Quando tudo se encerra já são 01:34 AM, estou exausto, confesso. Dulce estendeu com a gente mesmo estando com María Paula, que acabou dormindo cedo da noite na cama de Maite, o que deixou a mãe mais tranquila.
Nos despedimos depois de um longo tempo prometendo fazer mais vezes, Dulce cita o fato de querer Anahí presente, Maite confirma junto com outros, eu trato de adiantar logo a partida, não tinha cabeça para imaginar Anahí presente com a gente em uma futura nova reunião, ainda mais depois de alguns bons copos de cerveja, droga... Pra quê eu bebi se estou dirigindo? Nego entrando no carro, deveria ter vindo de Uber.
Dou partida no carro e sigo a caminho de casa, demoraria no máximo uns vinte minutos para chegar.
Estou dirigindo e vejo que preciso abastecer, saio em busca de algum posto de combustível e o avisto logo após, paro e desço do carro.
Droga! Bebi muito.
Quanto senhor? – o frentista me chama à atenção.
Pode completar, por gentileza – fecho a porta do carro, passo a mão na cabeça. Sentia ela latejar de dor – Vou um minutinho na loja, quando voltar eu pago – ele assentiu colocando a mangueira para abastecer o carro.
Entro na loja conveniência pegando algumas águas. Para a minha surpresa a vendedora me informou que vendia medicamento para dor ali, comprei alguns e tomei.
Depois, sentei em uma das mesas. Vou ficar aqui por um tempo para me estabilizar um pouco mais.
Vejo que o frentista terminou de abastecer e dou um sinal positivo para ele, que vai atender outro cliente. Abro o celular vejo algumas coisas e quando volto o olhar para o posto...
Não poderia crer, forcei mais olhar para ter certeza, e observando melhor, tive. Era o filho da puta do "Governadorzinho", Senador, sei lá... Arfei sem acreditar, percebi logo que ele desceu do carro falando com o frentista, pus a mão no queixo olhando melhor, observei o banco do passageiro...
E claro, lá estava ela! Sempre acompanhando o dito cujo, mordi os dentes sentindo raiva, bebi mais um gole de água e a observei mesmo de longe...
Sei lá, parecia estar com um olhar perdido, estava inquieta. Vi que ela digitava no celular rapidamente e até abria um pouco a boca como se ofegasse. Logo depois apoiou o braço no encosto do carro segurando sua própria cabeça, parecia impaciente.
Eu fechei os olhos respirando fundo e movimentei o pescoço para frente desviando minha visão daquela cena. Meu coração deu uma palpitada, ainda ficava nervoso com ela.
Levantei já com a raiva tomando conta de mim, não suportava ver aquela cena. Era tão difícil ver virtualmente, imagina no ao vivo...
Apesar de estar um pouco "bêbado", não iria fazer besteira, somente iria me fazer notar presente fingindo que não os vi. Me dava um pouco de curiosidade saber sua reação, confesso.
Saí da loja ainda bebendo a outra água, andei normalmente em direção ao meu carro. Ele tinha estacionado bem atrás de mim, olhei de relance e vi que ela estava mexendo no celular novamente.
Bom, foda-se, era bom que tomaria um susto ainda maior quando me visse. Cheguei entre os carros e já falei com frentista, ele me pediu que aguardasse, pois estava abastecendo o outro carro, eu assenti.
Passei para a lateral do meu carro me encostando nele, logo olhei para a cara do idiota, que me avistou rapidamente. Mantive o olhar nele por uns três segundos, ele me cumprimentou assentindo, típico de político. Eu devolvi o cumprimento assentindo por várias vezes, como se falasse nas entrelinhas "eu sei quem você é!". Ele abaixou a cabeça um pouco sem graça, tenho certeza que ele não me reconheceu, peguei meu celular e fiquei encostado no carro esperando...
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Ainda pertenço a você
FanfictionO ano de 2021 chega trazendo várias incógnitas para a vida de Alfonso e Anahí, duas vidas distintas e separadas, mas com um grande mistério por trás... Até onde se pode ir quando existe amor? Onde exatamente é o final de tudo? É difícil afirmar prec...