Capítulo 1

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Abro os olhos com dificuldade, sentindo uma dor aguda na cabeça

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Abro os olhos com dificuldade, sentindo uma dor aguda na cabeça. Estou caída no chão, quando recobro a consciência e olho em volta, vendo que minhas pernas estão cheias de sangue.

Eu entro em desespero, coloco a mão na barriga por instinto.

Por que ele fez isso comigo, de novo?
Apoio na mesa de centro que está ao meu lado, estou na sala e procuro por ele, mas ele não está, e isso me acalma um pouco.

Começo a procurar meu celular para chamar a Emma, para me levar ao hospital, eu não posso perder meu filho!

Enquanto ligo para ela, vou até o banheiro me limpar, quando me olho no espelho me assusto com o que vejo. Meu olho esquerdo está começando a ficar roxo e meu supercílio cortado.

Eu estou me sentindo tão fraca. Como eu pude deixar que isso acontecesse comigo de novo? Como pude deixar fazer isso com meu filho? Você é uma fraca, Laura.

- Oi, Laura, espero que seja importante! – ouço Emma, com uma voz de sono e irritada, então percebo que está de madrugada.

Quanto tempo fiquei apagada?

- Emma, me desculpe por acorda-la essa hora, mas eu preciso de ajuda – minha voz sai falha, sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

- Laura, o que aconteceu? – ela diz preocupada.

Eu começo a chorar e soluçar, passando a mão na minha barriga e pedindo a Deus que meu bebê esteja bem.

- Eu preciso ir para o hospital, e não consigo ir sozinha, você pode me levar? – minha voz sai em meio os soluços.

- Daqui 15 minutos estou ai! – diz e desliga o telefone.

Depois de limpar minhas pernas, troco de roupa e coloco um vestido, pego meus documentos e vou com muita dificuldade até a calçada. Estou sentindo muita dor.

Estou chorando sem parar, estou completamente desesperada e assustada.

Não fico nem cinco minutos esperando, vejo os faróis do carro dela virando a esquina, ela para na minha frente e sem desliga o carro,  desce e corre em minha direção.

- Laura, pelo amor de Deus, o que aquele filho da puta fez com você?! – fala exaltada e nitidamente com raiva.

- O meu bebê Emma, preciso ver se ele está bem, por favor! – Imploro, chorando desesperadamente.

Ela concorda sem falar mais nada e me leva para o carro, me ajudando a entrar.

Vinte minutos depois, chegamos à emergência do hospital, ela me ajuda a descer e o enfermeiro que estava lá dentro, nos vê chegando e corre em minha direção com uma cadeira de rodas.

Chegando à sala do médico, ele me examina e me ajuda a deitar na maca para fazermos um ultrassom.

Sinto-me enjoada, como se a qualquer momento meu coração fosse parar. Estou com tanto medo, meu filho precisa estar bem! Por favor, Deus, que ele esteja bem.

- Srta, Kaminski, o que aconteceu? – o doutor pergunta enquanto olha atentamente para o monitor.

- Meu marido... Ele estava bêbado e irritado... – começo a chorar, lembrando-me do que aconteceu.

Ele passa o gel gelado na minha barriga e começa a passar o aparelho. Olho atentamente para a tela, esperando entender algo, mas não consigo, então fico encarando o médico, com esperança.

- Eu sinto muito Srta, Kaminsk. – por favor, não. - Infelizmente não encontrei batimentos. – minha visão fica turva pelas lagrimas.

Quando escuto o que ele diz, sinto como se meu coração tivesse sido arrancado do meu peito. O meu bebê, isso não pode estar acontecendo, Deus, por favor!

3 ANOS DEPOIS

Acordo umas 8 horas da manhã e decido tomar um banho, hoje meu turno começa às 16:00h. Sou garçonete no bar do Sam. Então vou aproveitar e dar uma arrumada na casa, que está uma bagunça.

