Favorite crime | JUKE

Capítulo 38

Julie's PoV

Depois que os meninos saíram, fiquei em casa com o Caleb. Coloquei todas as garrafas de bebidas na adega. E dessa forma, ele não ficaria tentado a ceder ao vício

Subi para mudar de quarto e organizar minhas coisas. Também teria que procurar um trabalho. Não seria uma encostada aqui. E talvez voltar a estudar e...fazer uma faculdade, ou algum curso. Eu realmente tenho que aceitar as coisas por mim mesma e deixar de agir como uma adolescente revoltada. Tenho que crescer, amadurecer e cuidar de mim. Não mais sozinha, não sou mais eu contra o mundo, mas tenho que lutar pelo que quero por mim mesma.

Algumas horas depois, saí do quarto e o encontrei trabalhando no escritório. Bato fracamente à porta e ele me olha

— Ah, oi, Julie! Entre!– ele diz e entro.

— Como você está?– pergunto a ele.

— Me sentindo um pouco mal mas... faz parte quando desapegado de um vício. Já fiz isso antes. Não será mais tão difícil agora!‐ Caleb diz confiante– Onde o Reginald foi?– ele pergunta

— Ele...saiu com o Alex e com o Luke...– digo– Parece que foram resolver umas coisas, mas não disseram o que.

Me sinto mal por mentir pra ele de novo, mas sei que é por uma boa causa. Conversei com Reggie antes dele sair com os meninos e combinamos que, até eles voltarem dessa conversa com a mãe de Luke e descobrirem quem é o pai dele e se ela é, de fato, o amor da vida do Caleb, não iríamos dizer nada a eles.

— E você? Não vai sair? O dia está tão bonito pra uma jovem como você ficar aqui com um velho como eu!– ele diz e sorrio.

— Pra começar: você não é velho. E eu gosto muito da sua companhia!– digo– As histórias que você conta são muito legais...

— Você não quer me deixar sozinho por medo de eu fazer alguma coisa, não é? Estou sóbrio, Julie. Não vou tentar arrombar a adega com um grampo ou algo assim– ele diz– Não precisa se preocupar.

— Claro que preciso. Você é muito importante pra mim!– digo.

— Não vou conseguir convencer você a sair, não?– ele diz e nego– Bom, então ligue para os seus amigos e, se quiser...

Nessa hora ele se interrompe e leva uma das mãos ao peito.

— Caleb? O que foi?– pergunto.

— Não...não consigo respirar...– ele diz tentando puxar o ar e afrouxar a gravata.

— Ah, meu Deus!– digo sem saber o que fazer. Então me lembro do que Luke fez comigo no dia que nos reencontramos.– Ok, preciso que olhe nos meus olhos...

Antes que eu lhe diga mais qualquer coisa e antes que ele tenha alguma ação, seus olhos se fecham e ele desmaia.

— Não, Caleb! Acorda!– digo indo até ele e o chacoalhando. Ele estava gelado e pálido. Começo a gritar e alguns empregados que estavam no andar de baixo, chegam ao escritório. Mesmo com as mãos trêmulas, ligo para o hospital e peço uma ambulância o mais rápido possível.

Eles me atendem e ela chega rápido. E o paramédico quase não me deixa entrar

— Desculpe, moça. Apenas familiares.

— Sou filha dele!– digo– Por favor, me deixa ir!– peço e o homem cede, me deixando ir na ambulância.

No caminho, ligo para Flynn e Willie. Não ia conseguir passar por isso sozinha.

— Eu já perdi um pai. Não posso perder outro. Por favor fica bem!– digo baixinho a ele.

Chegamos ao hospital e pouco depois, Willie e Flynn chegam. Eles me perguntam o que aconteceu e seguro as lágrimas enquanto conto.