Epílogo

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___ CAPÍTULO VINTE E TRÊS___

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___ CAPÍTULO VINTE E TRÊS___

Epílogo

O cheiro do milho era inconfundível.

Era até engraçado o que podia ser feito com um só ingrediente. E naquela festa, o milho era quase sagrado. Havia pamonhas doces e salgadas, bolo de milho, curau e dezenas de outras guloseimas, como pipoca e canjica.

Ele evitou aqueles itens. Odiava milho.

Consultou o relógio, impaciente. Os ponteiros marcavam nove horas da noite!

Sôfrego, ele apertou os passos e cruzou por um grupo de pessoas que dançavam ao redor de uma grande fogueira, evitou o salão de brincadeiras de correio elegante e pau-de-sebo, até chegar em um depósito velho, longe da música, dos balões e das bandeirolas.

Antes de bater à porta, certificou-se que estava fora de olhares curiosos. Esperou ligeiramente ofegante, respirando o cheiro de milho que eram trazidas por lufadas de vento ao seu olfato, já irritado. Em um átimo, ouviu um arrastar de cadeiras do outra lado da porta que abriu alguns centímetros.

Um homem alto e barbudo o espiou desconfiado, perscrutando-o.

— Qual foi, Olívio – Disse impaciente – Sou eu.

— Está atrasado – O bruxo barbudo respondeu – E não me cumprimentou. As regras são claras.

Anauê, Olívio. – Ele sussurrou irritado – Pode me deixar entrar agora?

O homem barbudo recuou para deixá-lo entrar. Dentro do lugar havia uma larga mesa, iluminada por algumas fracas velas, dando a impressão de um lugar escuro que fosse usado em algum tipo de ritual para a admissão de membros em alguma sociedade. As paredes estavam emolduras de retratos que espiavam desconfiados das molduras.

Ele tomou sua cadeira vazia e acomodou-se.

— Já estamos quase findando, Vagner. Acredito que queremos membros compromissados – O homem que estava sentado à ponta da mesa, de aparência andrajosa e agraste e feições quase desnutridas comentou.

— Diferentemente de você, Scheidegger, eu tenho uma reputação para zelar – Respondeu mordazmente.

O homem esboçou um sorriso zombeteiro e presunçoso. Depois, tomou uma taça que estava à sua frente e bebeu do vinho.

— Eu até ofereceria, mas, como disse, estamos encerrando. Mas já que chegou, podemos informar que já temos um nome.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Quem?

Uma mulher levantou-se da cadeira. A fraca iluminação das velas repousou sobre uma figura de traços femininos com capas negras. Ela abaixou o capuz, revelando um rosto de uma jovem (e muito bela) mulher de pele lisa e escura e lábios carnudos. No alto da cabeça, havia um diadema adornado com penas de diferentes cores que cingiam seu toucado.

— Meu nome é Aiyra Anahi – Ela disse e estendeu-lhe a mão – É um prazer conhecê-lo. Anauê.

Ele levantou em um salto.

— Não – Arquejou, lacônico.

— Ora, vamos! Não seja tão pessimista. Quem você esperava?

— Gustavo Barroso? Sílvio Salgado? Josué de Alencar? Há tantos nomes que...

— Que estão satisfeitos com a ordem atual e a dinastia da família Santos e Alves – O homem o interrompeu – Agora, em nossa comunidade, há alguém que não conheça o nome de Aiyra Anahi?

— Receio que não – Respondeu circunspecto e entreviu o rosto da mulher enfunar-se. – Já que ela agora também é uma Indesejável – Ele concluiu e viu uma sombra de animosidade perpassar o rosto empolado de Anahi.

— Mas ela pode fazer uma coisa por nós que ninguém mais pode.

— E o que seria? – Indagou, cético. – Ataques gratuitos à crianças bruxas? Desculpem-me, não há como prosseguirmos com ela. 

Aiyra Anahi esboçou um sorrisinho desdenhoso, subitamente deixando suas feições simpáticas. Ela caminhou para próximo dele e a fraca iluminação da vela desenhou sombras que anuviaram seu rosto, em um esgar intimidador.

— Posso fazer os Borages apoiarem a nossa causa. Sabe o que isso significa, não é mesmo? Seremos maioria no Círculo dos Sete.

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Sophia e o CasteloBruxo retornará...

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Sophia e o CasteloBruxo - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora