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O cheiro da maresia se misturando ao vento,  avultando assim, as notas de um dos meus aromas favoritos fazia com que o nervosismo o qual corria por todo meu corpo, fosse distribuído no ar junto aos meus suspiros frustrados expandindo-se pela atmos...

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O cheiro da maresia se misturando ao vento,  avultando assim, as notas de um dos meus aromas favoritos fazia com que o nervosismo o qual corria por todo meu corpo, fosse distribuído no ar junto aos meus suspiros frustrados expandindo-se pela atmosfera.

Com certeza eu estava conseguindo deixar a carga energética da praia cada vez mais densa após todas as oportunidades que eu tinha de observar as ondas à minha frente, deixando que meu humor de cão sair e se alastrar por cada extremidade. Naquele momento, meu peito contorcia-se, não de felicidade. Quem me dera, aliás. O incômodo era dado ao fato de eu estar reprimindo coisas demais, coisas de proporções tão grandes que apertam a minha traquéia assim que um minuto de silêncio faz minha mente funcionar. E, misturar tudo isso a sobrecarga das competições estava me deixando mais eufórica, atordoada, dispersa e desorientada que o normal.

Era um combo de horror para mim.

Há semanas eu havia decidido pensar mais sobre as minhas escolhas, manter o foco estacionado nos meus propósitos e esforços, não dando brechas nem para um simples bicicleta da dúvida parar nas vagas repletas de novas descobertas em meu estacionamento mental. Por medo de dar chances a novos espaços, pensei diversas vezes em como isso me faria titubear, trazendo-me antes de tudo a visão privilegiada de mim perdendo meus únicos indícios de forças nos meus piores pesadelos, me fixei mentalmente em mim mesma. Eu estava lançando todas as minhas fichas nas minhas capacidades e queria a todo custo não me decepcionar.

Esse meu novo modo turbo de atenção ainda estava em curso, sendo tramado de todas as nuances possíveis. Mas ainda assim, era como um plano doloroso e difícil para ser executado.

Como uma missão impossível, custei tempos demais para entender que, embora minha insistência em ignorar meus problemas não fizessem eles sumirem de uma vez, diferentemente disso acontecia com ignorar meus sentimentos, pois isso os faziam cada vez mais fortes num vínculo íntimo entre a minha mente e meu coração.

Meu coração encontrava-se aos frangalhos. Enquanto minha mente, por outro lado, tentava seguir invicta na farsa duradoura de um bem inexistente.

Josh era a causa maior por trás de tida essa minha cobrança, porque, eu acreditava que se focasse em me manter forte na competição, isso complementaria em mim toda a porcentagem de espaço que ele deixou vazio. Mesmo que isso me machucasse, mesmo que eu me visse sangrar, eu só queria me ver livre do que sentia.

Não adiantava muita coisa querer ignorá-lo quando o via em boa parte do meu dia, quando seu cheiro chegava até minha memória roubando suspiros pesados, ou quando eu acordava suada no meio das minhas noites frias sem ele ao meu lado para me dizer que os pesadelos sumiriam junto aos seus danos a minhas lembranças, assim que eu respirasse fundo.

É uma teoria um tanto realista sobre a vida o qual diz que precisamos agarrar a felicidade a todo custo quando ela te encontrar.

Eu fui burra o bastante para me chatear com palavras mal interpretadas e deixei a minha dose de felicidade fugir. Isso por não me importar, por não querer dar ouvidos ao que possivelmente ele poderia me dizer a seu favor, por em uma milésima vez estar olhando apenas para as minhas partes fragilizadas.

Waves Of Love | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora