capítulo 02-Suspeitos

206 18 4
                                    

Mille Taliça

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mille Taliça

Passo a caneta sobre o caderno, analisando minhas anotações. Conferindo se estava tudo correto, escuto um barulho soar na entrada de minha casa. Apenas de lingerie e uma blusa, caminho até o local, com a faca escondida em minha cintura.
Abrindo a porta devagar, me deparo com Oliver.

-Oliver!-Afirmo, pulando em seu colo.
-Meu amor.-Diz, enchendo minhas bochechas de beijos.
-Que saudades, querido.-Digo, beijando seus lábios.

Ele caminha com meu corpo até o sofá, me soltando delicadamente, deslizo minhas mãos por sua camisa exposta, sentindo seus ossos duros sobre meus calos. Sentindo a intensidade menor quando seus lábios se concentram em meu corpo. Mas havia algo estranho. Sem conseguir me conter, deixo seus lábios olhando até a porta. Me deparando com a caloteira escorada no batente, me observando diante a escuridão.

-Que droga...?-Tento dizer algo e Oliver sai rapidamente de meu colo.
-O que faz aqui, Yoon?-Pergunto, ainda deitada, tentando cobrir meu corpo o máximo possível.
-Seu pai me mandou o endereço de sua casa, vim para elaborarmos o nosso plano devido ao crime.-Disse com um sorriso irritante nos lábios.
-E por que não me chamou? É algum tipo de fetiche, ou algo assim?-Questiono.
-Estava de saída, na verdade.-Fala, colocando as mãos em seu moletom.
-Claro, mas antes resolveu me ver beijar meu namorado? Quanto tempo iria ficar aí?-Questionei, tensa.
-É seu namorado? Parece que o gato comeu a língua dele.-Comenta, passando pela porta.
-Oliver, será que podemos fazer isso...outra hora?-Pergunto ao garoto que apenas acena com a cabeça saindo pela porta.
-Que droga, caloteira. Mal chegou e já está atrapalhando meus esquemas!-Afirmo, afundando minha cabeça sobre a almofada e fechando os olhos.
-A porta estava aberta, lora. Era impossível não ver.
-Lora?-Digo, rindo.
-O que se esperar de uma viciada.
-Ele não te toca com carinho. Não como você deveria ser tocada.-Diz, e olho em sua direção, incrédula.
-E o que você entende sobre tocar uma mulher? Se duvidar nunca foi tocada.-Digo, resmungando e me levantando.
-Não querendo me gabar, mas já toquei muitas mulheres na minha vida para entender o verdadeiro valor de um toque.-Fala, se sentando sobre minha cadeira do balcão.
-Além de caloteira é lésbica? Surreal.-Digo, sorrindo.
-E você tem algum problema com isso?-Questiona, seus olhos descendo sobre minhas pernas nuas.
-Vista uma calça, qualquer um que passar pelo corredor pode te ver nua.
-Não como você quer, não é?!
-Não confunda negócios com sentimentos, Mille. Afinal, você nem faz meu tipo. Mesquinhas não costuma a serem agradáveis.-Diz e reviro os olhos, caminhando até meu quarto.
-Não toque em nada.
-Como quiser, lora.

Visto uma calça azul, apertada, e por cima, meu casaco preto. Penteando meu cabelo para trás, observando meus olhos verdes fundos devido ao sono, respiro fundo diante ao espelho. Pensando em formas de esconder tamanha imperfeição, passando um corretivo por cima. Observando Queen se aproximar, ronronando e se perdendo entre minhas pernas. Pego o gato em meu colo, acariciando sua cabeça, sorrio. O animal era adorável, e costumava a odiar contato humano, mas algumas vezes, deixava de ser rabujento, e aceitava o pouco de amor que poderia o dar.

