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Capítulo Quatorze

Mingyu ofegava enquanto se curvava, apoiando as mãos nos joelhos e respirando com dificuldade, sentindo-se pressionado pelos olhares de Seungcheol e Woozi fixados em si, olhares não tão amigáveis assim, diga-se de passagem.

— Vocês vão mesmo fazer isso? — ele perguntou, voltando à posição normal e olhando entre os dois, seu olhar parando no corpo indefeso de Jeonghan completamente desmaiado nos braços do Choi — O que houve com ele? — perguntou antes que obtivesse uma resposta de qualquer um dos dois para sua primeira pergunta.

— Longa história — Seungcheol resmungou — O que você quer?

— Ir com vocês — falou sem delongas. Seungcheol assentiu, não se importando se ele viria com eles ou não, afinal assim que passassem daquele portão, cada um seguiria o seu caminho, e assim que Jeonghan estivesse acordado novamente, eles também iriam se separar e seguir cada um seu próprio trajeto.

Ele olhou para Woozi que tinha um olhar um pouco duvidoso no rosto, e Seungcheol deu de ombros, como se sinaliza-se que eles se resolvessem sozinhos pois ele iria seguir em frente com o plano; não poderiam bobear, a qualquer momento algum dos guardas poderia aparecer e estragar tudo o que estavam fazendo, então não tinham tempo para ficar discutindo planos. Eles não tinham um plano. Nem plano A, nem B, nem nenhuma letra do alfabeto.

— Certo — Woozi murmurou, assentindo para Seungcheol e então encarando Mingyu — Tudo bem, então vamos — ele disse. Todos andaram mais alguns passos até estarem bem próximos ao portão que parecia completamente abandonado e descuidado, com plantas crescendo ao seu redor tampando completamente a vista do que quer que tivesse do outro lado. Teias de aranha dominavam todo o espaço, e uma quantidade absurda de correntes e cadeados bloqueava qualquer que fosse a chance de os garotos passarem por ali.

— Merda — Seungcheol grunhiu — O que você pretende fazer? — ele perguntou para Woozi, ao mesmo tempo que sentiu Jeonghan se remexendo desconfortável em seus braços, apertando os olhos fechados com força e pressionando os lábios numa linha reta, murmurando algumas coisas antes de finalmente abrir os olhos devagar e encontrar os olhos negros de Choi o encarando.

— Pular o muro está completamente fora de cogitação — Mingyu interferiu, e recebeu um olhar quase que assassino de Seungcheol. Era óbvio que essa não era nem mesmo uma opção a considerar.

— O que está acontecendo? — Jeonghan perguntou com a voz fraca, quase inexistente. Ele forçou o corpo para baixo, tentando se soltar do aperto de Seungcheol e ficar em pé por conta própria, mas assim que Seungcheol ameaçou deixá-lo ir, ele agarrou ainda mais forte o pescoço do mais velho, sentindo-se completamente sem forças.

— Estamos indo embora — Seungcheol disse — Consegue andar? — Jeonghan balançou a cabeça negativamente, e Seungcheol bufou. Ele já não sentia os braços e estava cansado, também sofrendo as consequências do mesmo procedimento que Jeonghan havia sofrido, talvez com pouco menos intensidade, mas de qualquer maneira exigia muito de si.

Um barulho chamou a atenção de todos, que viraram a cabeça imediatamente na direção do som apenas para encontrar Mingyu chutando as correntes e cadeados.

— O que você está fazendo? — Seungcheol perguntou com raiva.

— Tentando quebrar isso aqui — ele respondeu como se fosse óbvio.

Madness •yjh + csc• ⚣︎ [jeongcheol]Onde histórias criam vida. Descubra agora