Com Anahí...
Aquele final de semana com a família do Velasco tinha sido simplesmente horrível, forçar aparências com a família azeda dele era pior coisa possível, o jeito foi me apegar nos meus filhos para tentar passar por aquilo com tranquilidade.
Voltamos na segunda-feira, ainda tivemos que dormir lá, infelizmente. Não evitei pensar em Poncho em todos os dias, além de todo impacto de ter o visto, não pude deixar de notar o quanto ele estava lindo, tão maduro, tão viril, a conexão que eu sentia por aquele homem era inexplicável.
Um tempo depois estou em casa, Velasco tinha saído para seus compromissos.
Qué pasa, Maite? – perguntei curiosa depois de ela me ligar naquela manhã, era sexta-feira.
Oi Anahí, bom dia primeiramente querida, cómo estás? – ela fala irônica.
Ai Maite, só não te mando para o inferno porque está muito cedo ainda. – ela ri e eu acabo gargalhando também.
Any, vem aqui hoje. Estou com saudades!!! – ela fala chorosa, eu reviro os olhos.
Ai Maite, que tanta "manha" é essa? – eu falo a perturbando.
Aprendi com você, querida. – é verdade, eu era a rainha da malícia.
Cala boca e não me chama de querida. – a repreendo – Não sei, amiga. Estando com os meninos a gente nem vai poder conversar direito, ele são muito arteiros... Por que não vem aqui? – a convidei, tentando achar uma solução.
Não, Any. Você nunca veio aqui. E também não conheceu o Andrés ainda, vacilou comigo naquele dia... Você tá me devendo uma, anda vai! – ela suplica, eu abro a boca, passada.
Olha, primeiramente quem vacilou foi você, querendo armar coisas para botar eu e ele no mesmo lugar e segundo, eu não tô te devendo nada – digo ultrajada.
Ah Any, quer dizer que você só viria se o Poncho não viesse? – ela fala em tom chateado, eu me calo – Bom, se era isso, poderia ter me falado de antes que eu já ficava sabendo... – ela se faz, eu suspiro.
Não Mai, desculpa amiga. – suspiro sentida – Perdão, mas é que sei lá, você sabe... Eu não queria fazer desfeita contigo quando me ligou, mas seria constrangedor tanto para mim, quanto para ele – digo sem jeito, não queria que ela ficasse chateada comigo.
Tudo bem Any, mas seja sincera comigo amiga... – eu deixo ela falar – Eu te peço desculpas realmente porque eu menti também, eu não queria que vocês deixassem de comparecer aqui porque estão "brigados", com muitas aspas aí... – eu mordo o lábio – Vinham por mim caramba, pelos outros! – ela disse contundente.
Tudo bem Mai, mas de verdade amiga, só eu e ele entendemos e por isso nos evitamos. – eu digo sentida, falando a última frase baixinho.
Eu fico indignada, como dois adultos, depois de toda a relação que tiveram, pai e mãe de duas crianças, não podem sentar em uma mesa e conversar maduramente. – eu suspiro pesada.
É complicado, Mai... – digo agoniada – Mas bem, eu vou ver se eu deixo os meninos com minha mãe e dou uma passadinha aí, ok? – falo tentando esquecer o assunto de segundos atrás – Você queria vê-los, não é? – ela suspira.
Sim, queria, mas eu vejo depois então. Em um dia mais tranquilo – ela diz calma.
Tudo bem, a gente vê depois... Que horas você quer que eu vá? – pergunto.
Quando você puder. – ela se apressa em dizer – Mas de preferência umas cinco, porque aí não terminamos tão tarde... – eu assinto concordando.
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Ainda pertenço a você
FanficO ano de 2021 chega trazendo várias incógnitas para a vida de Alfonso e Anahí, duas vidas distintas e separadas, mas com um grande mistério por trás... Até onde se pode ir quando existe amor? Onde exatamente é o final de tudo? É difícil afirmar prec...