Depois de um banho relaxante, sai do quarto com meu pijama confortável e a toalha enrolada no cabelo e vou fazer um café para começar o dia.

Pego meu café e me sento no sofá para assistir um pouco, vejo as notícias e a previsão do tempo, e pelo o que parece, vai chover muito hoje à noite.

Depois de arrumar tudo que precisava, já são 14:40h, então decido começar a me arrumar para o trabalho.

Vou tomar um banho rápido, já que suei igual uma porca por causa da faxina, e eu estou imunda, parece que a sujeira da casa está presa em mim, credo.

Visto minha calça jeans preta, uma camiseta branca, básica, meu coturno preto e minha jaqueta de couro preta, deixo meus cabelos soltos, e decido não me maquiar, estou me sentindo bonita hoje, o que geralmente, não acontece, sempre que me olho no espelho, vejo um defeito.

Quando termino já são 15:30, então saio do apartamento em busca de um táxi, que por sorte chegou logo em seguida.

Uns 20 minutos depois, chego no bar, está bem movimentado, o que é normal para uma sexta feira.

Vou até meu armário guardar minha bolsa e minha jaqueta, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto, enquanto caminho até Sam para cumprimentá-lo, ele está distraído mexendo no caixa.

Ando de fininho até ele, sem que ele me veja.

Hoje eu consigo.

- Buuu. -  grito atrás dele, mas ele nem se mexe.

- Olá senhorita, sabe que nunca vai conseguir me assustar né? - fala, ainda de costas para mim e vejo que está com um sorriso debochado nos lábios.

Faz alguns meses que Sam fez uma pegadinha comigo, me assustando tanto, que quase fiz xixi na calça. E desde então, eu prometi vingança. Mas esse cara não se assusta com nada, palhaçada.

Sam Merlotte tem 57 anos, e é um homem muito bonito, com cabelos grisalhos, uma barba por fazer, seus olhos tem cor de avelã, lindos. Tudo bem distribuído em seus 1,87 de altura. Ele sempre me tratou muito bem, quando me contratou há dois anos, eu não sabia fazer nada, e ele sempre esteve disposto a me ensinar e sempre cuidou de mim. Eu o tenho como minha família.

- Eu ainda vou conseguir, me aguarde senhor Merlotte, me aguarde - tento parecer desafiadora.

- Claro, claro, agora vai trabalhar vai. - diz se virando e rindo de mim.

Olho para ele com os olhos semicerrados e me viro para ir para trás do balcão.

Começo a atender os clientes, servindo suas bebidas, saindo uma vez ou outra para servir algumas mesas. As horas vão se passando, e a chuva começa a cair lá fora. A chuva é pesada e algumas pessoas entram no bar, encharcados, se abrigando da chuva.

Quando vou servir a bebida de um cliente, olho para a porta e vejo um homem de cabeça baixa, com um terno preto e uma camisa também preta, com alguns botões abertos, e alguns pelos do seu peito ficam visíveis. Ele passa a mão nos cabelos molhados levantando a cabeça.

Quando ele levanta a cabeça, nossos olhares se encontram, e eu sinto meu corpo todo se aquecer com aquele olhar. Nunca tinha visto olhos tão lindos como aqueles. Ficamos nos olhando por alguns segundos, e ele dá um sorriso malicioso e pisca para mim. Eu arregalo os olhos, morta de vergonha e olho para baixo, percebendo que estava secando ele.

Pisco algumas vezes tentando fugir da sensação que seu olhar me causou.

- Ei! Será que pode me trazer uma cerveja ou está difícil? – um velho bêbado e chato bate no balcão.

- Desculpe, vou pegar. - insuportável.

Oi meus amores ❤️

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Oi meus amores ❤️

Estou postando os capítulos editados, agora estou repassando e melhorando a historia.

Espero que vocês gostem ❤️

Não esqueçam de comentar e votar, ajuda muito a história a crescer ❤️❤️


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