fazia algo estranho pra porra se remexer no estômago dele? Quando o corpo de Deku estava colado ao seu de forma tão apertada? Todas as partes, absolutamente todas, tocando o corpo de Katsuki enquanto ele respirava contra o seu ouvido?
Puta que pariu, esse nerd não percebe que tá acabando comigo?
Com a sanidade por um triz ele simplesmente mandou tudo para a casa do caralho e saiu em busca da primeira boate que visse pela frente. Ele precisava de um escape sempre que algo assim acontecia, o que estava ficando mais frequente do que gostaria, e aquele lugar de segurança duvidosa e mulheres de caráter duvidoso parecia perfeito na hora. Mas a festa da noite anterior fora barulhenta demais; a garota que ele encontrou, grudenta demais, e, pra piorar tudo quando chegou de madrugada na casa do Deku, o nerd estava largado no sofá dormindo profundamente com Kana deitada sobre seu peito. Uma mão jogada sobre os olhos enquanto a outra contornava o corpo da bebê de forma protetora.
O desgraçado caiu no sono esperando-me chegar... que diabos! Ele pensa que é quem, minha mãe? E por que caralhos isso não tá me irritando como deveria? Porra!
Aqueles foram os últimos pensamentos do loiro antes de cair em um sono pesado na cama. Lembrar daquilo fez Bakugou bufar e sair da cama com os olhos ainda fechados, já sabendo de cor o caminho até o banheiro. Seguiu pelo corredor abafando os barulhos que vinham da cozinha com a toalha sobre a cabeça e logo que tomou um banho gelado e vestiu uma simples calça de moletom se sentiu pronto para enfrentar a destruição que provavelmente estaria na cozinha naquele momento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Just Like Us
خيال (فانتازيا)Katsuki Bakugou e Izuku Midoryia: (Ex) amigos de infância. Adversários. Parceiros. Colegas de trabalho. Companheiros de apartamento. E agora... "- Certo, não tem jeito fácil de dizer então...Parabéns, vocês são pais!"