Depois das aventuras trágicas em CasteloBruxo, está na hora de Sophia voltar a estudar. Todavia, há muitas novidades e, com elas, muitos obstáculos e um grande e perigoso desafio que aguarda Sophia e seus amigos na mágica escola de magia e bruxaria...
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___ CAPÍTULO VINTE E UM ___
O Diário
Maio tinha como característica o desespero em CasteloBruxo. E isso se dava por conta dos exames finais. Mas no ano de 1996, maio foi, em CasteloBruxo, um mês doloroso.
Sophia e seus amigos acordaram em estado de profunda lassidão, fruto da poção do sono que foram ministradas para acalmarem-se e conseguirem dormir, após uma noite de muita ansiedade.
Eles não tomaram café no Salão Principal com o restante da escola. A própria Madame Roberta serviu a cada um na própria enfermaria. Cada um deles estavam mais dispostos e esperavam ouvir notícias de Natalie.
Mas Sophia recusava-se a comer.
Madame Roberta tentou acalmá-la, mas Sophia desatou a chorar copiosamente no leito.
A Profª Olinda Dourado veio até a enfermaria horas mais tarde e chamou Sophia até a sala do Diretor, Hernando López. Quando ela e a professora passaram pelo Salão principal, reparou que alguns alunos andavam cabisbaixos e pelos cantos, o que indicava que muitos já sabiam da péssima notícia.
— Deixe-nos à sós, Profª. Dourado – O diretor solicitou à professora de feitiços.
— O senhor vai mesmo mostrar a ela, López. Olhe só para ela, já sofreu muito na noite passada...
— Ela precisa compreender – o Diretor respondeu e fitou o rosto cheio de olheiras de Sophia – Compreender para aceitar e somente aceitando que ela pode recuperar-se de verdade. Quanto aos outros, acredito que seja o momento adequado para informá-los.
A professora assentiu e retirou-se nervosa.
— Não há jeito fácil de dizer isso, Srta. Strobbel. Mas tenho convicção que a verdade é, em geral, preferível às narrativas cavilosas. Os aurores britânicos encontraram Natalie Borage na noite de ontem em uma casa abandonada, nos arredores de Londres. Houve excessivas tentativas de mantê-la consciente, mas foram em vão.
Sophia permaneceu calada. As palavras do Diretor eram como espessas lanças que atravessavam e rasgavam seu coração.
— E-eu... Eu disse para não entregar o prêmio do Campeonato de Poções a ela... Se tivessem me ouvido... Talvez ela ainda estivesse viva...
O diretor colocou as mãos no ombro de Sophia.
— Perdoe-me, Srta. Strobbel. Talvez eu tenha me expressado mal. Natalie Borage está viva. Nós a ouvimos quando nos contou sobre seus sonhos. Foi graças a você que conseguimos reagir rapidamente, mas sabe que não podíamos privá-la de entregar o que era dela por direito, ainda mais quando considerada a condição de saúde dela e de seus pais.
— Mas diretor... Espera... Viva, ela está viva?
— Ela está lutando por sua vida. Está tendo tratamento intensivo no St. Mungus enquanto falamos. Mas ela não está consciente. Sua situação é muito crítica, espero que entenda isso.
