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Capítulo Doze

Um Jeonghan ofegante sorriu fraco antes de esticar seu braço até a cômoda ao lado da cama e retirar de lá o maço de cigarro que estava no fim. Ele acendeu um cigarro e tragou de leve a fumaça, sentindo seus pulmões se enchendo e a sensação de tranquilidade o consumindo.

Seungcheol deitou-se ao seu lado, também ofegante, com os olhos lacrimejando e as bochechas coradas. Os lábios rosados estavam umedecidos e inchados, e Jeonghan passou o dedo indicador e o polegar no canto da boca do menino para limpar o que escorria discretamente por ali, levando à sua própria boca depois. Seungcheol revirou os olhos e respirou fundo antes de tomar o cigarro da mão do garoto e dar uma tragada curta e devolver para Jeonghan.

O orgasmo recente deixou Jeonghan quieto por alguns instantes, o único som presente ali era o de sua respiração pesada, também de seus lábios entreabertos dispensando a fumaça do cigarro. Ele olhou para o lado, observando Seungcheol com o braço sobre os olhos e os lábios prensados em uma linha fina. Ele parecia estar sofrendo e então Jeonghan olhou um pouco mais para baixo.

Ele riu. Suavemente e baixinho, Jeonghan soltou uma risada que chamou a atenção de Choi, que tirou o braço dos olhos e o encarou de leve, logo depois seguindo o olhar do menino até onde ele focava.

— Você está duro — Jeonghan comentou, sua voz ainda um pouco ofegante.

— Bem, o que você esperava? Você foi o único se beneficiando dessa vez — ele revirou os olhos, porém o tom da conversa era cheio de um humor provocativo. Jeonghan deitou-se de lado, apoiando a cabeça em seu cotovelo e aproximando o rosto do rosto de Seungcheol. Ele inclinou-se e deixou um selinho rápido nos lábios inchados do garoto, revirando os olhos logo depois.

— Eu estava precisando disso — murmurou, e então deitou-se novamente. Os dois estavam na cama de Jeonghan, mas já era tarde. Haviam passado três horas desde o jantar, e essa tinha sido a primeira interação dos dois naquele dia, considerando que ambos acordaram de mau humor e nem sequer se olharam durante o dia inteiro, e então no final do dia Jeonghan estava estressado e com crises bipolares que deixaram Seungcheol enlouquecido de raiva o garoto finalmente ofereceu algo para acalmá-lo e, bem, como Jeonghan poderia recusar tal oferta?

Seungcheol bufou e levantou rapidamente da cama, ignorando a dor entre suas pernas e andou até sua própria cama.

— Onde você vai? — Jeonghan perguntou, curioso. Ele apagou seu cigarro no cinzeiro ao lado da cama e guardou o maço debaixo do travesseiro.

— Dormir — Seungcheol disse. O menor não esperava que Seungcheol deitasse ali e dormisse com ele como havia feito há algumas noites atrás, e mais uma ou duas vezes depois disso. Mas ele também não esperava que Seungcheol ficasse tão mau humorado assim de repente.

— Você não quer ajuda com... isso aí? — ele perguntou, como uma criança tímida pergunta se pode pegar um doce, um sorriso sacana beirando em seus lábios quando ele se apoiou nos cotovelos, encarando Seungcheol sentando-se de forma engraçada na beirada do colchão.

Choi não respondeu, apenas balançou a cabeça tão discretamente que Jeonghan mal percebeu. Ele havia negado a oferta de Jeonghan, e isso fez o garoto questionar o que havia feito de errado, o que consequentemente despertou um lado inseguro que Jeonghan não gostava de visitar. O garoto fechou a cara e deitou a cabeça no travesseiro, fechando os olhos e respirando fundo. Seungcheol fez o mesmo na sua própria cama e os dois adormeceram assim, em silêncio.

Na manhã seguinte, logo após o café da manhã, Seungcheol foi chamado no consultório do Dr. Lee. Ele não havia comparecido em sua última consulta, o que era estranho considerando que ele estava preso naquele lugar e ninguém se incomodou em ir procurá-lo e arrastá-lo até lá.

Madness •yjh + csc• ⚣︎ [jeongcheol]Onde histórias criam vida. Descubra agora