Chegamos na Geórgia, fomos até o endereço que Emma nos passou, mas ele não estava lá.
Sam veio junto comigo, ele está tão pilhado quanto eu. Quando eu achar aqueles filhos da puta, eu juro que vou mata-los da forma mais dolorosa.
Deixei Matteo cuidando da procura por Antonella, mas não sei como, aquela desgraçada não deixa nenhum rastro, estamos procurando sem pistas nenhuma, as cegas.
— E agora? — Sam pergunta quando entramos no carro.
— Não sei... Merda. — eu soco o volante.
Já é noite, as ruas estão pouco movimentadas. Eu decido ir atrás de um bar, preciso beber algo forte, antes que eu surte de vez.
Depois de alguns minutos rodando, conseguimos achar um bar. É um bar de esquina, bem simples, alguns motoqueiros estão perto de suas motos, conversando e bebendo. Eu e Sam descemos do carro. Deixo meus homens esperando do lado de fora e entramos.
Vamos em direção ao balcão, pedimos nossas doses de whisky e ficamos bebendo em silêncio.
Começo a reconhecer uma voz ao fundo. Eu me viro, para ver de onde está vindo.
Vejo no fundo do bar, um cara tentando forçar uma garota a beija-lo, segurando ela pela cintura e ela tentando se soltar.
— Ali. — chamo o Sam e aponto par ao cara.
— É ele. — ele também o reconhece.
Eu dou um sorriso cheio de ódio e nos levantamos indo até ele.
— Olha só, estávamos te procurando.— falo chegando atrás dele.
Ele se vira e sorri debochado.
— A Laura já te deu um pé? — ele solta a garota e ela vai embora.
Eu caminho calmamente até ele, sorrindo diabólico, imaginando todas as formas que irei tortura-lo. Ficamos centímetros de distância, tiro a arma da cintura e encosto na sua barriga.
— Agora, você vai sair comigo, bem comportado, ou eu descarrego essa arma em você. — o ameaço.
Ele pisca várias vezes, tentando não parecer assustado, mas eu sei que esta. Dou espaço para ele e ele começa a caminhar para fora do bar. Guardo minha arma na cintura de novo, e caminho atrás dele.
Chegamos lá fora e Ethan tenta correr mas alguns dos meus homens o seguram, alguns motoqueiros que estavam lá fora começam a vir até nós.
— Ethan, o que tá acontecendo. — um grandão careca, pergunta.
— Me ajuda, caralho. — ele fala com raiva.
Eles colocam as mãos nas suas armas e começam a vir até nós. São cinco homens, bem grandes. Eu olho para eles com um sorriso desafiador. O resto dos meus homens que estavam nos carros, descem e apontam as armas para eles.
— Querem alguma coisa? — pergunto sarcástico.
Eles tiram as mãos das armas e levantam as mãos e começam a sair.
— Ninguém vai te ajudar. — seguro com força seu rosto. Ele reclama de dor. — Temos muito o que conversar.
Jogo ele no banco de trás e Sam entra junto com ele, eu vou para o volante e arranco com o carro.
— Que porra você quer comigo? — ele esbraveja.
— Onde ela está? — Sam pergunta.
— Ela é boa de cama, não é? — ele ri. — Sabe fazer um boquete maravilhoso.
Eu freio o carro bruscamente, saco minha arma e me viro, apontando em sua cara.
— Se você ousar em falar qualquer coisa desse tipo sobre ela, eu vou arrancar o seu pau e vou enfiar na sua boca. — engatilho a arma. — Você entendeu, porra?
Ele trava o maxilar, mas não diz nada.
Me viro para frente e volto para a estrada.
Um tempo depois rodando pela cidade, achamos uma casa abandonada em um bairro questionável. Podemos ver usuarios de drogas para todo lado.
Estacionamos e descemos junto com meus homens, eles seguram suas armas a vista, para que ninguém tente se aproximar.
Arranco Ethan do carro e entramos na casa. Sam vem atrás de mim.
Levanto uma cadeira que está caída no que parece ser a sala de estar.
— Senta ai. — aponto para a cadeira.
Ele vai meio relutante mas se senta.
— O que vocês querem? - pergunta nervoso.
— Como você a encontrou? — Sam toma a frente.
— Procurei muito bem.
— Você não fez isso sozinho, o incêndio e o berço na casa dela. — falo.
— Não acredita no meu potencial? — ele sorri.
— Você é só um merda que batia e abusava da esposa, não passa de um lixo.
— Ela adorava quando eu a fodia a força, tinha que ver como ela ficava molhada?
Sinto meu sangue ferver, e antes que eu perceba, começo a socar seu rosto, até Sam me tirar de cima dele.
— EI, CALMA. — ele me empurra em uma parede. — Ele morto não vai ajuda em nada.
— Ela já está bem longe, e vocês não vão conseguir acha-la. — ele cospe sangue. — Sua ex noiva deu uma bela ajuda.Antonella? Como caralhos ela se envolver nisso?
