Capítulo 23

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Era terça-feira, marcamos de nos reunir às 4:00 PM na casa de Poncho. Eu, Edward e ele.

Eu cheguei um pouco mais cedo, e Poncho estava sem controle.

Ponch... – murmuro entre um beijo e outro, ele "me agarrava" no sofá.

Shii Any, relaxa amor... – ele fala sedento e volta a me beijar. Eu não posso negar que quero aproveitá-lo o máximo possível de tempo, mas estamos prestes a fazer uma reunião. Não somos mais dois adolescentes que ficávamos nos pegando a qualquer hora, hahaha.

Poncho, o Edward vai chegar! – digo tentando cessar nosso fogo, ele estava com meio corpo sobre o meu.

Affff – era murmura irritado – Não posso nem ficar com a minha mulher em paz – ele passa a mão no rosto e ergue o corpo. Eu levanto também, me ajeitando no sofá.

Você quer que ele te veja assim, garotão? – levanto as sobrancelhas indicando sua intimidade, ele olha para baixo e depois para mim, nós rimos.

Ah, foda-se. Ele teria que esperar – ele dá de ombros – Você poderia ser menos gostosa também, né? Pelo menos eu resistiria um pouquinho mais – ele diz se levantando em direção a cozinha. Eu nego, dando risada.

Você não presta, Alfonso Herrera! Desde o primeiro dia que te conheci – reviro os olhos, mas não consigo ficar séria quando ele me olha levantando as sobrancelhas também.

Minha carne é fraca, meu amor... – ele me manda um beijinho, eu dou risada negando, como se reprovasse sua atitude.

Onde eu fui me meter quando me envolvi contigo? – ele põe água no copo e depois bebe, eu observo seus movimentos.

Você nunca resistiu a mim! – ele dá de ombros.

Hahahaha – dou risada, irônica – Só nos seus sonhos! – reviro os olhos e fujo do contato dele.

Quer uma água para baixar seu fogo, meu amor? – ele diz sugestivo, eu retorno o olhar o metralhando, ele ri muito quando percebe minha mirada, eu acabo rindo também.

Se toca, Herrera! – ele ri.

A campainha toca. Poncho vai até a porta e recebe Edward, eu o cumprimento quando ele chega a sala.

Tudo bem, Anahí? – ele diz simpático.

Sim, estamos indo... – retribuo.

Logo nos sentamos a mesa e Edward reforça alguns pontos do seu trabalho, ele nos informa que já tem bastante coisa sobre Velasco pessoalmente, sobre os partidos envolvidos com Velasco e sobre a influência do Cartel na política do México. Ele nos explica que está buscando uma solução viável, mas que ainda não tem um norte, o que realmente ele pode fazer para me ajudar a ficar livre dessas pessoas... Eu falo a Poncho sobre o que aconteceu em Acapulco e ele também fica surpreso com a tal ligação do Velasco, seu semblante também é de preocupação.

Vamos ter que ir, precisamos saber quem é essa pessoa que ele vai conversar... – Edward nos informa.

Eu vou com você – Poncho se pronuncia, eu nego.

Não, Poncho – Edward diz – Vocês ficam fora disso, por favor. Eu vou com outro da minha equipe, temos o equipamento e o equilíbrio necessário para qualquer situação, você não tem treinamento para isso – eu assinto e ele acaba concordando também.

Tudo bem, mas se precisar de algo conte comigo – Edward confirma.

O ideal seria se pudéssemos grampear o local, para ouvir a conversa, mas isso é quase impossível. Não sabemos onde eles vão se reunir – Edward diz lamentando.

Ainda pertenço a vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora