capítulo 16-Motivo plausível

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Kardama Yoon

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Kardama Yoon

A princípio, nunca imaginei.
Mas quando meus olhos encontraram os seus, tudo fez sentido.
Quando o sinal Y foi achados nos corpos, era óbvio.
Ela matava aqueles que sabiam para não haver dúvidas, ou seja, os únicos que sabiam do seu relacionamento com Jhon.
Ela induziu e ignorou o homem, dizendo que o amava, consegui acesso as mensagens, era nojento, definitivamente. E afinal, ela tinha namorado e agora é seu noivo.
Antes de atirar no coração do Jhon, e o ver sagrar até a morte.
Mas a pior parte não era essa, era saber que se ela tivesse me contado, eu talvez teria perdoado. E agora, sentada na cadeira, prestes a escutar o lado de história de Victor, antes de me certificar que a mulher pela qual estava deitada e nua em frente não teria assassinado o cara pelo qual me criou.
O homem se senta a minha frente, enquanto bebo atentamente o líquido no copo em minhas mãos, sem dizer palavra alguma, ele joga um objeto em cima da mesa.

-Eu não tive envolvimento algum na morte de meu irmão.-Diz e balanço a cabeça.
-Eu sei.-Digo, resmungando, e pegando o gravador sobre a mesa.
-Essa é a prova que estava com Samara. E se for apenas isso, devo me retirar.
-Não.-Falo, o impedindo de levantar.
-Como?
-Eu sei que a Taliça esfaqueou seu irmão e sei que você também sabe.
O que ela tinha em mente?-Questiono e ele se encolhe, virando seu rosto para a janela de seu lado.
-Por que ela não te matou?-Pergunto.
-Como você soube?
-Era perceptível afinal, você foi o único que sobrou, e por que seria apenas vocês três a serem acusados? Vocês três tem motivos, aliás, quatro. Samara poderia muito bem ter o matado, então vamos fazer o seguinte, você me conta tudo, e não conto que você é a droga de um cúmplice.-Digo.
-Como?...
-Sabe, tem muitas coisas que você não sabe sobre mim. Jhon sabia que ia morrer a muito tempo, ele já tinha consciência, então fez questão de me colocar na polícia, me treinando para vingar seu nome. Eu não pertenço a Jhon a muitos anos, ele me deixou para trás, com a promessa que se morresse, vingaria seu nome. Ele não contou para sua esposa, porque desconfiava dela, não contou para Vivianne porque desconfiava dela, não contou para você, porque desconfiava de você. Que coincidência, não?!-Questiono, sorrindo, enquanto o homem parecia surpreso.
-Você só estava investigando o caso e não se vingando... realmente, você é muito boa em fingir.
-Então, me conte como isso aconteceu, como você virou um cúmplice.-Digo, bebendo um gole da bebida que desce ardendo entre minhas entranhas.
-Mille queria mata lo a anos atrás, nos procurou, oferecendo dinheiro e um currículo, primeiro eu, teria um lugar na família e não seria um Zé ninguém, como qualquer um. Já Vivianne, a ofereci com um cargo maior, como vice chefe, e Alexa poderia se vingar das suas promessas falsas já Samara de suas traições. Na verdade, só me envolvi com Samara para atingir lo, mas então, acabei gostando.-Diz, envergonhado.
-E por que vocês?
-Porque somos cruéis e não tínhamos nada a perder, não na época.
-Claro, a infiel, a amante, a humilhada e o injustiçado. O quinto perfeito.-Falo e ele gargalha.
-Você pensa exatamente igual a ela.
-A diferença é que sou bem mais esperta. E então, sobre o caso deles, e como o assassinaram?
-Ela fez tudo sozinha, garantiu que faria o trabalho e logo depois conseguiríamos o que queríamos. Primeiro disse que seríamos acusados, e que depois iria nos livrar da culpa. Fez com que estivéssemos em um lugar diferente a hora do assassinato e por fim, matou. Não sei ao certo, mas era só uma forma de enfraquecer Jhon.-Disse.
-E por que matou a outra?
-Porque ela estava com medo, medo de você. Ela queria se entregar e então foi morta. Já o resto, sabemos o fim.-Diz.
-Claro que sabemos.-Falo por fim, tirando a arma de minha jaqueta, e atirando em sua cabeça.
-Um olho por outro olho.
...

Esconder um corpo era fácil, difícil era se esconder. Me certifiquei que todos que estivessem no lugar que estava, fossem trabalhadores de Jhon, não confiava mais em Augustus, não sem saber se ela sabia que sua filha era uma mentirosa.
Mille Taliça era uma mentirosa.
Uma infiel, que me corrompeu, e depois, me ofendeu, duvidando da minha capacidade de entender as coisas. Foi indolor e irreal.
Era definitivamente incrível o quão ela poderia ser cruel e crua, consigo mesma, e com quem algum dia poderia ter a amado.
Ver o seu sorriso se desfazer, quando deixei que ela ficava presa, minha presa. Sobre minha jaula.
Era tão fascinante.
Ver que não foi a única a cair em uma armadilha, e que as duas se afundaram sozinhas.
Era real, definitivamente real.

-Vejo que não fui a única a ser enganada.-Disse enquanto estava sentada a sua frente, com seu telefone em mãos, vasculhando suas conversas.

A sala era pequena, era uma advocacia, aonde os policiais passavam a tarde, coletando provas ou algo do tipo. Na frente, tinha uma espécie de prisão, com uma jaula, apenas. Os prisoneiros ficavam ali enquanto coletamos provas o suficiente para escolhermos qual prisão é adequada para o indivíduo.

-Você não é a única que sabe enganar, passarinho.-Falo e ela revira os olhos, rindo.
-Pensei que tivéssemos algo, sabe?!-Pergunta e gargalho.
-Não tivemos nada, Taliça. Era meu trabalho. Espero que se divirta juntamente a seu bebê na prisão.-Falo e seu rosto se fecha imediatamente.
-Você não sabe o porquê fez isso!-Afirma, afoita, enquanto balançava as mãos na grade descontroladamente.
-Nenhum motivo é o suficiente para tirar uma vida.
-Eu amo você, Kardama Yoon Drude.
-Ele me criou, Mille.
-Ele te domou! Te fez como sua cadela pessoal!
-E mesmo assim eu não o matei, então me diga, qual é o motivo plausível?! Ele me deu uma facada! Matou meu pai mesmo sabendo que ele fez como prometido! Atirou em minha perna, para que eu nunca mais pisasse no seu escritório, me humilhou! Engravidou a minha mãe e obrigou que ela perdesse o bebê! Você acha que tinha um motivo mais plausível? Você deitava na cama com ele, Taliça! Você namora, cacete.-Digo, enfurecida.
-Eu sinto...
-Você é egoísta, pensa somente em seu próprio bem estar, e quando não está de seu agrado, destrói.

E a pior parte é saber que mesmo assim eu amo você.

...

Minha querida TaliçaOnde histórias criam vida. Descubra agora