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Capítulo Dez

Jeonghan parecia distante, inerte em algum pensamento difícil de decifrar. Ele estava no pátio, o sol esquentando sua pele coberta com uma fina camada de suor enquanto esfregava um dos muros, ajoelhado no chão.

Seungcheol estava ao seu lado fazendo a mesma coisa, porém esfregando uma parte mais alta do muro, o que havia sido motivo de piada para Seungcheol, mas ele não ousou em colocá-las em voz alta. Jeonghan não parecia estar muito receptivo nos últimos dias, o que era compreensível dado ao que havia passado nas mãos daqueles guardas.

Foram dois dias interessantes, na verdade. Sangwoo e os guardas que Seungcheol havia deixado desmaiados do lado de fora da solitária, procuraram por Jeonghan. Procuraram na cela, e é claro que eles o encontraram, mas obviamente não o levaram, por motivos que talvez fossem um pouco desconhecidos para Jeonghan, mas Seungcheol sentiu-se bem quando os três adentraram a cela com o peito inchado de orgulho e uma expressão ríspida e debochada.

O que eles não esperavam, era Seungcheol estar completamente preparado ali mesmo, sentado na cama ao lado de Jeonghan, compartilhando um cigarro com o menor enquanto os dois apreciavam um silêncio confortável. Sangwoo encarou Seungcheol com um olhar que trouxe arrepios por todo o corpo do garoto, mas ele não se permitiu ser intimidado.

Já os outros dois encararam Seungcheol com certa hesitação, e então encararam Jeonghan, que tentava não mostrar o medo que sentia, até porque naquele momento ele estava sendo consumido por lembranças, apenas lembranças dos momentos que havia passado na mão daqueles homens.

Sangwoo empurrou os dois guardas até que eles tropeçassem a fossem até a direção de Jeonghan, prontos para pegá-lo e levá-lo de volta para a solitária, mas antes que pudessem encostar no garoto Seungcheol levantou-se, automaticamente ficando parado na frente dos guardas, entre eles e Jeonghan. Os homens engoliram em seco, mas disfarçaram bem o desconforto.

Um deles pousou uma das mãos no peito de Seungcheol e o empurrou de leve para trás, o que despertou a fera em Choi.

Seungcheol segurou o pulso do guarda mais gordinho, o que havia o empurrado, e o jogou para trás, levando o corpo do carcereiro direto para o chão, uma expressão dolorida consumindo sua face dado ao choque de sua cabeça com o chão.

O outro segurança olhou para trás brevemente, encarando Sangwoo que sorria amargamente assistindo a braveza de Choi ao tentar dar conta daqueles seguranças. Eles andavam armados, por que nenhum deles usavam as armas? E Seungcheol soube a resposta para sua pergunta quando notou o olhar debochado de Sangwoo. Ele gostava de assistir aquilo, era seu entretenimento particular, assistir Seungcheol dando uma de poderoso chefão quando na verdade havia sido um cão medroso quando ele o atacou.

Seungcheol decidiu que acabaria com Sangwoo depois, numa outra oportunidade, considerando que agora precisava tirar os outros dois guardas dali ou eles levariam Jeonghan de volta para que terminasse de cumprir sua pena na solitária, seja qual for. E então ele empurrou o outro segurança, que caiu quase em cima do carcereiro que já estava no chão.

Choi pegou Jeonghan pelo pulso, andando rapidamente e pulando os corpos dos dois seguranças fracos que pareciam duas bonecas de plástico, eram tão frágeis e fracos que chegava a ser cômico. Quando passaram por Sangwoo, Seungcheol se preparou para ter que socá-lo caso ele tentasse impedi-los, mas nada aconteceu. Sangwoo soltou uma risada baixa pelas narinas quando Seungcheol passou a toda velocidade por si, o empurrando sutilmente com o ombro enquanto andava rapidamente com os dedos apertados ao redor do pulso de Jeonghan, que tropeçava e resmungava, mas não tentava o impedir.

Madness •yjh + csc• ⚣︎ [jeongcheol]Onde histórias criam vida. Descubra agora