Capítulo Nove

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___ CAPÍTULO NOVE___

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___ CAPÍTULO NOVE___

Peripécias Inesperadas

Medo.

Angústia.

PÂNICO.

Sophia até imaginou que a ex-professora de poções ainda estivesse atrás de si. Não houve sequer um dia desde o ano passado em que ela não cogitou na possibilidade de dar as caras com a ex-professora, que a buscava para fins malignos.

Ao longo do tempo, contudo, o sentimento de desconfiança foi diminuindo, principalmente quando percebeu, quando estava no trem de prata a caminho de encontrar Laiana nas férias, que haviam aurores do Ministério da Magia a vigiando, caso Anahi tentasse alguma coisa.

Mas, de todos os lugares, ela havia aparecido bem debaixo do nariz de todos os professores? Ela estaria a esperando ali, em CasteloBruxo?

As sombras causadas pelo fogo do caldeirão desenhavam um sorriso macabro no rosto de Anahi. Sophia sentiu seu coração disparar descontroladamente, o suor frio se espalhando pelo corpo e causando arrepios até em sua espinha.

A professora levantou. O sorrisinho estampado em seus lábios com os olhos brilhando de maldade a davam um esgar asqueroso. Ela disse alguma coisa, todavia, Sophia não pôde entender. Não foi dito em sua língua, porém foi o suficiente que ela chegasse ao ápice do pânico, que trouxe uma avalanche de náuseas e formigamento nas mãos e nas pernas.

Não havia o que fazer para correr e fugir, porém continuar ali era assustador demais.

— Sophia, você está bem? – Uma voz ecoou de muito longe.

— Sophia!! – A voz agora parecia ser de alguém do seu lado. Relutante, ela virou-se e viu o rosto delicado de Natalie.

— Estava dormindo novamente? – Natalie indagou olhando para a expressão horrorizada e pasma de Sophia.

Antes de responder a amiga, ela olhou novamente para frente. Ela estava em sua carteira. Não fora verificar de onde viera aquele som. Na verdade, ela tinha caído no sono por cima dos livros e tido um horrível pesadelo.

— Ela... Ela está vindo atrás de mim – Sophia balbuciou lembrando-se que, no ano passado, ela tivera várias visões acerca do que aconteceria. Tudo estava acontecendo novamente. Não podia ignorar isso.

Natalie franziu a testa.

— Você não parece bem, está tão pálida – A amiga comentou colocando a costa de sua mão no rosto de Sophia, checando sua temperatura – Quem está atrás de você?

— A... Ana...

Foi aí que Sophia percebeu que não conseguia pronunciar o nome dela. Assim que abria a boca, um aperto em seu coração que parecia ter uma massiva gravidade a esmagava, fazendo, de forma instantânea, que se lembrasse de quando estava amarrada de cabeça para baixo sob um caldeirão, prestes a assassinada, como algum animal qualquer, como parte de uma poção abominável e repulsiva.

Sophia e o CasteloBruxo - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora