___ CAPÍTULO QUATRO___
O Empório Sinistro
— Vejam, é o que eu sempre digo! CasteloBruxo nunca foi o mesmo depois de Benedita Dourado! Ora, por que enfiaram um gringo para ser diretor da Escola? Nem português aquele sujeitinho sabe! E fica por aí ostentando só porque ganhou a Ordem de Bragança e o título de bruxo ameríndio chefe, como se isso significasse alguma coisa.
O pai de Olívia Melo se chamava Olívio e era um tanto inconveniente. Ele era um bruxo alto, barbudo e tinha um claro complexo de superioridade. Lembrava muito Mirella Scheidegger, uma menina extremamente irritante e cheia de si que, como a maioria dos estudantes da casa Serpente de Fogo, desprezavam a comunidade ameríndia, como o Guará e seu irmão, bem como os gringos de países da américa do sul, como Reyes Martinez e o próprio diretor, Hernando López.
Sua esposa o apoiava.
— Não vai durar nadinha no cargo! Veja o que aconteceu ano passado: contrabandearam produtos ilícitos bem na propriedade do CasteloBruxo e ele não fez nada. Ouvi dizer que quase morreu uma menina – Resmungou a mulher – Sinceramente, gostaria que a tragédia tivesse acontecido logo, porque aí...
— Mãe! – Olívia Melo gritou em tom de censura, visto que Sophia Strobbel, a tal menina que escapou por um triz estava ali do lado deles.
— Não me interrompa, menina! – A mulher franziu a testa – Cedo ou mais tarde vai acontecer alguma coisa por negligência ou imperícia desse diretor. Antes tivesse ocorrido logo, pois aí teríamos como afastar esse sangue-ruim.
Olívia pareceu querer retrucar, mas Sophia fez sinal para que assim não o fizesse. Sophia não contara ao pai que quase morrera no ano passado. Não contara ao pai que a procurada bruxa das trevas, Aiyra Anahi, estava atrás dela para obter seu sangue em uma repugnante poção de rejuvenescimento.
Em verdade, Sophia sequer entregara a carta de CasteloBruxo e do Ministério da Magia endereçada à sua residência. Tinha medo que seus pais a proibissem de voltar à Escola, caso soubessem do que tinha ocorrido.
— E veja só! Encomendei esses livros com antecedência e nada...
— Quem é Caco Cardassi, afinal? – A mulher queixou-se – Por que não usam uma obra referenciada como a de Libatius Borage?
Olívio deu ombros e continuaram caminho pela vereda de pedras tortas. Seu pai hora ou outra a lançava olhares de reprovação. Passaram por várias lojas, umas maiores e outras menores. Sophia se deu conta que jamais andara tanto na travessa. A torre central onde chegavam os bondinhos mágicos já quase não podia ser vista.
Eles entraram em um barzinho, "O caracol berrante" a fim de perguntar algumas informações.
Enquanto o Sr. Strobbel e os pais de Olívia perguntavam onde ficavam a loja de artigos para defesa de Magia Negra, Sophia ouviu alguns bruxos e bruxas conversando sobre o evento do ano. Ela e Olívia aguçaram os ouvidos, curiosas.
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Sophia e o CasteloBruxo - Livro 02
FanfictionDepois das aventuras trágicas em CasteloBruxo, está na hora de Sophia voltar a estudar. Todavia, há muitas novidades e, com elas, muitos obstáculos e um grande e perigoso desafio que aguarda Sophia e seus amigos na mágica escola de magia e bruxaria...