—Você deve estar se perguntando como eu sei sobre ela. — ele volta a se sentar na cadeira. — Você deveria ficar atento as pessoas a sua volta, aqueles que você mais confiam, são os que você precisa tomar mais cuidado.
— ONDE ELA ESTÁ?! — Sam o segura pela gola da camiseta.
— O papai está cuidando bem dela. — doente do caralho. — Ah não, você é o papai não é?
Dessa vez é Sam quem te dá um soco, mas logo se afasta.
— Vou te dar duas opções. — cruzo meus braço em frente ao peito. — Você pode me falar onde ela está e ter uma morte rápido ou você pode continuar com gracinhas enquanto eu tiro a carne de seus ossos, você escolhe.
— Eu já disse que não sei onde ela está, ele não me contou. — sua respiração começa a acelerar, e ver o medo em seus olhos é meu combustível.
— Então me fala o que você sabe.Chego na cidade, mas não vejo Jason em lugar nenhum.
Pego meu celular e começo a ligar para ele, mas nada. Mando mensagem e também, sem resposta. Não é possível.
Fico mais alguns minutos esperando, e começo achar que tem alguma coisa errada. Ligo o carro e volto para casa.
Chegando em casa, consigo ver que a porta da frente está completamente aberta, desço do carro com pressa e vejo marcas de pneus.
Porra.
— Laura! — eu grito assim que entro em casa.
Começo olhar cada cômodo da casa, mas nada dela.
Vejo a porta dos fundos aberta e corro até lá, vejo seu livro caído no chão e meu coração começa a acelerar.
Eu não podia ter deixado ela sozinha!
— LAURA! — começo a correr em volta do lago, com esperança de acha-la. — Merda!
Volto para o carro e dirijo de volta para Nova York.
(...)
O primeiro lugar em que eu paro, é na base da polícia onde Jason é chefe.
— Boa noite, Skarsgård. — um dos agentes me cumprimenta mas eu ignoro indo direto para a sala de Jason.
Ele não está. Onde caralhos aquele filho da puta se enfiou.
— Onde Jason está? — pergunto para um dos agentes.
— Ele saiu bem cedo, não disse para onde ia.
— Inferno. — meu coração bate tão forte, que meu peito chega a arder. — O Martinelli ainda está atrás da garota?
— Aparentemente sim, ele saiu da cidade com Sam Merlotte. — ela não está com ele.
É a última coisa que eu queria fazer, mas se ela não está com ele, só pode estar com seu pai ou seu ex marido. E imaginar essa possibilidade me enfurece, pensar no que eles podem fazer com ela.
Volto para o carro e pego meu celular e disco o número de Sam Merlotte. Alguns toques depois, ele atende.
Ligação on.
— Oi? — ouço sua voz do outro lado.
— Senhor Merlotte, meu nome é Niklaus Skarsgård.
— Cadê minha filha? — percebo a irritação em sua voz.
— É sobre isso que preciso conversar com você e com o Martinelli.
— Eu vou matar você, seu desgraçado, cadê minha mulher? — A voz de Martinelli surge.
— Ela foi levada. — travo o maxilar, com o ódio tomando conta de mim, de novo. — Acredito que possa ter sido o ex marido dela ou o pai.
— Se acontecer alguma coisa com ela, eu ju... — esse cara não cala a boca.
— Cala a boca porra. — eu o corto. — Primeiro vamos achar a Laura, depois você tenta me ameaça.
Ele bufa, mas fica quieto por um tempo.
— Não foi o ex marido dela, ele está comigo. — informa. — Foi o pai dela, com ajuda da Antonella.
Filha da puta, desgraçada.
Espera.
Foi com ordem de Jason que eu fui atrás de Antonella, e ele não me deu muitas informações do motivo, só disse que era para o caso do Martinelli.
Será que ele está envolvido?
— Foi o Jason, Jason Smith quem me deu ordem para resgata-la. — não pode ser.
Ouço uma terceira voz ao fundo, gargalhando, que acredito ser do ex marido de Laura.
Ouço a voz distante de Dante, perguntando o que ele sabe. Consigo ouvir alguns socos, e ele se exaltando.
— Foi ele. — ele fala ofegante. — QUEL FIGLIO DI CAGNA!
— Vou procurar as câmeras das estradas e ver para onde ele foi e rastrear o carro dele. — como eu pude ser tão idiota.
— Estamos voltando para Nova York, aviso quando chegarmos.
— Okay.
Ligação off.
Eu não acredito nisso!
Como eu fui burro. Eu não podia ter deixado-a sozinha!
Volto para dentro da delegacia e vou atrás das câmeras. Vejo quando ele saiu da delegacia, e vou seguindo as câmeras.
Consigo ver quando ele entra na estrada da minha casa e depois de alguns minutos, vai embora.
Pego a placa e tento rastrear.
— Achei você, desgraçado.
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Me Ajude a Amar - REVISANDO
RomanceLaura Kaminski com apenas 25 anos, carrega um passado cheio de dor e traumas. Mas ela recolheu seus cacos, se reergueu e recomeçou sua vida. Mas algo que estava fora de seus planos, virou tudo de cabeça para baixo. Ela se apaixonou. Mas não por qual...