Any Gabrielly é uma das maiores surfistas de sua geração, levando consigo incontáveis títulos no ramo. Quando convencida a ter paz e sossego em mais um verão de sua vida, Any não esperava, mas a chegada de seu novo treinador causa intensas emoções...
Mimem essa pobre autora com seus votos e comentários, deixem pelo menos um aí amores. Demorei uma eternidade pra escrever esses surtos pra vcs, então me retribuam! <3
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Todos têm seus pontos fracos. isso é um fato, uma realidade tão normal que nem recebe a suma importância e atenção voltada para si, devidamente. Sendo eles, denominados como frações de pavor numa distância quase inexistente perto de coisas indecifráveis na vida e tamanhos excruciantes, a associação disso com a imperfeição é um grande muro diante do que realmente importa no pequeno detalhe. Humanos são falhos e, quanto mais cedo você aceita isso, mais cedo entende o real significado de cada lição que a vivência com o mundo te impõe, fazendo assim, tudo ser mais tolerante.
E, no meu ponto de vista, consigo classificar dois tipos de imperfeições: as desnorteantes em números incontáveis, causadas sempre por medo, ou em casos específicos: são aqueles instantes de moleza trazidos num momento bom e estão em ações pequenas que te deixam sem chão. E, o segundo, às vezes em habitação única num lugar tão oculto dentro da alma. O medo te faz se adaptar a ele até parecer que o mesmo sumiu ou possivelmente foi superado. Isso não é uma dádiva, não deixe de se permitir conhecer até os lados obscuros da sua pessoa porque tem medo de ser fraco. Não importa, se parecer fraco seja uma sensação boa no estômago. Na verdade, isso pode ser uma maldição às vezes. O acúmulo de borboletas no estômago causam mais euforia, mais contrações no peito e por último, mais… viciante.
O meu, era Ela. Sempre foi, e talvez sustente tal efeito sobre minha vida por um longo período. Apenas Ela.
Nas paradas de sucesso que o radinho de pilha velho, por nome de meu coração tocava, a frequência cardíaca eleva seu nome no topo da pilha de históricos cantos ultrapassados. Como se, o único hit de sucesso entre toda a humanidade fosse ouvido de forma simultânea, a cada vez que meu peito se contraia usando seu epíteto num mantra sagrado.
Todavia, existia um ainda mais forte, um que não me tirava o chão por ser tão bom na oposição dos fatores que me sustentam. Não era como os toques de Any, não tinha o gosto de sua pele nem o cheiro dos seus cabelos. O que me tirava o chão, não tem o mesmo formato que seu sorriso e nem sequer é materializado. Esse era pavor, literalmente, pavor.
Sensações de perdição e pressentimentos ruins, me assustam desde quando criança, desde quando eu tentava ser meu próprio guia no campo minado que minha vida era e por sequelas, é até hoje. Tinha medo por ser um alguém que acredita além da conta no universo, que acredita mais que tudo na força dos pensamentos e, alguém que teme toda vez que um novo pensamento contrário aparece, tendo em vista a grande lista de coisas que já me aconteceram por causa de um aviso indecifrável.
Me doía a cabeça só de pensar em como não tenho preparatório necessário para absorver o que me acontece. Detesto não conseguir controlar o tempo e fazer os dias se prolongarem em mais horas… Guardo isso comigo porque, um tempo antes de minha mãe, minha melhor amiga e às vezes meu alicerce, partir, tive inúmeros pesadelos. Todos iguais. Noite após noite.
