Capítulo 6

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Com Poncho...

Acordo de repente, ofegando sento na cama apoiando meus braços, pego meu celular e vejo a hora 05:23 AM. A imagem de Anahí me chamando vem à cabeça, como? Que porra de pesadelo foi esse? Simplesmente a vi desnuda chamando por mim, e não era algo relacionado a sexo, e sim uma expressão de desespero.

" Perdóname...

Yo te amo tanto, tanto, que no puedo soportar! "

Nossa! Eu estava muito louco, que delírio absurdo, era só ela se "envolver" na minha vida que essas palhaçadas começavam a acontecer, balanço a cabeça negando fortemente enquanto fecho os olhos... São alucinações Alfonso! Você sabe que é tudo paranoia da sua cabeça, isso está enterrado, não caia nas provocações dela, você sabe jogar o jogo, não deixe ela ganhar novamente... Converso comigo mesmo, convicto do que falava.

Apesar do meu coração fraquejar, minha razão falava mais alto.

Observo Ana dormir apagada ao meu lado, parece que ficou chapada com essa porcaria de cigarro. Levanto me vestindo, me arrumo rapidamente, escrevo um bilhete para Ana, avisando que tive que ir. Saio do quarto lentamente conferindo minhas coisas.
Vou à cozinha e pego um copo d'agua, observo a luz do dia adentrar ao apartamento, pensativo... Hoje vai ser um dia difícil, e eu praticamente nem dormi... Sem pensar em mais nada, pego minhas chaves e saio fechando a porta lentamente.

Chego em casa por volta das 06:20 AM, a casa de Ana era um pouco longe da minha, isso fez com que eu demorasse ainda mais para chegar. Entro fechando a porta lentamente, praticamente na ponta do pé, sento no sofá, verificando o celular. As interações de ontem ainda davam o que falar, suspiro e deito vendo os resultados dos jogos que aconteceram, o Pumas tá numa fase horrorosa, perdeu de novo!

Vai dormir aí mesmo, querido?! – percebo que ela adentra à sala, olhei para cima e a observei atrás de mim com uma cara nada boa, sentei calmamente, a olhei temeroso.

Bom... É que eu ia falar cont... – ela me interrompeu.

Cala a boca! – disse no tom mais calculado que podia, provavelmente não queria acordar os meninos – Ia me avisar ou ia esperar eu perguntar onde ia passar a noite? – me olhou com sangue nos olhos.

Olha Diana, é melhor se acalmar porque assim não podemos conversar. – digo pegando meu celular.

Se acalmar? Se acalmar, Alfonso? Você acha que eu sou trouxa, não é? – indagou revoltada, eu suspirei – Não tem nada para me dizer?! – cruzou os braços.

Sim Diana, eu tenho – a olhei, ela esperou – Depois do jogo acabamos exagerando, um dos caras bebeu demais, então fomos levá-lo em casa. Aí depois ficamos lá o resto da noite na casa dele, estendemos pra um “after” – a olhei, ela se fechou mais ainda.

Você só pode achar que eu sou uma anta, dá para perceber daqui seu cheiro de vagabunda! – praguejou – Você não vale nada Alfonso. Tá me traindo na cara de pau e ainda tem a audácia de me negar – eu tentei falar, ela me cortou – E ainda por cima, fica de conversinha aberta na rede social com aquela mulherzinha do governador.

Opa, peraí.. Anahí não tem nada a ver com essa história – ela riu debochada, e eu fechei os olhos percebendo que falei besteira. Dei brecha para ela desconfiar que tinha mais alguém na relação.

Ah, claro! Primeiramente, um monte de abusada fica enchendo o saco na rede social por causa das suas palhaçadas com ela. Segundo, você adoraria que ela tivesse a ver! – eu neguei, incrédulo – Terceiro, você acaba de se entregar, idiota. Eu sei que não é ela que está envolvida com você, e sim aquela biscate da La Reguera! – eu a olhei, espantado – É Alfonso, se surpreendeu?! Pois é, eu não sou tão burra como você imagina – eu pus a cabeça entre as mãos, apoiando os braços nos joelhos, suspirei fechando os olhos.

Ainda pertenço a vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora