Não acredito no que estou a ver.
Eu não sou tonta, sei bem que isto não é a minha imaginação ou sonho.
Digamos que eu já me belisquei 300 vezes, por isso estou tão convencida.
- Porquê que me estás a olhar com essa cara feia? - pergunta o demônio, literalmente, quer dizer acho eu. Nem sei o tipo de espécie que aquilo é.
Finjo não a ver me virando para o quadro.
- Vais mesmo me ignorar??? - ela mete-se na minha frente me tapando a visão do meu professor careca.
"Bufo já estressada, mas porquê que isto só acontece comigo?"
-Não acontece só contigo humana, muitas pessoas têm arrependimentos e tu és uma delas. - franzo o senho tentando entender como que ela soube o que eu estava a pensar.
-Humana nós os espíritos, lemos as vossas mentes por isso podes falar comigo assim, já que não podes falar alto.- olho pra ela desconfiada, mas vale a pena tentar né ?
"Se estás a ler a minha mente então com todo o respeito:Desaparece!!!".
- Ok isso não foi nada educado, sabes mesmo sendo um espírito tenho sentimentos. Não posso simplesmente desaparecer - ela sorri cínica.
Eu estou totalmente em choque, eu já nem ouvia o que o meu professor dizia eu só estava estática a olhar pro espírito á minha frente.
-Senhorita Ellen, sabe me dizer qual é a resposta?
Acordo do tranze me virando pro professor, vendo que ela já tinha ido embora .
Afinal ela pode muito bem desaparecer.
- Pode repetir a pergunta? -peço.
Ele abana com a cabeça me olhando desapontado. - A senhorita hoje está muito distraída, enfim eu perguntei - lhe se podia dizer-me qual oração que está presente nesta frase. - ele aponta pro quadro logo esperando a minha resposta.
Meu Deus e agora? Eu não sei muito bem está matéria.
- É uma oração coordenada adversativa - oiço uma voz baixinha e percebo que aquela voz não me era estranha.
- Hmmmm acho que é uma oração coordenada adversativa professor. - falo confiante. Se caso não for eu acho que choro de vergonha, pois a forma como falei foi mesmo muito confiante.
O professor dá me um sorriso orgulhoso logo me fazendo suspirar aliviada. -Nem preciso dizer que está certo não é? Muito bem. Continuando...
Viro - me para trás e vejo o Josh sorrindo pra mim, fazendo me perceber que foi ele que me deu a resposta.
Sorrio pra ele e digo baixinho:-Obrigada.
Depois das aulas...
Finalmente estava a caminho de casa, este dia foi muito estranho e se isto não é um sonho o que seria então?
Se eu contar a alguém o mais provável é que ninguém acredite em mim.
Louca, doida, imaginação fértil - esses são os muitos adjetivos que irei receber se disser isto a alguém.
- Ok o melhor é não contar mesmo a ninguém!! - falo já decidida.
- Pois concordo contigo humana, o melhor pra todos é não contar a ninguém. - o espírito do nada surge na minha frente com o mesmo sorriso cínico de antes.
Engulo em seco nervosa, passando as minhas mãos suadas pelas minhas calças.
-P-podes me explicar o que és? E que história é essa de arrependimentos? - pergunto gaguejando.
- Eu já sabia que me irias me fazer essas perguntas, então eu irei te apresentar os meus amigos, eles saberão a melhor maneira pra te explicar destas coisas. Segue-me - concordo seguindo - a.
A minha mãe já devia ter chegado mas eu tinha que saber o que estava a acontecer comigo. Não posso simplesmente ignorar esta situação.
O espírito dá tantas mas tantas voltas mas quando eu lhe ia perguntar se já tínhamos chegado, ela para me fazendo perceber que a casa abandonada que nós estávamos era aonde os seus amiguinhos estavam.
- Tommmmm, Liz!! Trouxe outra humana que também vê espíritos!-ela entra na casa me fazendo um sinal para eu esperar.
Depois de alguns segundos percebo que a amiguinha dela tinha o mesmo nome que a minha tia.
-Humana, apresento-te o tom. A Liz não está aqui hoje. - oiço a sua voz e olho pra sua direção.
Os meus olhos que antes estavam em si, foram para o garoto que estava a sua trás e que olhava pra mim surpreso. Arregalo os olhos percebendo que o seu rosto não era nada desconhecido, parecia que eu já tinha visto aqueles olhos verdes como água suja em algum lugar.
Notando que o colar brilhava intensamente toco - o. Sinto as minhas energias serem reforçadas, o meu olhar volta para os seus olhos e antes que eu possa dizer alguma coisa ele vem até á minha frente, dizendo :
- Ellen, finamente te encontrei. - ele sorri fazendo as covinhas aparecerem e o meu coração se acelerar.
Eu não sabia o porquê mas também me sentia feliz o por ter encontrado na vida real e não em sonhos.

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Destiny
Storie d'amoreEllen odiava tudo o que era sobre fantasmas, demónios, monstros, pois ela era muito medrosa. Mas numa noite quando ela finalmente faz 18 anos, tudo na sua vida muda. Fazendo com que ela descubra que um pouco de fantasmas na sua vida não iria fazer...