Madness •yjh + csc• ⚣︎ [jeongcheol]

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❝ Capítulo Cinco ❞

Tão rápido quanto se pôs, o sol saiu naquela manhã. A pequena abertura bem no alto da parede permitia que o quarto fosse aquecido e iluminado apenas o suficiente para despertar os dois individuos que ali dormiam.

Sem muita noção de que horas eram, Seungcheol esfregou as mãos nos olhos, resmungando algo baixinho enquanto abria os olhos lentamente. Sua visão se adaptou à luz do quarto, e ele sentou-se na cama lentamente. Uma brisa fresca bateu contra a pele nua de seu torso e Seungcheol esticou os braços sobre a cabeça para alongar os músculos.

Olhou para o corpo adormecido de Jeonghan no outro lado. Ele estava de barriga para cima, o lençol branco amarelado cobrindo apenas sua cintura e seu torso também estava nu. Como se notasse o olhar ardente de Choi, Jeonghan resmungou ao mesmo tempo que se virou de lado e jogou o lençol sobre o rosto, tentando voltar a dormir. Seungcheol soltou um riso baixo e revirou os olhos, esticando o outro braço por sobre a cabeça e sentindo a ardência dos músculos recém acordados.

Quando voltou a olhar para Jeonghan, o garoto estava sentado na cama com os olhos semi abertos, observando Seungcheol, porém quando notaram que Seungcheol o havia percebido encarando, Jeonghan balançou a cabeça e desviou o olhar, levantando-se e indo até uma pequena comoda, pegando sua camiseta e a vestindo. Ouviu a risada de Seungcheol novamente, porém soou quase como um sussurro, e quando encarou Choi, franziu as sobrancelhas e sentiu o sangue ferver de raiva apenas por encarar aquele sorriso sarcástico e o olhar penetrante de Seungcheol sobre si.

— Qual é a graça? — perguntou, voltando para sua cama e sentando-se na beirada do colchão. O sorriso de Seungcheol se alargou quando Jeonghan pareceu tão desinformado sobre o real motivo de sua risada, e então Choi deu de ombros, balançando a cabeça negativamente.

— Não é nada — murmurou —, é só que... bem, você poderia ter pedido ajuda ontem a noite, não precisava ter ido dormir assim — sua risada aumentou de intensidade e Jeonghan sentiu-se ainda mais confuso. Suas bochechas ruborizaram completamente quando seus olhos seguiram o olhar de Seungcheol para sua virilha, e notou um volume absurdo formado por debaixo do tecido de sua bermuda de moletom. Como poderia não ter notado?

— Rá-rá, uma ereção matinal, realmente é uma raridade isso acontecer — Jeonghan tentou disfarçar seu constrangimento com um riso irônico — não é como se você nunca tivesse acordado duro desde que chegou aqui — e o riso de Seungcheol cessou.

Ele havia sim, inúmeras vezes, acordado com uma ereção absurda, talvez causada pelos efeitos biológicos de uma noite toda sem o alívio de sua bexiga cheia, ou talvez tivesse relação com seu parceiro de cela provocá-lo mais do que o recomendado, ele não saberia responder, mas pelo bem de sua sanidade – a que ainda lhe sobrava –, iria pela primeira opção.

— E quem você pensa que é para dizer que eu poderia ter pedido ajuda ontem a noite? — Jeonghan irritou-se de repente, sentindo-se indignado com a escolha de palavras de Seungcheol — Você não me conhece, e certamente não poderia me ajudar com nada, — cuspiu as palavras, sentindo seu sangue ferver ainda mais a cada palavra que dizia e o olhar de Seungcheol parecia brilhar em antecipação — muito menos com isso.

Seugcheol gargalhou. Sua boca se abriu e o som de sua risada alta ecoou pelo quarto. Jeonghan fechou as mãos em punhos e apertou os lençóis por entre os dedos enquanto assistia Seugcheol rir como se tivesse ouvido a melhor piada de sua vida.

— Acha que eu não consigo te fazer gozar? — Seungcheol soltou as palavras assim que finalizou sua risada. Jeonghan arregalou os olhos por um instante; não era exatamente o que ele havia falado, mas era quase a mesma coisa. As palavras explícitas de Seungcheol e o fato de que ele nem ao menos hesitou em falar desse jeito, deixou Jeonghan um pouco... estranho. Não soube identificar o que sentia, mas soube com certeza que não havia diminuído nem um pouco sua ereção.