Capítulo 16

303 23 9
                                    

................................

Poncho...

Logo depois de pensar em todo meu planejamento eu faço uma ligação.

Poncho? – ela me atende no segundo toque.

Maite, preciso da sua ajuda! – falo rapidamente, sim eu ia pedir a Maite para me ajudar a falar com ela, não podia chegar em Anahí diretamente e falar: Oi, preciso falar com você urgente e agora.

Ai Poncho, se acalma. O que aconteceu? – ela diz sem entender.

Mai, eu preciso que você convide a Anahí para sua casa. – digo de uma vez.

Quê?? Você tá pedindo para eu convidá-la? – ela perguntou surpresa.

Sim Maite, o que acontece é que eu preciso falar algo muito sério com ela e aí preciso de um pretexto para não chegar nela diretamente... – falei calmo para que ela entendesse.

Poncho, mas o que você quer que eu faça? – perguntou mais tranquila.

Bom, você convida ela para o seu apê, eu vou passear com os meninos no parque perto da sua casa e na volta eu passo aí. – digo explicando o plano, ela ouvia atenta – Aí eu aproveito e chamo ela para conversar. – digo simples.

Ela vai me matar quando souber Poncho. – disse temerosa.

Calma Maite, ela não vai te fazer nada, fica tranquila. – tentei tranquilizá-la.

Não sei Poncho, é sacanagem da minha parte... – ela disse em tom de indignação.

Relaxa, eu te juro que não vai acontecer nada e que ela não vai te culpar, ela não vai ficar sabendo. – digo tentando convencê-la.

O que vai falar Poncho? Se você a machucar, eu te mato! – disse brava, eu dou risada.

Para com isso Maite, só tenho que falar uma coisa com ela, por favor... – pedi relutante.

Tá, tá, Poncho. Eu vou tentar marcar com ela, você é insuportável! – disse com raiva.

Eu também te amo! – dei risada e desliguei quando a ouvi espernear.

No dia marcado com Maite, eu subi ao apartamento dela juntos com meus filhos, eu sabia que agora era a hora da verdade, sabia que teria uma conversa muito profunda com Anahí, minha raiva ainda estava presente, mas eu ia agi com naturalidade e tranquilidade, deixaria a raiva para depois, teria que ser ao menos racional para não pôr tudo por água a baixo.

Entro no apartamento e a vejo sentada, percebo pelas suas expressões corporais que ela estava muito nervosa, como no dia no posto, ou até muito mais.

Eu a cumprimento totalmente frio, quando ela me olha nos olhos eu sinto um misto de sentimentos, dor, raiva, ternura e paixão, aquela desgraçada ainda me deixava totalmente perdido...

Mantive o olhar nela e não deixei transparecer, confesso que fiquei emocionado ao vê-la falando com meus filhos, ver como ela os tratou com carinho.

Vou à cozinha somente para dar uma pausa nos meus pensamentos e me tranquilizar antes de resolver aquela história, bebo uma água e logo depois volto...

A chamo em seguida para conversar, percebo que ela ficou pasma, acredito eu, que por ela perceber que o cerco estava fechado acabou aceitando, dou uma última olhada para Maite que junta as mãos pedindo "por favor".

Anahí passa pela porta da varanda e logo depois eu passo, fechando a porta de vidro.

Autor...

Ainda pertenço a vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora