Capítulo 41

603 39 2
                                    

Quatro anos depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quatro anos depois.



— Dante? — Elena está parada na minha frente, com uma cara nada boa.

— Que foi? — dou um gole no meu whisky.
— Você ouviu alguma coisa que eu disse? — pergunta furiosa.

— Sinceramente, não. — recosto na cadeira.

— Você tá parecendo a porra de um zombie. — começa a sair do meu escritório. — Chega a ser deprimente.

Já se passaram quatro anos desde que vi Laura pela última vez, e desde então, eu vivo num limbo, numa solidão que parece nunca ter fim. Minha vida está passando sem mesmo que eu perceba, as horas e os dias se vão como se não fossem nada.

Eu passo meus dias bebendo e perdido nos meus pensamentos, lembrando de tudo que passei com Laura. Seus beijos, seu cheiro. Deus. Eu sinto como se minha alma tivesse morrendo e eu só estou esperando que tudo acabe. Durante muito tempo, eu alimentei muita raiva por ela, por tudo o que fez, por ter feito eu me apaixonar, mas hoje a raiva não existe mais, eu sinto saudade a necessidade de vê-la, nem que fosse de longe, eu só queria vê-la de novo.

— Eu preciso de um banho. — olho meu reflexo na janela e eu estou deprimente.

Subo para o quarto de visitas e entro no chuveiro.

Desde que tudo aconteceu, não consigo entrar no meu quarto, está tudo intacto, eu não tirei nenhuma de suas coisas, pedi para Olivia que trouxesse minhas coisas para cá e que trancasse aquele quarto, para que eu não entrasse mais lá.

Saio do quarto enrolado na toalha e vou até o closet. Ouço a porta do quarto se abrindo e reviro os olhos já imaginando o que vai acontecer aqui.

Elena chega atrás de mim e acaricia minhas costas.

— Não quer tentar relaxar? — sussurra com a voz manhosa.

— Elena... — ela leva sua mão até meu membro.

— Vamos, você precisa. — ela para na minha frente e tira minha toalha.

Ela começa a tirar a roupa e vejo o desejo em seus olhos. Se ajoelha na minha frente e. Começa a me chupar.

Eu me sinto desconfortável, e tudo o que consigo pensar em Laura.

— Para. — eu a afasto.

— Que porra é essa Dante? — se levanta furiosa. — Faz dois meses que você me chamou, e até agora nada.

— Eu... — não sei o que responder a ela.
— Eu cansei dessa merda. — Elena começa a se vestir novamente. — Ela está bem longe, provavelmente casada com o pai do filho dela e você tá aqui, tão deprimido que nem a porra do seu pau funciona mais.

— Cala essa boca. — a raiva e a tristeza começam a falar mais alto.

— É verdade, enquanto você não consegue transar, ela deve estar transando bastante com aquele ruivo gostoso, que deve ser melhor que você. — pego seu rosto com força e a jogo contra a parede. Ela me olha com deboche.

— Eu mandei você calar a porra da boca. — rosno.

— Você é deprimente. — me empurra com força, me fazendo cambalear. — Eu cansei.

Ela pega o resto de suas roupas e sai, batendo a porta.

Respiro fundo para tentar me acalmar. Pego a toalha, enrolando de volta na minha cintura.

Me visto rápido e decido fazer a coisa mais idiota que eu poderia. Provavelmente vou levar um soco ou um tiro, mas eu preciso saber.


(...)


Estaciono o carro do outro lado da rua e fico tentando criar coragem para sair e entrar no bar.

Quando decido sair, vejo um carro parando na frente do bar e Niklaus saindo do bar e abre a porta do motorista.

Ela desce do carro e meu coração para, o mundo todo para e tudo o que consigo ver é ela.

Seus cabelos dourados estão mais cumpridos, até seu quadril, está com um vestido preto com flores vermelhas, seu sorriso me deixa sem ar e fazem meus olhos lacrimejarem, eu sorrio olhando para ela. Ela está tão linda.

Por Deus, como eu sinto sua falta.

Ela abre a porta de traz e um garotinho de cabelo preto desce. A semelhança me assusta. Não por ele parecer a Laura, mas sim comigo. Seus olhos azuis, os cabelos, tudo.

Isso não é possível.

O garoto corre até Niklaus, que o pega no colo e o abraça, Laura olha tudo com um sorriso lindo. Depois de brincar com o garoto ele vai até ela e a abraça.

Os três entram no bar e eu fica parado ali com a sensação de vazio.
A batida na janela do carro me assusta. Abro o vidro e vejo Sam parado me olhando.

— Deus, o que aconteceu com você? — ele me examina.

— Não dormi muito bem essa noite. — sorrio sem humor.

— Essa e todas as outras. — consigo ver um pouco de pena em seus olhos. — Você está horrível cara.

— Muito obrigada. — debocho.

— O que você está fazendo aqui Dante? — pergunta.

Me Ajude a Amar - REVISANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora