19 | Um só coração

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Sonhos são imagens distintas de um cérebro lúdico

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Sonhos são imagens distintas de um cérebro lúdico. Não existe certa explicação sobre a demanda de coisa que nosso cérebro transmite e, em alguns casos, isso ocasiona oportunidades em que tudo é demasiado no exagero, tornando-se assim, a solidificação de uma mistura estranhamente indescritível. O meu sonho da noite passada era um exemplo. E, mesmo não lembrando de muitas imagens, eu sabia que havia uma fogueira de chamas brilhantes no meio de uma floresta escura.

Sonhos tendem a ter significados, o meu era uma uma incógnita, um completo quebra-cabeça e estava sendo árdua a vontade de desembaraçá-lo. Cada elemento tinha mensagem, linhas com palavras de letras pequenas no rodapé da mente. Árvores e seus murmulhos eram nitidamente notados por mim, na claridade da luz remanescente vinda da imensa força de calor. No sonho, tudo era frívolo, no apogeu da informalidade, mas nada importava mais que aquilo, nada importava mais do que aquela fogueira e notar bem os pequenos detalhes, me deixava tão leve.

Fogueiras não tem muitas finalidades, eu sabia. Metáforas próprias foram criadas assim que eu abri meus olhos, sendo uma, que a finalidade principal das chamas é transferir seu calor para as matérias primas em seu redor e, a outra, simbolicamente explanando, tinha o real dever de iluminar algo a poucos metros de seu ponto fixo. Contudo, eu fiz questão de adicionar algo a mais, a incessante vontade de atear-me no completo choque térmico dos elementos e sensações, indo em sentido contrário ao mais racional.

Porque, até então, é isso que você tem que fazer quando uma fogueira te chama veemente ao seu encontro. Ignore os pedidos, a boca seca ao êxtase extremo do instigante sabor que o perigo daquilo causa na língua. Você foge. Você deve fugir, primordialmente, antes que isso se torne um vício, uma abstinência, morte extrema...

Tenebrosamente, eu me via perturbada no completo caos mental. Meu corpo não queimava mais, não como no momento em que abri meus olhos por um susto intenso ao ouvir o barulho do despertador. E, não foi fácil manter o equilíbrio durante o dia, agora, meus músculos doíam na melhor das hipóteses, deixando todo o tempo em que eu estive pilhada em pequenos detalhes num mar de problemas. As petições para relaxantes e banhos gelados foram todas atendidas durante o decorrer da tarde, porém, ainda existiam pequenos fragmentos de tensão vagando-me a circulação, e, dando-me a entender que talvez, os minutos desde que eu cheguei até a capital das nacionais esse ano foram de alívio, pelo fato da companhia.

Eu implorava ao meu organismo obstinado as suas próprias escolhas, explicando-lhe que a fraqueza não era uma questão formidável entre nós. Tanto é que, o mesmo não deveria procurar no meu treinador, o motivo da sua calmaria pelo simples fato de isso ser uma completa mentira. O histórico concreto foi erguido após a noite de ontem, eu sabia que havia poucas forças restantes me sustentando as suas pilastras e, mais noites como na passada, me custariam viver sob escombros e perdição.

Eu fui tola o bastante para querer estar em seus braços durante a madrugada em que meu rosto descansou em seu peito. Me sentia furiosa comigo mesma por encontrar no mormaço da sua pele o real sentido de conforto, dissipação do medo e achar aquilo realmente bom. Josh era a minha kryptonita, a minha maior fraqueza e, render-me tão rápido aos seus encantos me deixava com muita raiva. Seus olhos diante dos meus significavam muito, talvez apenas para mim, e eu não queria isso, não queria estar tão entregue a ele como estou. No estopim do absurdo, ao ponto de quase me deixar molenga por encontrar nas nuances azuis, um sentido desconhecido para o nervosismo foi posto diante de mim, ele tinha sensação fria e habitava no meu ventre todas as vezes em que eu pensava no loiro ridículo.

Waves Of Love | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora