Capítulo 51 - "Entre deuses e monstros... acho que sou um anjo no jardim do mal

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☑ Alerta gatilho!

Capítulo 51


Gemo de dor quando sinto-me acordar. A minha cabeça dói quando eu tento me mover e imediatamente consigo sentir um líquido quente escorrer pela minha testa... evidenciando o grande baque que levei nesse lugar. 

Eu tentei me mover ou abrir os meus olhos, mas... o meu corpo protestou e meus braços estavam presos atrás do meu corpo. Talvez se deva ao fato de eu não achar minhas forças, ou por eu estar presa... e sinceramente, acho que me identifico com as duas opções. 

Um zumbido em meus ouvidos faz com que eu proteste internamente, tentando captar alguma coisa com o uso dos meus sentidos, mas... tudo o que eu ouço é o meu nome sendo pronunciado baixinho.

A dor em meu coração parece insuportável, como se mais uma vez, eu estivesse presa dentro da minha própria mente, sendo torturada pela minha própria ansiedade, e por isso... Eu não consigo identificar a voz que está sussurrando o meu nome baixinho, de longe como se estivesse desesperada para que eu abrisse os meus olhos.

Eu também senti lágrimas em meus olhos, e foi quando o meu coração saltou mais forte que eu recebi forças para abrí-los, mas...

Tudo isso foi por água abaixo, como numa explosão quando eu lembrei do motivo de eu estar assim... quando lembrei do meu pai. 

— Peguem ela e a coloque no porta malas do carro. O chefe vai ficar feliz quando souber que conseguimos pegar a vadia dele. 

A pancada em minha cabeça foi tão grande que eu tive que fechar os meus olhos, sentindo-a girar. Os tiros pararam de ser disparados contra o carro, mas... o meu corpo estava tão pesado e dolorido na parte de trás do carro que eu pensei ter levado um tiro... quando eu parei de me mover e a dor em meu coração começou a me sufocar, eu pensei que morreria ali mesmo...

Mas as vozes daqueles homens, rindo como se essa situação fosse engraçada, me despertou. A mão de um deles me puxando para fora do carro foi como um balde de água fria naquela situação... o meu corpo tremeu em alerta e eu me forcei a abrir os meus olhos. 

Eles ainda estavam dizendo o quanto o chefe deles ficaria feliz por terem me pego, mas foi quando eu vi o estado do carro em que eu estava e o buraco na testa de Marcos que eu senti o meu corpo gelar de medo. 

Eles não estavam ali para ajudar... eles vão me matar! São os rivais de Pedro...

— VAI SE FODER SEU FILHO DA PUTA! ELA NÃO TEM NADA A VER COM ESSA PORRA!

Essa voz...

— Pedro... — Consegui dizer com a voz fraca, abrindo os meus olhos em meio a tanta tontura.

— Emma... 

— Olha, olha! A sua surpresinha finalmente acordou. Me admira muito que ela esteja conseguindo abrir os olhos. Parece que os meus meninos exageraram na dosagem.

Mesmo com a visão embaçada, consegui ver a postura de um homem agachado na minha frente, onde estou sentada no chão com o corpo imóvel. Esse lugar... esse cheiro! É insuportável! Faz todo o meu estômago se embrulhar com nojo! Este lugar é pequeno e abafado... não há uma única fonte de ar fresco e me dá a sensação que se eu continuar aqui, irei morrer passando mal. 

— Vocês drogaram ela, seus malditos? Olha, eu juro que quando eu sair daqui vou acabar com a vida de vocês um por um... não fazem ideia com quem estão mexendo seus miseráveis!

Senti uma batida do meu coração falhar quando meus olhos finalmente conseguiram perceber... no outro canto da sala está Pedro sentado com as mãos presas a um ferro. Ele está puto! Está cuspindo fogo em direção ao homem, e acho que nem mesmo em todas as vezes que ele foi mal na minha frente, eu vi tanto ódio em seu olhar. É como se eu já não estivesse mais de frente com um humano. 

VENDIDA - CRIMINOSOS EM SÉRIE - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora