Capítulo Doze

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___ CAPÍTULO DOZE___

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___ CAPÍTULO DOZE___

A Mentira

Os dias que se seguiram em CasteloBruxo não foram nada fáceis. Pedrinho, o menino de cabelos encaracolados do primeiro ano e Gabriel, outro primeirista, tornaram-se espécie de capangas de Tiago Marcelo e Lucas Moreira. Pedrinho, em especial, tinha uma motivação pessoal para esgotar a paciência de Sophia desde que ela o nocauteou no pátio externo.

Quase não havia estudantes de seu núcleo de pessoas conhecidas que não deixava de zombar de seu recente fracasso no Campeonato de Poções. Certo dia, quando já finalizava um extenso trabalho que a Profa. Olinda Dourado tinha passado à turma, Sophia foi abordada pelo séquito de Mirella.

Ela estava na sala comunal de sua casa. A maioria dos estudantes já se encontravam dormindo, razão pela qual haviam poucos estudantes ali. Além de Sophia, havia uma menina negra de cabelos cacheados, com o rosto afundado em um livro completamente adormecida. Sophia sabia que ela jogava no time de quadribol juntamente com Leandro Costa, todavia, diferentemente deste último, ela continuara no time, mesmo com o Exame Mágico do Ensino Fundamental (EMEF) estando bem próximo.

Na outra extremidade da sala, próxima à principal tapeçaria que desenhava a figura da Serpente de Fogo e engalanava o ambiente com suas cores carmíneas, havia um casal de estudantes enamorados, que trocavam afagos e mimos.

Assim que a porta secreta se abriu e dela saltou o séquito de Mirella, Sophia empertigou-se na cadeira e baixou os olhos para os momentos finais de seu trabalho, tentando evitar fazer contato visual com aqueles baderneiros.

Mas foi em vão. Logo Mirella veio em sua direção e parou à sua frente, com os outros quatro meninos ao seu redor.

— Para que você estuda? – Mirella inquiriu.

Determinada a ignorá-los, Sophia terminou de escrever a resposta no pergaminho, posicionou a pena no tinteiro e voltou a consultar o livro de feitiços para a 2ª Série, como se estivesse sozinha.

— Ei, sua imbecil, olhe para mim quando eu estiver falando com você! – Mirella bradou e Sophia suspirou fundo.

— Pois não? Posso ajudá-la com alguma coisa?

Sophia respondeu e encarou Mirella. Ela tinha seu irretocável sorrisinho de desdém desenhado no rosto com as sombras da vela dançando ao seu redor.

— Boa menina – Mirella sorriu. – Agora responda minha pergunta.

— Eu gosto de estudar. É meu passatempo predileto – Sophia respondeu.

— Percebe-se – Mirella concordou – Ainda assim, você continua uma mula. Acho que essa sua cabeça só tem vento.

Sophia somente sorriu.

— Melhor ir dormir, antes que essa néscia ambulante de bosta acabe contaminando a gente.

Sophia e o CasteloBruxo - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora