Capítulo 3

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Já é quase meia noite e estamos fechando o bar, limpamos tudo e Sam está fechando o caixa, vou para meu armário, coloco minha jaqueta e pego minha bolsa e vou até o Sam

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Já é quase meia noite e estamos fechando o bar, limpamos tudo e Sam está fechando o caixa, vou para meu armário, coloco minha jaqueta e pego minha bolsa e vou até o Sam.

- Está pronta? - ele diz se virando para mim.

- Sim, podemos ir? Estou exausta. - falo jogando a cabeça para trás.

- Pois é, foi uma noite e tanto, não é? - ele me abraça, e me sinto calma e segura. – Vamos, você precisa descansar, querida.

Mando uma mensagem para Emma avisando que estou saindo.

Nós vamos até sua caminhonete. Vamos o caminho todo em silêncio, mas consigo perceber que Sam está inquieto, ele quer saber sobre o que o Ethan estava falando, mas não estou pronta pra falar agora.

Fico olhando pela janela, a chuva continua caindo forte, e eu fico pensando em tudo que se passou, naquele dia em que fui embora, como foi difícil recomeçar em uma cidade diferente e em como eu estava feliz. Mas parece que isso acabou.

Uns vinte minutos depois chegamos e ele estaciona em frente a minha casa.

Sam desliga o carro e se vira para mim.

- Você tem certeza que vai ficar bem? - pergunta segurando minha mão e me olhando nos olhos. - Se quiser eu fico, posso dormir no sofá. - ele parece preocupado.

- Eu vou ficar bem, a Emma está vindo para cá, não vou ficar sozinha. - tento tranquilizá-lo. - Eu te ligo se alguma coisa acontecer, eu prometo.

Ele respira fundo e me puxa para um abraço.

- Tudo bem então. – beija o topo da minha cabeça. - Mas não hesite em ligar caso aconteça alguma coisa.

Vejo os faróis de Emma parando na nossa frente.

- Obrigada bonitão, pode deixar que eu ligo sim. - dou um beijo em seu rosto e abro a porta, mas antes de descer, falo. - Obrigada por cuidar de mim.

- Sempre, querida. - pisca para mim.
Desço do carro e corro para a varanda de casa, Emma vem logo em seguida me abraçando com força.
Nós separamos depois de alguns segundos e me viro para abrir a porta.

- Preciso de um banho. – falo, tirando minha jaqueta e pendurando.

- Tudo bem, vai lá, depois conversamos. - diz se jogando no sofá.

Subo para o meu quarto, tiro minhas roupas e vou até o banheiro, entro embaixo da água quente, tentando relaxar.

Fico pensando no que aconteceu hoje, nas mãos de Ethan machucando meu pulso, olho e vejo as marcas de seus dedos em minha pele, e isso me traz lembranças. Aquele mesmo olhar de ódio, aquela sensação de pavor.

Como ele teve coragem em falar dele?
Falo para mim mesma quando ele disse sobre o aniversário do meu filho.

Saio do banho depois de um longo tempo, pego as roupas jogadas no banheiro para colocar no cesto, e um papel cai do bolso da calça.

Na frente está escrito o nome Dante Martinelli – italiano? - e atrás só tem seu número de celular.

Fico um tempo pensando se devo ligar. Então crio coragem e digito seu número. No segundo toque, escuto a voz grave do outro lado.

- Alô? - escuto sua voz rouca.

- Oi, é a Laura. - que vergonha, Deus. - Você pediu que eu avisasse quando estivesse em casa, bom, estou em casa.

- Ótimo, e como você está? - pergunta seco.

- Eu vou ficar bem. - limpo a garganta. - Queria te agradecer pelo o que fez.

- Não precisa agradecer, você foi sozinha para casa? – credo, que grosso.

- Não, o Sam me deixou em casa. - respondo, e ficamos em um silêncio desconfortável. - Bom, obrigada de novo, agora vou tentar descansar um pouco.

- Claro, tenha um bom descanso, se precisar de qualquer coisa me liga. - diz, e escuto soltar a respiração com força.

