Capítulo 2 - Alguém virá por mim?

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☑ Antes de mais nada, esse capítulo, como vários outros que avisarei no início, tem conteúdo problemático. Podendo conter pensamentos suicidas e autoagressão. Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades ou tendo pensamentos relacionado a suicídio e/ou autoagressão, saiba que é possível buscar auxílio. As linhas diretas de ajuda podem dar apoio gratuito, confidencial e imediato.
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E eu, como autora, apesar de não servir de muita ajuda, digo que o meu privado está sempre aberto para conversar com vocês.




Capítulo 2

Finalmente as palavras de Albert Einstein estavam fazendo sentido na minha cabeça. "Se você continua vivo é porque ainda não chegou onde devia." Me perguntei durante os últimos dois minutos onde eu deveria chegar, porém a resposta está envolta por uma densa névoa, e eu pareço pequena demais para alcançá-la.

Continuei pensando sobre isso enquanto encarava a enorme porta de madeira à minha frente.

— Esse aqui vai ser o seu quarto.

A garota loira com aparência da minha idade, que se apresentou como Mia, dá um longo suspiro após perceber o quanto eu pareço apreensiva.

— Eu sinto muito. Isso nunca tinha acontecido antes e eu nunca pensei que Ph seria capaz de fazer algo assim. — Ao pronunciar essas palavras, Mia parece realmente decepcionada.

Tenho certeza disso devido a discussão que houve entre os dois há apenas alguns minutos atrás, quando Enzo explicou a situação e Mia tentou me defender a todo custo. Porém o homem com o olhar vazio saiu com a outra garota, a ignorando e aparentemente a deixando ainda mais brava.

— Ph? — Questiono me perguntando se isso é realmente um nome.

É até um pouco surpreendente que alguém com tamanha presença se chame assim.

Mia apenas sorri, pegando uma chave do seu bolso e destrancando a porta.

— É apenas um apelido. Nossos pais eram de países diferentes quando nos tiveram, então nosso nome é uma mistura das duas nacionalidades. Vem, mesmo que pareça horrível, vou tentar te deixar bem acomodada. — Ela diz abrindo a porta e entrando logo em seguida, porém a única coisa que consigo fazer é pensar em como qualquer esperança de que ela fosse me ajudar a fugir agora já não é existente.

— Vocês são irmãos? — Pergunto encarando o chão, me sentindo desesperançosa. — Mia, não pode me ajudar a fugir?

Minha voz soa tão baixa que é até difícil dizer se ela ouviu, porém sinto ela se aproximar e é quando tomo coragem para encará-la. Eu não sei quem são eles ou o que fazem, e depois de passar alguns minutos com ele, sinto que não tenho chance alguma de fugir dessa casa. E depois que... mesmo sendo o irmão dela, ela compactua com o que ele está fazendo comigo? Mantendo uma pessoa em cárcere privado... isso é normal para ela também?

— Emma... — Ela põe uma mão em meu ombro, me encarando com certa culpa. — Eu sinto muito, mas eles são realmente perigosos. Não posso te ajudar a fugir pois mesmo sendo irmã do líder deles, a "organização" é muito grande e não brinca em serviço. Mas eu prometo, não vou deixar eles te machucarem ou te deixarem presa aqui por muito tempo. Pense nisso como uma viagem escolar obrigatória com pessoas que você não conhece. Eu vou conversar com ele, até lá não posso te deixar sair desse quarto, mas olha... aqui tem tudo que precisar. Os meninos também não são ruins como parecem, ao menos quando não se trata do serviço que tem que fazer. E em relação a Ph... bom, ele é gente boa com todos, mas... bem... como posso dizer?

VENDIDA - CRIMINOSOS EM SÉRIE - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora