capítulo 05-Ordens do papai.

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Mille Taliça

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Mille Taliça

Solto meu cabelo a frente do espelho, enrolando as pontas com cuidado, antes de sair do local, com o copo de gin em mãos. A manhã já teria nascido, estava na minha terceira festa somente, já sentindo meus pés dormentes de tanto dançar.
Caminho sorridente até o bar, sentindo olhares sobre mim. Antes de pedir mais uma vez, a mesma bebida.
Sentindo braços me rodearam, olho para trás, observando Brunno.

-Oi querido.-Digo, beijando as bochechas de meu irmão.
-Você está péssima.-Fala, se sentando ao meu lado.
-É minha terceira festa seguida.-Digo e ele resmunga.
-De quem está querendo se esconder Melissa?-Pergunta.
-De papai. Ele quer me obrigar a me colocar em um caso com uma maldita caloteira.
-Pare com isso, Yoon não é tão ruim assim. E afinal, suas covinhas são seus charmes.
-Claro que você já sabia.-Resmungo.
-Não culpe o papai, ele só quer vingar o nome de seu amigo.
-E para que? Ele já está morto.
-Mille, não fale assim.
-Estou mentindo?-Questiono, mastigando um chiclete que estava dentro de minha bolsa.
-Olhe, de uma chance a ela, Mille. Apenas isso.
-Eu já dei, e você sabe, eu não costumo voltar atrás. Não sou mulher de duas palavras.
-Não seja tão dura com ela.

E de repente um estrondo alto é escutado, caras armados e encapuzados entram pela porta, os gatilhos sendo puxados, os tiros soltos, fico paralisada no entanto, quando meu irmão me puxa para baixo, acordo de meu devaneio.
Pegando minhas facas na cintura, e as jogando em direção o coração dos homens, acertando 4 e errando somente uma. Corro em direção acima de um que insiste em se aproximar, cortando seu pescoço. Alguns me encurralar, mas desvio rapidamente me agachando e cortando seus tornozelos, logo depois enfiando a faca em seus pescoços, atingindo seu nervo ciático. Vou em direção ao maior, ficando frente a frente, o barulho alto de tiros, e a gritaria, sem hesitar, corto sua garganta, o sangue entrando em contato com minha pele, me fazendo segurar o vômito devido ao gosto metálico entrar em contato com minha boca, e quando menos percebo, estou encurralada novamente, o homem vem em minha direção, mas acerto minha cabeça sobre a sua, o fazendo cambalear para trás, tento procurar uma faca sobre a cintura, mas quando não há nenhuma, sinto vontade de chorar. E de repente uma fumaça branca sobe sobre o lugar, e quando o azulão se apaga, a visão do homem caído em minha frente aparece,  Kardama estava em minha frente, com uma arma em mãos.

-Por que não atirou na cabeça dele?-Pergunto, resmungando, vendo o pequeno buraco em sua coxa.
-Eu já disse, não sou assassina.
-Mas vai deixar um assassino viver.
-Na prisão, creio que sim.
-Por que isso está acontecendo, Yoon?-Questiona meu irmão, e reparo que eles já se conheciam, reviro os olhos.
-Depois da morte de Jhon, qualquer empresa de tráfico pequena se rebelaria, contra a família Taliça, que devido a caída da maior empresa, torna a de vocês a maior. Ou seja, para atingir Augustus, seu pai, eles terão que atingir seus filhos primeiros.-Diz e o garoto balança a cabeça positivamente com um sorriso.
-Ela é lésbica, imbecil.-Digo e o sorriso no rosto de meu irmão vai embora.
-Não se preocupe, Brunno não sou lésbica, e mesmo se fosse, não seria da conta de Mille, não é mesmo?-Questiona virando seus olhos a mim, e apenas balanço os ombros.
-Tome.-Diz Kardama, me entregando um casaco.
-Seu namorado deveria estar aqui, não?-Perguntou.
-Não se preocupe, você está fazendo o trabalho dele.-Digo, revirando os olhos.
-Só fiz isso porque preciso da sua ajuda.
-Pois continuará precisando.-Falo, caminhando e a deixando para trás.
-Não é bem assim, eu salvei sua vida passarinho, agora é sua vez de me ajudar.-Fala, segurando meu braço, e aproximando seu rosto do meu.
Jogo seu casaco no chão, olhando em seus olhos, e me dês-faço de seu aperto, voltando a caminhar.
-Não sabia que era egoísta, passarinho.-Anuncia a garota e sem hesitar levanto meu dedo do meio para a mesma.
...

O gato mia, implorando por atenção. Acaricio sua cabeça, enquanto volto a ler o livro, esticando minhas pernas sobre a cama. Deixando que um de meus braços descanse do lado de fora. Lendo cada parágrafo, sentindo o ar quente de Pechic invadindo a janela. O barulho alto do ar condicionado circulando pelo quarto.
Me ajeito na cama, escutando meu celular tocar. Me esticando e pegando o objeto sobre a pequena mesa, lendo o nome de meu pai. Augustus me ligava, o barulho alto soando pelo local.
Atendo o telefone, tentada a não revirar os olhos.

-Olá papai.
-Que história é essa que você deixou a Kardama trabalhar sozinha?-Perguntou do outro lado da chamada, e sem resistir, reviro os olhos.
-Ja passou na sua cabeça que ela pode ter o assassinado e se livrado de sua dívida?-Perguntei.
-E por que ela continuaria aqui, nos ajudando?
-Para se livrar da culpa, é tão óbvio.
-Não importa Mille, eu quero que volte, e faça o seu trabalho do jeito certo.

Desligo o telefone o jogando sobre o sofá.
Cansada de receber ordens, apenas ligo a televisão, vendo as notícias.
"Ainda não temos resultados sobre a busca do assassino de Colute.", paro a imagem quando vejo algo diferente, tinha uma pulseira com o sinal Y soterrada em um pacote com areia, logo atrás da cova. Foco minha visão naquilo, poderia ser uma pista. Alguma pista ou algo do tipo, resumindo, poderia ser qualquer um. Então entre todas essas pessoas, a vontade de desvendar o mistério afim de não servir mais as ordens de meu pai, pego o casaco indo até a casa de Kardama.
.
Quando chego no local, as luzes estão apagadas, mas sua moto está na garagem, saco a arma sobre minha cintura, abrindo a porta de sua casa que estava semi aberta.
Indo em direção ao corredor vendo uma única luz ligada, entrando na porta.

-Merda.
...

Minha querida TaliçaOnde histórias criam vida. Descubra agora