- Tenha uma boa noite Sr.Martinelli. - falo.

- Boa noite Srta. Kamisnki. - ele desliga.
Como ele sabe meu sobrenome?

Respiro fundo, e agora que estou mais calma, começo a me lembrar com detalhes, do seu corpo forte, barba por fazer, seus cabelos pretos. Meu Deus, como ele é lindo.

Mas ele é comprometido então você sossega! Meu subconsciente me lembra.

Emma entra no quarto me assustando.

-Tá doida menina? Quer me matar de susto? - falo colocando a mão no peito por conta do susto.

- Foi mal, mas você estava demorando. - fala segurando o riso. - Vamos logo, fiz um chá pra gente.

Descemos para a cozinha e pegamos nossas canecas, ela se senta na cadeira atrás do balcão enquanto fico em pé.

Emma é uma mulher maravilhosa. Têm 24 anos, seus cabelos dourados na altura dos ombros, seus olhos verdes, brilhantes. Ela tem uma carinha de nojo, mas eu juro que ela é um amor, é meio louca das ideias, mas é um amor.

Começo a contar a Emma detalhadamente o que aconteceu, contei sobre ele ter mencionado o aniversário do meu filho.

- Ele é um desgraçado doente! - ela diz irritada e eu concordo com a cabeça.

Conto para ela sobre Dante e como me defendeu.

- Ele parece ser uma delícia. - diz dando risadinhas e levando as sobrancelhas.
Você nem imagina!

- Pegou o número dele? - pergunta.

- Ele me deu o número dele para que eu ligasse quando chegasse em casa. - digo tomando um gole do chá. - Eu liguei depois que saí do banho.

- Por que não me chamou, sua vaca? - pergunta parecendo ofendida.

- Porque eu te conheço sua maluca, você ia fazer alguma coisa para me envergonhar. – vou andando até a sala, deixando-a para trás.

— Provavelmente. — ela vem atrás de mim.

- Enfim, amanhã eu e você vamos sair. - antes que eu responda ela fala. - E não vem com desculpa não.

- Vamos onde? - reviro os olhos, sentando no sofá.

- Tem uma boate nova que abriu, é bem chique, e com muito homem gato. - já estou até vendo onde essa conversa vai parar. - Estou saindo com um carinha que conseguiu pulseira vip pra gente.

- Não sei não Emma. - não parece uma boa ideia.

Ela parece perceber minha preocupação, porque ela segura minhas mãos, acariciando.

- Ei, tenta relaxar, lá é cheio de seguranças, não vai estar sozinha, pode chamar o Sam se isso for fazer você se sentir mais segura. – o Sam? Numa boate? HÁ.

- Posso até tentar chamar ele, mas duvido que ele vá.

- Claro que vai, ele faz tudo por você. - diz com um sorriso carinhoso no rosto.

Eu sei que ela não vai desistir enquanto eu não concordar, reviro os olhos me jogando no sofá.

- Tá garota, mas na hora que eu falar que vou embora, eu vou embora. - falo apontando o dedo sem sua direção.

- Tá bom, mas é pra aproveitar, não ficar sentada com cara de bunda em.

Seu comentário me faz sorrir.

Pego meu celular e mando uma mensagem para Sam.

Laura: "Boa noite bonitão, sei que já está tarde, mas a Emma tá me atormentando para ir a uma boate amanhã. Gostaria de ir comigo? Sentira-me mais segura com você lá comigo."

Envio a mensagem e largo o celular na mesa de centro, sei que ele não vai responder agora, já está tarde.

Eu estou me sentindo muito exausta, então falo para Emma que vou dormir, pergunto se ela quer ir dormir comigo, mas ela diz que não, que vai ficar assistindo ainda.

Pego uma coberta e um travesseiro para ela.

- Boa noite gata, obrigada por ficar comigo, te amo. - digo dando um abraço nela.

- Não precisa me agradecer, sempre vou estar aqui, também te amo. – o que seria de mim sem essa garota?

Vou para meu quarto, me deito na cama, e adormeço rápido.

Me Ajude a Amar - REVISANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora