capítulo 14-ponto de interrogação

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Kardama Yoon

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Kardama Yoon

Ela segurava firme em minha jaqueta, enquanto acelerava a moto.
O vento frio de Pechic batendo em minhas veias, e seu contato repentino, me causava arrepios. Sua pele raspando na minha fazia com que me desse vontade de descer dessa moto e beija lá até o ar me faltar.
Mille era quente como o ar de verão, sua pele lisa e seus cabelos lisos. Senti lá tão próximo era uma divindade e toca lá deveria ser um crime pelo qual não tenho medo de me prender.
Ela me solta de repente, olhando pelo retrovisor posso ver o momento que ela sorri e ergue seus braços para cima, os fios de seu cabelo voando, e seu sorriso extremamente bonito.
Ela era maravilhosa, definitivamente maravilhosa.
Seu cabelo era como a neve, e seus olhos como o mar que me banha, me levando até o infinito apenas ao me encostar.
Quando já estávamos próximas o suficiente de sua casa, estaciono.
Descendo e logo depois a ajudando descer devido seus saltos.
Antes que pudesse dizer algo, a garota me beija. Sua língua desesperada encontrando a minha, e seus braços apertando minha cintura.
Passeio a mão pelos seus cabelos, apesar de Mille ser uma mulher alta, ela era um pouco menor que eu.
Não percebo quando nossos corpos já estavam dentro de sua casa, e seus braços me prensando na parede.
Seu toque suave e tão repentino me causando queimaduras fortes, me marcando de uma forma inexplicável.
Então vou em direção a suas coxas, passeando com minhas mãos entre elas, antes de erguer seu vestido. Levando consigo, o que restou de minha dignidade.
Observo seu corpo, suas curvas, suas tatuagens, me impressiono ao observar uma tatuagem em mandarim em sua costela. Na maioria das vezes, Mille evitada ficar nua a minha frente, sempre escondendo seu corpo devido a sua insegurança. Mas quando encontrei sua pele a frente da minha, quando ela confiou em mim para que pudesse olha lá, me senti devidamente impressionada, impressionada o quão era bonito, sua pele doce e macia, seu beijo contagioso, seus seios fartos, tudo em si nela era lindo. Um avião particular, que quando sobrevoa, me deixa avistar as nuvens e o sol. Mille era como meu sol, que me incendeia e logo depois acaricia. Mille me deixou avistar suas nuvens e o mais lindo que há nela, seu coração.

-Eu estava errada...eu acho que também amo você. Não sei explicar, é contagioso, fervente. É uma brasa que me incendeia.-Diz a garota, suspirando.
-Kardama, ei.-Me chama, erguendo meu rosto, me obrigando a olha lá.
-Eu contaria todas as constelações para dizer o quanto gosto de você, poderia escrever milhares de cartas para todos dessa cidade, apenas para que saibam que eu amo você. Minha némesis.-Diz e sorrio.
-Você disse que não sabia se me amava, passarinho.-Digo e ela revira os olhos.
-É confuso, mas adorável.-E antes que falasse algo, ela me beija.
.

Faço questão de marcar seu corpo, raspar meus dentes por sua pele, beijar sua boca, acariciar sua face. Giro meu corpo, deixando que ela fique por cima.

-Você é a prioridade.

É como estar nas nuvens, o sentimento tão recente de ser atingida por uma ventania. O vento parece te levar até onde ele queira, deixando claro que ele tem o total domínio. Seus dedos me tocando, estremeço.
Sentindo a enorme vontade de correr, correr para que essa sensação me liberte, e me leve, para onde quer que eu deva ir.
Sentindo toda a adrenalina de ser atingida por uma bala, quando se está em constante desespero, torcendo para que a dor a liberte, mas a diferença é que agora, a única coisa que deveria ser liberta, estava longe de ser dolorosa.
Sua boca se fecha em volta de meus ombros, me mordendo, forte.
Deixando claro que aquilo não era uma mentira, ou algum tipo de ladainha.
Banho seu corpo, com minhas mãos. Passeando meus dedos em volta de seu cabelo, cacheando suas pontas, antes de descer para seu rosto, acariciando sua bochecha, e depois, tocando seus ombros e clavícula e por fim, sua barriga, antes de impulsionar minhas mãos em sua cintura, a trazendo para perto.

-Você é o melhor crime pelo qual já cometi.-Digo e ela sorri.
-Você é o melhor pecado pelo qual já cometi.-Fala.
-Eu odeio você. Odeio tanto, que as vezes me sinto presa, presa em uma mentira, pela qual, acredito esconder o que sinto.-Digo e ela puxa o ar, profundamente.
-Eu odeio você, por me fazer sentir como se estivesse nas nuvens com apenas um respirar. Seu toque é fervente, seus olhos são inebriante, me tocando silenciosamente.-Diz e sorrio.

Talvez a atmosfera esteja a meu favor, me mostrando que amar novamente não deveria ser estranho.
E odiar alguém, não deveria ser proibido.
Me mostrar a ela, me render a ela, me perder a ela, talvez esse seja o objetivo, me render.
E aqui, bem abaixo de seu corpo, percebi que desde do começo sempre me rendi, a teu cheiro, teu cabelo, teu sorriso e principalmente, teu ódio semeado que desencarnou o amor, o nosso amor. A nossa história, e o fim, espero não estar aqui para descobrir.
...

Acendo o cigarro entre minha boca, vestindo minha blusa, me levanto.
A garota ainda dormia, com a cabeça sobre o travesseiro, e suas mãos em volta de sua cintura. A coberta estava apenas entrelaçada em suas pernas, deixando visível seu corpo nu, uma pintura. Seu corpo era lindo, um quadro jamais visto, detalhado.
O sol entrava pela janela, iluminando sua pele, que parecia brilhar, como um crepúsculo.
Um diamante.
Abro a porta de seu quarto, indo em direção a sala, analisando seus móveis, seu gato vindo em direção as minhas pernas. O animal de pelo escuro, começou a mordiscar a barra de minha calça, pegando o animal que ronronava em meu colo, acaricio sua barriga.
Continuo a andar, soltando o animal sobre o estofado avermelhado.
Indo em direção a geladeira, apagando a bituca de cigarro na pia, pego um copo de água no eletrodoméstico gelado. Me escorando sobre a mármore, respiro fundo, sorrindo como uma criança que havia acabado de aprontar. Parecia que tinha volantes em meu estômago, guiando minha barriga para um caminho arriscado, me fazendo estremecer diante aquela garota.
Me sentando sobre o sofá, analiso sua enorme estante de livros.
Algo me chama atenção.
Em uma parte específica da estante tinha um sinal em Y, caminho até lá.
Encostando na parte, percebendo que estava oco.
Empurro a parede, um cofre se abrindo rapidamente, lá dentro tinha facas com sinais de Y e algo...
Não é possível!
...

Minha querida TaliçaOnde histórias criam vida. Descubra agora