❝ Capítulo Vinte ❞
"You're always haunted by the idea you're wasting your life" - Chuck Palahniuk
ㅤㅤㅤㅤㅤ⠀— Qual é a porra do seu problema?! — Seungcheol grita. Jeonghan nem mesmo reage, apenas permanece parado e sem expressão alguma enquanto encara Seungcheol. Os dois estão no mesmo terreno onde passaram a noite, mas já é de manhã e eles precisam resolver o que vão fazer, afinal não podem ficar em um lugar aberto durante o dia; alguém pode reconhecê-los.
— Eu não quero que me toque, é só isso — Jeonghan murmura. Ele não sente medo, mas sabe que deve manter uma distância segura de Seungcheol. Ele se odiava por ter ajudado Seungcheol a fazer o que fez com Woozi, mas ele não ajudou a matá-lo, e se não ajudasse a esconder o corpo, poderia acabar sendo acusado como cúmplice no assassinato. A mente de Jeonghan não entendia que enterrar um corpo já o tornava cúmplice de qualquer forma. Jeonghan pensava que mesmo que não tivesse ajudado o Choi, Woozi não voltaria a viver; não tinha mais volta. Então ele fez o que pareceu certo e conveniente naquele momento.
Mas a cada vez que Seungcheol se aproximava de Jeonghan, ele se lembrava da cena de Choi ensanguentado, a cena que sua mente criou que se repetia diversas vezes enquanto dormia e enquanto estava acordado, a imagem de um Woozi pálido, inerte, imóvel... sem vida. Ele não queria que as coisas chegassem a esse ponto. Tinha perfeita noção de que tinha algum problema mental, mas não era assassino. Era?
Jeonghan sofreu todos esses anos por ter matado sua professora e poucos colegas de classe asfixiados em fumaça quando tinha sete anos. Ele havia matado essas pessoas. Certo?
A confusão era imensa, sua mente girava a cada vez que vagava para esse passado tão distante. Jeonghan se lembra de ser uma criança amedrontada e insegura quando chegou naquele lugar sendo empurrado por homens fortes e rudes como se fosse um criminoso. Naquela época, Jeonghan ainda tinha perfeita consciência e sabia que não havia feito aquilo.
Mas é claro que assim que a polícia tomou conta do caso, colocou um psiquiatra para avaliar o caso, e havia algumas discrepâncias no depoimento de Jeonghan. Ele insistia que não se lembrava exatamente do que havia acontecido, porque obviamente estava em estado de choque, e toda aquela fumaça o deixou bastante confuso. O depoimento de Joshua, um dos únicos alunos que parecia ter perfeita lembrança do que acontecia ali, deixou tudo um pouco confuso demais, mas para a polícia não havia dúvida alguma de que Jeonghan era o culpado.
Eles nunca foram a julgamento. Extraoficialmente, foi decidido entre o psiquiatra – Doutor Lee – sua mãe, e os detetives envolvidos nisso que Jeonghan deveria passar por acompanhamento e tratamento psiquiátrico porque uma criança homicida com toda absoluta certeza não estava em seu perfeito estado mental.
Há anos atrás, Jeonghan sabia que era inocente porque jamais machucaria uma mosca sequer. Muito menos sua professora – ele adorava sua professora. Mas hoje? Hoje Jeonghan tem dúvidas, confusões. Sua mente lhe pregava peças diariamente, colocando imagens que ele já não tem mais tanta certeza se aconteceram na realidade ou não; imagens de Jeonghan rindo enquanto sua professora agonizava antes de asfixiar até a morte, imagens de Jeonghan apreciando o fogo tomando toda a sala de aula, imagens de Joshua pedindo por socorro enquanto Jeonghan apenas apontava e ria dele.
Era exaustivo.
Pensar na possibilidade de ter cometido outro assassinato, dessa vez de alguém que não lhe havia feito mal algum, era terrivelmente doloroso para Jeonghan. Ele sabia que não havia matado Woozi, mas ter ajudado Seungcheol não lhe faz menos assassino. Ele, por um momento, gostou da imagem que viu. O sangue, a selvageria no olhar de Seungcheol, tudo aquilo lhe foi atraente por um instante. E ele se sentiu culpado por isso no minuto seguinte.
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Madness •yjh + csc• ⚣︎ [jeongcheol]
Fiksi Penggemar❝ ⚊ Você é um psicopata! ⚊ ele disse. ⚊ Prefiro criativo ⚊ sorri com escárnio antes de empurrá-lo de cara contra a parede, pressionando meu corpo em suas costas, apertando de leve seu pescoço quando sua cabeça caiu pra trás, repousando em meu ombro...