-Você tem um gato?-Perguntou a garota passando pela porta.
-Sim, por quê? Tem algum problema com isso?-Pergunto, soltando o animal.
-É que normalmente assassinos não costumam gostar de animais.-Diz se sentando em minha cama, e volto a pentear meu cabelo.
-Você é bem relaxada, costuma agir assim com todo mundo que te odeia?-Pergunto e ela se deita em meu travesseiro.
-Só quando eles tem camas macias como a sua.-Responde, sorrindo.
-O que você tem em mente?
-Primeiro, vou provar o café quente dessa cidade e depois, vamos acessar os últimos contatos de Jhon que especificamente, sejam coreanos, achar um real motivo pelo qual fariam isso. Se o assassino for burro, com certeza ele entrou em contato com Jhon antes de cometer o assassinato.-Responde, a garota.
-E o que te leva a pensar que ele possa ser burro?
-Ele usou uma faca específica, ou foi por burrice, ou para nos despistarmos.
-Ou para te acusar, seria compreensível, você foi tomada de sua família para ser o chaveiro pessoal do Colute.-Digo, passando um pó em minha face.
-Eu não sei, poderia estar certa. Mas nunca seria capaz de matar um Colute, não sou boa o suficiente.
-E deveria ser?
-Te garanto que sim.
...

Caminho em silêncio até a sala de evidências, entrando sobre a janela, e indo em direção a caixa de utensílios de Jhon, observando se as câmeras estariam desligadas. Kardama se encarregou de ir até a sala de controles, desligar todas as câmeras do local, insinuando um apagão, enquanto tentava achar o objeto usado para matar, e seu telefone. Quando finalmente acho, comemoro diante ao objeto em minhas mãos. E volto a pular sobre a janela, apertando Kardama com um sinal com a cabeça, enquanto ela descia do prédio com uma corda de escalar, logo depois, puxando o objeto e correndo até mim.
Já em sua moto, seguro firme em sua cintura, por mais que odiasse toca lá, não planejava sofrer um acidente tão nova.
.
Já em sua casa, a moto estaciona, anunciando uma pequena casa de dois andares com cores escuras, era visível o barulho de animais do lado de fora, olho para a garota confusa enquanto desce da moto com um sorriso no rosto.
Destrancando sua casa, e adentrando o pequeno cômodo, me assusto.

-Você tem um tigre em casa?-Pergunto assustada, quando o animal vem em minha direção.
-Três gatos, um casal de tigres, 3 araras, peixes, e claro, um cachorro e um gato.-Diz.
-Como trouxe todos esses animais da Coreia?-Perguntei.
-Eles são minha família, meu lugar de abrigo, então traze los, não foi algo difícil.-Responde, colocando o capacete sobre a bancada.
-Se acalme, eles não mordem.-Disse, sorrindo.
-Acredite, não é disso que tenho medo.
-Pensei que você pensasse que assassinos não gostassem de animais.
-Eu também não mordo, se é isso que está pensando, e outra, não sou assassina.
-Se você se arriscar em me tocar, eu corto seu pescoço.
-Hum. Que romântico.-Diz, e reviro os olhos.
-Vamos começar isso logo.-Digo, colocando o objeto sobre a bancada.

Com o celular em mãos, tento desbloquear, mas Kardama é mais ágil e então conecta o objeto sobre seu computador, o desbloqueando rapidamente com apenas uma digital.

-Como?-Tento perguntar.
-Jhon programou um programa para que quando morresse, seus filhos tivessem acesso a todos seus negócios.
-Mas você não é filha dele.
-Depois de chorar para que ele conectasse minha digital na porta, não foi tão difícil conseguir a digital de suas contas.
-Como conseguiu convencer um homem tão cruel quanto ele?
-Colocando uma arma em sua cabeça com apenas 14 anos de idade. Ou seja, sendo mais cruel que ele.-Diz e ergo o olhar até o seu.
-Isso é muito cruel.
-Acredite, não tenho esse cargo porque sei roubar jujubas em mercados, tenho porque fui criada para isso, para ser cruel.-Fala por fim, acessando as chamadas de conversas e mensagens.

Passamos um longo tempo acessando todos seus contatos e chegamos em uma conclusão, temos 3 suspeitos, agora o que nos resta é descobrir o que eles estavam fazendo nesse dia e o porquê mataram Jhon.

-Alexa Drude, sua amante, Victor Colute, seu irmão mais novo, e por último, Viviane Venezes, sua funcionária.
-E o por que eles fariam isso?
-Agora o que nos resta é descobrir.-Diz por fim, desligando o objeto escutando o barulho da sirene soar.
-Droga.-Digo por fim, antes dos policiais invadirem sua casa.
...

Minha querida TaliçaOnde histórias criam vida. Descubra agora