Capítulo 32

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''Me corte como uma rosa, me transforme como uma fera, seguro você ao chão pesado como a força entre nós... Eu estava apenas me apaixonando,
eu estava apenas me apaixonando.'' – Only (RY X).

Sophia

- Como você está? – perguntou Nina sentada a minha frente em meio a cafeteria vazia.

- Eu não sei – fui sincera era como se tudo dentro de mim fosse um grande vazio – Ela não voltou ao quarto faz cinco dias.

- Ela precisa de um tempo, não foi isso que ela disse quando vocês conversaram? – ela ponderou.

- Sim e essa foi a conversa mais estranha de toda a minha vida – além do mais eu seguia bloqueada e excluída de todas suas redes sociais, não que eu estivesse reclamando no fundo eu merecia, mas eu não queria que Agatha me odiasse pelo resto de sua vida.

E na verdade, nós não tínhamos realmente conversado. Ela não queria que eu tentasse explicar absolutamente nada mesmo que eu quisesse, a única coisa que me disse depois de passar dois dias sem voltar ao nosso dormitório ou olhar para minha cara foi que ela precisava de um tempo longe de mim para colocar a cabeça em ordem e que a conversa com Collin tinha sido o suficiente, eu nem ao menos tinha tido coragem de perguntar o que ele disse.

- Ela vai ficar bem não precisa se preocupar – Nina chamou minha atenção – Nos encontramos em meio ao campus durante o intervalo de uma aula e ela me disse que até mesmo anda saindo com um dos caras novos do time, é só uma questão de tempo para que toda essa história desapareça das nossas vidas.

Eu realmente queria poder acreditar nas suas palavras.

- Eu apenas desejava nunca ter a magoado – comentei me recostando a cadeira, meu café estava frio e meu pedaço de red velvet já não parecia tão bom assim.

- Ela não foi a única pessoa que saiu magoada de toda essa história e você sabe disso – Nina advertiu – Você ainda fala com ele?

- Não – balancei a cabeça em negativa – Eu meio que pedi a ele um tempo – dei de ombros com um sorriso forçado – Vai ser melhor dessa forma.

- Eu acho que não – Nina me encarou com todas suas opiniões na ponta da língua – Você já a perdeu e agora está escolhendo perder ele também por conta própria quando claramente continua sentindo algo.

- Porque você insiste nessa história – ela vinha falando isso durante toda aquela semana.

- Porque eu gosto dele – ela deu de ombros – Quero dizer, eu gosto de você quando está com ele e isso não acontece sempre.

Contive um sorriso fraco.

- Você deveria se contentar apenas com o seu final feliz minha amiga – sorri para ela ao menos alguém poderia ser feliz no amor.

- Não – ela balançou a cabeça em negativa se inclinando sobre a mesa – Eu nunca terei um final feliz se você não tiver o seu também Sophi – ela sorriu pegando minha mão na sua – Você é como a irmã mais velha que eu nunca tive e sabe que tudo que mais quero é ver você feliz e agora eu não acho que você esteja.

- Mas eu irei ou ao menos eu irei tentar, prometo – sorri de voltar para ela que assentiu pesarosa.

- De qualquer maneira hoje é o dia da grande final do campeonato de futebol americano onde vamos decidir se a nossa universidade levara a taça desse ano ou não – ela comentou – Por algum acaso você está pensando em vir?

- Eu nunca realmente tive escolha, não é? – falei, desde que eu me entendia por gente nunca tinha perdido um último jogo da temporada porque meu pai praticamente me obrigava a participar de todos mesmo antes de ingressar naquela universidade – Mas eu mandei uma mensagem para o meu pai falando que não acordei me sentindo muito bem e talvez não compareceria, eu só não sei se ele vai acreditar em mim quando ler.

OXYTOCIN *LANÇAMENTO*Onde histórias criam vida. Descubra agora